A pandemia do novo coronavírus mudou drasticamente as nossas rotinas. Para evitar a propagação do vírus e ajudar no isolamento social, criamos, em março, o OTD Cultural, com indicações de livros, documentários e filmes esportivos para você aproveitar nessa quarentena.
O quadro virou semanal e agora está em vídeo. Na semana passada, listamos 5 filmes e documentários esportivos para você ver na Amazon Prime. Hoje, como estamos entrando no final de semana do feriado da Proclamação da Independência, dedicamos as indicações a produção nacional. Listamos cinco livros, documentários e filmes brasileiros com mais uma de bônus.
Clique no vídeo acima e assista em primeira mão o programa!
OTD Cultural no Youtube 5 –Cinco livros, filmes e documentários esportivos brasileiros
Na 5ª edição do OTD Cultural no Youtube, o Olimpíada Todo Dia lista cinco livros, filmes e documentários esportivos para você ver nesse feriado da Proclamação da Independência; tem labrador humano, polêmica, futebol no bar, escalada e suor virando ouro
Os Cinco livros, filmes e documentários esportivos brasileiros são:
- Guga, um Brasileiro
- 55.4 a virada
- Boleiros, Era Uma Vez o Futebol…
- Parede da Fortaleza (bônus: Origens)
- Transformando Suor em Ouro
GUGA, UM BRASILEIRO
O livro de 2014 conta a história do maior tenista mais vitorioso que o Brasil já teve. Gustavo Kuerten, o Guga, conta toda a sua trajetória, desde antes que as primeiras vitórias começassem a chegar.
É um livro que vai além do tênis. Como a personalidade de Guga, é bem familiar e proporciona uma saborosa leitura. Se você é fã de tênis, fica melhor ainda. As descrições das vitórias em Roland Garros são bem interessantes.
55.4 A VIRADA
Na história dos Jogos Olímpicos, ocorreram diversos momentos extremamente controversos. E um brasileiro esteve presente em um dos mais – se não o mais – polêmicos de todos. Na Olimpíada de Roma-1960, Manoel dos Santos levou o bronze nos 100 metros nado livre, se tornando o segundo nadador brasileiro a ganhar uma medalha olímpica na história.
Com 55s4, o bronze do brasileiro foi indiscutível, ao contrário do resultado do ouro e da prata. Àquela época, as provas da natação ainda não contavam com o cronômetro eletrônico. O australiano John Devitt e o americano Lance Larson fizeram 55s2, e houve uma longa discussão para saber quem ficaria com o ouro. No final, os dois terminaram com o mesmo tempo, mas o australiano acabou com a medalha dourada. A adoção do cronômetro eletrônico veio após o incidente. (entenda a polêmica assistindo o vídeo abaixo)
A polêmica poderia não ter ocorrido. Isso porque Manoel dos Santos terminou os primeiro 50 metros na frente e manteve a ponta até mais ou menos os 75. O problema foi a virada, que acabou não saindo da maneira perfeita e acabou cansando-o, fazendo-o chegar dois centésimos atrás do americano e do australiano. No documentário de 2013, Manoel relembra a prova e relata suas impressões sobre o ocorrido.
Um ano depois, Manoel dos Santos quebrou o recorde mundial dos 100 metros livre no Rio de Janeiro com a marca de 53s6. A marca perdurou por três anos. É um bom documentário para aqueles que não conhecem tão bem a a natação e acreditam que os grandes resultados do país nas provas de velocidade tenham começado só com Cesar Cielo ou Gustavo Borges.
BOLEIROS, ERA UMA VEZ O FUTEBOL…
Um dos melhores filmes já feitos no cinema brasileiro. Boleiros, Era Uma Vez o Futebol…, é um filme que não fala de um jogo específico do esporte mais popular do Brasil, mas sim do futebol como um todo e dos personagens que o compõe.
O foco é no treinador, no técnico, no árbitro, nos torcedores e em muitos outras figuras da esfera futebolística. É ambientado em um bar paulistano e retrata os personagens contando seis “causos” do esporte bretão deliciosos de serem vistos. Alguns são cômicos, outros duros, mas todos interessantes de se ver.
Dirigido por Ugo Giorgetti, o filme de 1998 teve baixo custo de produção, mas entrega uma grande obra riquíssima em detalhes e personagens de diferentes classes sociais ligadas pelo amor ao futebol.
O elenco dispensa comentários. Rogério Cardoso, Adriano Stuart, Flávio Migliaccio, Lima Duarte, Otávio Augusto, Cassio Gabus Mendes, Marisa Orth, Denise Fraga, João Acaiabe, Oswaldo Campozana, Antônio Grassi, André Abujamra, Elias Andreato, dentre outros, ajudam a engrandecer ainda mais a produção da obra.
PAREDE DA FORTALEZA
Disponível gratuitamente no site da Globoplay, Parede de Fortaleza conta a história de um grupo de curitibanos apaixonados por escalada que saiu de Curitiba e foi até o município de Nova Venécia, no Espírito Santo, para subir a íngrime Parede da Fortaleza.
Com 964 metros de altura, a Parede da Fortaleza recebe diversos turistas que chegam ao topo através das caminhadas turísticas. Mas Edemilson Padilha, Valdesir Machado, Thomás Kampf e Willian Lacerda optaram pela escalada.
O documentário de 25 minutos mostra paisagens exuberantes de uma região não muito conhecida pelo grande público e é muito bem produzido.
BÔNUS
Se você gostar de Parede da Fortaleza, pode assistir também Origens, do mesmo diretor, Murilo Vargas. O documentário é sobre o escalador brasileiro Cesar Grosso e o mostra realizando um antigo sonho: conquistar sem a ajuda de equipamentos de proteção, além de corda, a Teto do Baú, uma das vias mais desafiadoras e emblemáticas do país, localizada na Pedra do Baú, em São Paulo.
TRANSFORMANDO O SUOR EM OURO
Um livro escrito por um dos maiores treinadores da história do esporte mundial. Transformando suor em ouro é a história de Bernardinho contada por ele mesmo, desde os tempos de jogador até a consagração como técnico com o ouro olímpico.
Um livro em que se aprende o verdadeiro sentido das palavras cooperação, preparação, solidariedade, tempo, coletividade, disciplina, perseverança, dentre muitas outras. Bernardinho mostra que para se chegar ao sucesso é preciso trabalhar em equipe os talentos individuais.
O livro vai além do vôlei e do esporte. É bastante motivador para as pessoas de um modo geral. Muitas empresas adotam Transformando Suor em Ouro como leitura para os funcionários. Não a toa, a obra do técnico bicampeão olímpico superou a marca de meio milhão de cópias vendidas, algo raro no mundo tecnológico em que vivemos atualmente.