O Pacto Pelo Esporte retorna com seu podcast nesta terça-feira (25), produzido em parceria com o Olimpíada Todo Dia. Neste segundo episódio, a diretora de marketing da Asics, Constanza Novillo, fala sobre as estratégias da empresa no setor esportivo do Brasil durante a pandemia e no período posterior.
Mediada por Daniela Castro, diretora executiva do Pacto pelo Esporte, a conversa girou em torno de como as expectativas do público brasileiro que pratica esportes na pandemia irá influenciar nas medidas adotadas pelas empresas na retomadas do esporte.
“De acordo com uma pesquisa global, 70% dos brasileiros ouvidos contra 59% da média global vão adaptar os novos exercícios iniciados durante a pandemia na rotina no período pós-Covid”, diz Constanza Novillo.
Ou seja, o público brasileiro que pratica atividades físicas e consome produtos relacionados tende a se manter ativo e até investir mais nessa área.
Novo nicho
Essa perspectiva no Brasil é maior do que a média global. Isso também é um reflexo de outro dado apresentada pela diretora da Asics, na qual o brasileiro está dando mais importância para as atividades físicas.
“Para 91% dos brasileiros e 78% na média global, o esporte vai ter uma maior relevância no período pós-pandemia. E a pesquisa tem outros dados que reforçam o papel vital do esporte durante a pandemia para a saúde mental”, conclui Constanza.
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Com a pandemia, muitos corredores amadores reclamaram que não é nada confortável correr de máscara e que isso estava prejudicando suas atividades e motivação.
Diante deste cenário, a Asics investiu para criar uma máscara que seja confortável ao mesmo tempo em que traga segurança para o usuário. Esse é o tipo de ação que uma empresa deve adotar em momentos adversos.
Desafios e oportunidades
Como não poderia ser diferente, a conversa rumou para o financiamento do esporte como um todo. A diretora da Asics citou a falta de transparência e profissionalismo das entidades esportivas do Brasil.
“As marcas não se sentem tão seguras para investir nesses projetos. Mas temos algumas que estão progredindo nesta área, principalmente com a Lei de Incentivo ao Esporte, em 2007”, explica Constanza.
E para que cada vez mais isso aumento no cenário brasileiro, a diretora da Asics aponta alguns caminhos. “Ainda acho que o Brasil precisa de uma política pública voltada para o esporte de uma maneira mais coerente, com uma visão de longo prazo, mais consistente e sustentável. Um política contínua e não ficar mudando sempre. E isso para o alto rendimento é fundamental.”
Só que existem muitas oportunidades, já que o teto da Lei de Incentivo ao Esporte nunca foi alcançado. “Faltam projetos de qualidade relevantes para serem aprovados. Mas muito porque faltam parâmetros, segurança e clareza. Por isso que a avaliação das empresas através do Pacto Pelo Esporte é tão fundamental para a empresa”, conclui a diretora da Asics.
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Origem
A Atletas pelo Brasil foi o ponto de partida para o Pacto pelo Esporte, que atualmente reúne 32 empresas dos mais diversos setores. Trata-se de um acordo voluntário entre patrocinadoras do esporte nacional, que define regras e mecanismos nas relações entre investidores e entidades esportivas (confederações, federações e clubes).
O objetivo é fornecer ferramentas de autorregulamentação que definam boas práticas em governança, integridade e transparência, para a efetivação dos patrocínios feitos pelas empresas às entidades.
O Pacto pelo Esporte é propositivo e é mais um passo em direção à melhoria do esporte de alto rendimento no país. A iniciativa, de longo prazo, pretende aumentar os patrocínios às entidades e ao esporte, em termos que garantam credibilidade e segurança do investimento. Com isso, o esporte será ainda mais valorizado.