Experiência e juventude: a central Dani Joia e ponta esquerda Ana Claudia falaram sobre a renovação da seleção brasileira feminina de handebol. Confira!
Após a participação na Rio 2016, o handebol feminino brasileiro encerrou um ciclo e passou a preparar uma renovação. De técnico “novo” e vivendo uma transição de gerações, a seleção busca aliar a experiência e a juventude, como no caso das atletas Dani Joia e Ana Claudia Bolzan.
“Demorou um pouco, a renovação já deveria ter sido feita. Mas ele (Jorge Dueñas) ainda mantém a base das meninas, que são atletas excepcionais. Agora temos que buscar uma renovação ainda maior com essa geração mais nova, de 94 a 97”, considerou a central Dani Joia em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
“Foi uma surpresa bem grande eu ter ido participar desse Sul-Americano. É muito bom ter uma oportunidade. Deu tudo certo e vamos ver como é que vai ser, espero estar nas próximas convocações”, concordou Ana Claudia.
Ambas as atletas defendem o Pinheiros e foram campeãs dos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, em maio deste ano. Na final, o Brasil venceu a argentina por 26 a 12 e ficou com o lugar mais alto do pódio.
“Como sou mais nova, para mim, estar lá do lado, treinando junto, podendo conhecer um pouco mais do que só na TV, é um orgulho muito grande. É uma mistura de nervosismo com vontade de estar lá para ajudar e conhecer. Enfim, é uma sensação maravilhosa, indescritível”, contou a ponta esquerda de apenas 22 anos.
Mesmo com o título recente, as atletas não deixam de se preocupar com o momento atual da modalidade no Brasil. A crise financeira e política na CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) trouxe aos representantes do handebol ainda mais responsabilidades.
“Estamos lutando bastante para que as ações da CBHb mudem quanto ao handebol no Brasil, e nós não vamos parar. Os atletas agora têm voz, e a gente vai pra cima”, finalizou Dani Joia.
Temporada com o Pinheiros
Foto: RicardoBufolin/PanamericaPress/ECP
Com o clube que defendem, Dani Joia e Ana Claudia disputam atualmente a Taça Estado de São Paulo (Super Paulistão) e se preparam para o início da Liga Nacional de handebol. As duas compartilham da mesma vontade: conquistar títulos. O handebol feminino adulto do Pinheiros nunca foi campeão paulista, mas já venceu a Liga em 2016.
“Eu fui campeã aqui pelo clube, então gostaria de sentir esse gostinho novamente. Infelizmente no ano passado nós tivemos uma campanha ruim, então esse ano pretendemos ser melhores”, avaliou Dani. “Nossa evolução está legal e o time está juntinho. O resultado vem com o trabalho”, acrescentou Ana.
