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Os Olímpicos

Dia 13 – Valieva fora do pódio em mais um dia amargo para Shiffrin

(Getty Images)

A novela Kamila Valieva ainda está longe de terminar, mas um capítulo já pode ser deixado de lado, já que a jovem russa não conseguiu uma medalha (nem que fosse provisória) na prova individual.

Enquanto isso, Mikaela Shiffrin erra mais uma vez e vai querer esquecer esses Jogos, assim como o norueguês Jarl Magnus Riiber. Ireen Wüst dá adeus e o Canadá vence mais uma vez o maior clássico do hóquei feminino.

O triste fim de Kamila Valieva em Pequim

Ela chegou como um dos destaques dos Jogos favorita para levar dois ouros na patinação artística, mas o imbróglio do doping positivo na prova por equipes acabou com as chances da jovem russa de 15 anos. Ela já havia ficado muito abalada no programa curto na terça-feira, mas mesmo assim havia ficado com a primeira posição. Mas no programa livre, a sua apresentação foi um desastre. Longe de repetir a prova inspiradora da disputa por equipes, Valieva caiu duas vezes, fez pousos muito ruins em três saltos e nem de perto repetiu a sua magistral habilidade e interpretação. Ela acabou fazendo 141,93 no livre, longe dos 178,92 da prova por equipes. Esta foi apenas a 5ª marca e ela terminou a disputa feminina na 4ª posição com 224,09.

Ainda assim o Comitê Russo fez a dobradinha ouro e prata, com Anna Shcherbakova e Alexandra Trusova com 255,95 e 251,73 na pontuação total, respectivamente. A japonesa Kaori Sakamoto acabou com o bronze com 233,13. O Comitê Olímpico Internacional já havia avisado que não faria pódio caso Valieva conquistasse uma medalha enquanto a situação não fosse resolvida. Agora poderá fazer sem se preocupar.

Näslund vence mais uma vez

Sandra Naeslund domina e conquista o ouro no esqui cross pequim-2022
(Foto: 2022 Getty Images)

Uma medalha que era muito, mas muito esperada era a de ouro da sueca Sandra Nälund no Ski Cross feminino. Bicampeã mundial da prova, a sueca venceu nada menos que 9 etapas nesta temporada e não queria repetir o fracasso de 2018, quando também chegou como favorita e ficou na 4ª posição. Melhor na fase de ranqueamento, ela venceu todas as suas baterias preliminares até a final, onde sobrou e não chegou a ser muito ameaçada. A canadense Marielle Thompson conseguiu uma bela ultrapassagem no final da prova sobre as outras duas concorrentes e ficou com a prata enquanto a alemã Daniela Maier foi bronze, após a desclassificação da suíça Fanny Smith.

Em busca de sua 3ª medalha em Pequim, a chinesa Eileen Gu passou pra final do Ski Halfpipe com a melhor nota de 95,50, única acima dos 90 pontos. Na prova masculina, o americano Aaron Blunck tirou a melhor pontuação na quali com 92,00, seguido do neozelandês Nico Porteous com 90,50.

Dobradinha suíça em mais uma falha de Shiffrin

Está ficando cada vez mais claro, principalmente no feminino, que as atletas de slalom se dão melhor na combinada que as especialistas em downhill. A suíça Michelle Gisin conquistou o bicampeonato da prova combinada no esqui alpino com o tempo de 2:25.67, após fazer apenas o 12º tempo no downhill, mas ser a mais rápida no slalom. Sua compatriota Wendy Holdener foi 11ª no downhill e, com o 3º tempo no slalom, ficou com a prata com 2:26.72. Já o bronze foi pra italiana Federica Brignone com 2:27.52.

Das 7 melhores no downhill, três não conseguiram terminar o slalom e a checa Ester Ledecka mais uma vez ficou muito perto da medalha, ao fazer o 2º melhor tempo da prova de velocidade e o 5º no slalom, mas acabou na 4ª posição a 0.80 do pódio. Uma das que não terminou o slalom foi ninguém menos que Mikaela Shiffrin. A americana tinha feito o 5º tempo do downhill e parecia que iria se redimir nesta prova, mas errou novamente no início da descida técnica e ficou sem tempo final. Ela não conseguiu terminar em Pequim nenhum descida técnica… Nos últimos 5 anos ela não só não terminou três provas no circuito da Copa do Mundo. Em Pequim foram três provas com erro. Uma Olimpíada para esquecer pra americana.

Canadá vence o superclássico

Pela 5ª vez na história olímpica o Canadá ficou com o ouro no hóquei feminino, derrotando o seu maior rival, os Estados Unidos. Foi a 6ª vez que as duas equipes fizeram a final olímpico, e as canadenses agora tem vantagem de 4-2. O Canadá abriu a partida com 2-0 no 1º tempo e fez o 3º na metade do 2º. As americanas diminuíram pra 3-1 no final do 2º período e conseguiram marcar mais um gol faltando 13s pro fim, mas já era tarde demais. Ouro pro Canadá que agora tem 5 títulos olímpicos e 11 Mundiais contra 2 e 9 das americanas.

