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Pan-Americano

‘Maior’ do que vários países do Pan, Pinheiros pede mais apoio aos clubes

Com uma “delegação” que deverá chegar a cerca de 80 atletas, o Pinheiros pede que o governo federal não corte recursos como Bolsa Atleta ou leis de incentivo

A judoca Larissa Pimenta será uma das atletas do Pinheiros no Pan de Lima (Crédito: IJF)

Um dos principais “fornecedores” de atletas para as delegações olímpicas do Brasil, o Pinheiros terá no Pan-Americano de Lima-2019 um motivo a mais para se orgulhar desta fama.

O clube, que completa 120 de fundação em 2019, apresentou nesta terça-feira (25) sua “delegação” para os Jogos no Peru. Pelas contas do clube, cerca de 80 atletas (que poderão chegar a 84, dependendo de algumas convocações) de 11 modalidades integrarão a delegação do COB (Comitê Olímpico do Brasil).

Os Jogos Pan-Americanos começarão no dia 26 de julho, quando ocorrerá a cerimônia de abertura no Estádio Nacional de Lima.

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Em um exercício de imaginação, fosse o Pinheiros um país, ele superaria vários dos filiados da Panam Sports. Se tomarmos por base as delegações que competiram nos Jogos de Toronto, há quatro anos, a “delegação” atual do Pinheiros deixaria para trás 25 países. Ou quase 61% dos participantes.

O Pinheiros terá representantes em Lima nos seguintes esportes:

  • Atletismo
  • Boliche
  • Esgrima
  • Ginástica artística
  • Handebol
  • Judô
  • Levantamento de peso
  • Natação
  • Polo aquático
  • Triatlo
  • Squash

Embora esteja consciente de seu papel na manutenção do esporte de alto rendimento do Brasil, o clube sonha com uma maior ajuda do Governo Federal em relação à manutenção de programas como Bolsa Atleta ou leis de incentivo.

“Enviar 80 atletas reflete bem a potência da entidade. Mas os recursos colocados no esporte competitivo são altos. Falei na semana passada com o secretário especial de esportes [general Décio Brasil] e mostrei a ele a importância dos clubes formadores de atletas”, afirmou Ivan Castaldi, presidente do Pinheiros.

Para o dirigente, é fundamental que o governo não corte recursos de programas como a Bolsa Atleta. Segundo Castaldi, a ajuda que representa aos cofres dos clubes formadores é grande. “Sempre precisamos e o governo tem que ser sensível a isso”, explicou. “Não é uma obrigação do clube resolver os problemas do esporte no Brasil, mas somos os grandes formadores de atletas do país”.

Risco para os Jogos Olímpicos?

Já de olho na Olimpíada de Tóquio-2020, Castaldi diz para o Pinheiros conseguir colocar um bom número de atletas na delegação brasileira dependerá muito das ações da secretaria de esportes.

“Espero que exista um reconhecimento tanto do governo federal como de outros patrocinadores. Se continuarem nos ajudando com os recursos atuais, que não são muitos, porém bem-vindos, é possível seguir desta forma. Se houver uma diminuição em leis de incentivo ou Bolsa Atleta, com certeza todos os clubes formadores vão andar numa velocidade menor e quem vai perder é o esporte do Brasil”, afirmou.

Assim que assumiu o cargo, em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro promoveu uma profunda reforma ministerial. Entre outras coisas, tirou do Esporte o status de ministério, rebaixando-o para uma secretaria vinculada ao Ministério da Cidadania.

Embora tenha restituído parte do profundo corte no Bolsa Atleta feito pelo governo Temer no final de 2018, a atual gestão ainda não sinalizou com 100% de certeza de que novas reduções nestes programas não serão feitas.

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