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COB vê punição diminuir, mas segue sem receber verbas do COI

Comitê Olímpico Internacional revoga parte das punições ao COB,mas suspensão de pagamento de verbas não diminuí os problemas financeiros da entidade

O novo presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, fala à imprensa após tomar posse (Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Suspenso pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) desde o dia 6 de outubro, o COB teve uma boa notícia nesta terça-feira (31). Em comunicado oficial, a entidade que comanda o esporte olímpico revogou a proibição do Comitê Olímpico do Brasil em participar de eventos e reuniões de entidades internacionais. Entre elas, a Assembleia Geral da ACNO (Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais), que começa nesta quinta-feira (2). Os dirigentes brasileiros também estão autorizados a integrar a assembleia da Paso (Organização Desportiva Pan-Americana), no sábado (4).

A “aliviada” de Lausanne, porém, não serviu para livrar o COB de seu maior problema. A entidade brasileira segue suspensa de receber recursos financeiros do COI, na forma de valores repassados em patrocínios. Esta punição ainda não tem data para ser revogada, segundo o comunicado.

Os dirigentes do COI, porém, demonstraram no texto publicado em seu site que estão satisfeitos com as medidas de reformulação que estão sendo adotadas pelo novo presidente do COB, Paulo Wanderley, que assumiu após a renúncia de Nuzman, quando ainda estava preso.

O COI elogiou, por exemplo, a decisão de Wanderley convocar uma comissão para revisar os estatutos e outros pontos de governança dentro do COB para os próximos dias. Também destacou a revisão, por meio de auditoria externa, investigar se a entidade tem algum tipo de envolvimento com as acusações que estão sendo feitas contra Carlos Arthur Nuzman pelo Ministério Publico. Alvo da Operação “Unfair Play”, Nuzman é acusado de ter ajudado a intermediar a compra de votos que deu ao Rio de Janeiro a sede da Olimpíada de 2016.

A manutenção na suspensão do pagamento de verbas de patrocínio do COI é uma das grandes dores de cabeça do atual presidente Paulo Wanderley. Sem contratos de patrocínio renovados após a Rio-2016, a entidade vem tomando diversas medidas para sanear as finanças, como iniciar o processo de mudança da sede na Avenida das Américas (com custo de aluguel elevadíssimo) para as instalações do Parque Aquático Maria Lenk. Outra medida foi o cancelamento, ao menos este ano, da edição do Prêmio Brasil Olímpico.

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