Noruega vence mesmo sem Riiber

A Noruega só confirmou o que todo mundo já imaginava: que levaria o ouro na prova por equipes do combinado nórdico. Nos saltos, foi a Áustria que foi melhor com 475,4 pontos contra 469,4 dos noruegueses, o que significaria uma vantagem de apenas 8s no revezamento 4x5km. Essa vantagem foi alcançada pelo 2º atleta norueguês e rapidamente ultrapassada com Joergen Graabak, campeão de uma das provas individuais, quando ele fechou o revezamento. A Noruega venceu com o tempo de 50.45.1, colocando quase 55s de vantagem na chegada sobre a Alemanha e sobre o Japão. A Áustria acabou sem medalha, ficando a 4s do pódio.

Vale destacar que a Noruega não contou com Jarl Magnus Riiber na equipe. Ele não pôde participar da primeira prova por conta do diagnóstico positivo de Covid, mas voltou pra segunda prova individual, onde ele cometeu um erro besta ao seguir no caminho errado ainda na 1ª volta e acabou sem medalha. Com isso, ele acabou ficando de fora da equipe do revezamento e volta pra Noruega querendo esquecer Pequim.

Finalmente o ouro de Takagi

Após três pratas em Pequim, a japonesa Miho Takagi venceu seu 1º ouro olímpico individual ao bater o recorde olímpico nos 1.000m da patinação de velocidade. Ela completou a distância em 1:13.19, colocando 0.64 sobre a holandesa Jutta Leerdam, prata com 1:13.83. Vindo no último par, a americana Brittany Bowe marcou 1:14.61 para faturar o bronze, a sua primeira medalha olímpica individual.

Vale destacar o 6º lugar da holandesa Ireen Wüst, em sua provável última participação olímpica. Wüst encerra sua carreira olímpica com 13 medalhas, sendo 6 ouros, 5 pratas e 2 bronzes, incluindo as conquistas de Pequim: ouro nos 1.500m e bronze na perseguição por equipes.

Definições no curling

A Grã-Bretanha de Bruce Mouat acabou passando para as semifinais na 1ª posição após vencer por 5-2 o Canadá e terminar com 8 vitórias em 9 jogos. Já a Suécia de Niklas Edin perdeu a sua última partida da 1ª fase de 10-8 pra Suíça e ficou em 2º lugar. Ainda nesta quinta, tivemos as semifinais, com os britânicos derrotando os Estados Unidos de John Shuster, campeões de 2018, por 8-4. Na final no sábado irão enfrentar a Suécia de Edin, que passou com 5-3 pelo Canadá.

No torneio feminino, a Suíça de Silvana Tironzini fechou a 1ª fase com vitória de 8-4 sobre o Japão e passou em 1º lugar com 8 vitórias em 9 jogos. A 2ª colocação ficou com a Suécia de Anna Hasselborg, que fez 8-4 na Coreia do Sul. três equipes empataram em 3º com 5 vitórias cada: Grã-Bretanha, Japão e Canadá. Nos confrontos diretos, o 1º critério de desempate, 1 vitória para cada. Restou a decisão pelo DSC (distance shot challenge), e o Canadá com a pior média do torneio ficou fora da semifinais.

As semifinais femininas serão entre Suíça x Japão e Suécia x Grã-Bretanha. Com a derrota na semi masculina e a eliminação no feminino, será a primeira vez desde que o curling voltou pros Jogos em Nagano-1998 que o Canadá não chega a pelo menos uma final olímpica numa edição de Jogos.

Medalhistas do dia

OuroPrataBronze
Esqui alpino Combinada femininaMichelle Gisin (SUI)Wendy Holdener (SUI)Federica Brignone (ITA)
Patinação Artística femininaAnna Shcherbakova (ROC)Alexandra Trusova (ROC)Kaori Sakamoto (JPN)
Esqui Freestyle Ski Cross femininoSandra Näslund (SWE)Marielle Thompson (CAN)Daniela Maier (GER)
Hóquei no Gelo femininoCanadáEstados UnidosFinlândia
Combinado Nórdico Equipe LH/4x5km masculinoNoruegaAlemanhaJapão
Patinação de Velocidade 1.000m femininoMiho Takagi (JPN)Jutta Leerdam (NED)Brittany Bowe (USA)
Em verde: acertei a posição. Em vermelho: coloquei no pódio, mas errei a posição

Após doze dias, acertei 41 dos 92 campeões (44,6%), coloquei 65 deles no pódio (70,7%) e coloquei 145 dos 276 medalhistas no pódio (52,5%). Cravei 8 pódios completos.

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