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Os Olímpicos

Dia 5 – EUA vencem sua primeiro ouro, mas Shiffrin erra novamente

(Getty Images/2022)

Alemanha assume a liderança do quadro de medalhas com dois ouros e uma prata nesta quarta-feira.

Mikaela Shiffrin mais uma vez erra feio, mas os Estados Unidos conquistam o seu primeiro ouro em Pequim com a veterana Lindsey Jacobellis, que finalmente venceu.

Vlhova venceu em mais um desastre de Shiffrin

Após tanto a eslovaca Petra Vlhova como a americana Mikaela Shiffrin terem problemas na disputa do slalom gigante, esperava-se um belo duelo entre elas na final do slalom, como tem sido em toda a temporada. Na primeira descida, a primeira a competir foi a alemã Lena Dürr, que marcou 52.17, fazendo o melhor tempo. Logo na sequência foi a vez de Vlhova, que marcou 52.89 e parecia que repetiria o resultado ruim do gigante. Sétima a largar, Mikael Shiffrin mais uma vez errou feio. Com cinco segundo de prova, ela perdeu uma das portas e, desolada, saiu da competição. Foi pra lateral da pista e ficou lá sentada por um bom tempo, tentando processar o que aconteceu. No slalom gigante ela já tinha escorregado no começo da prova.

Na segunda descida, as 30 melhores competiram na ordem inversa. Após 22, chegou a vez de Vlhova que, numa descida perfeita de 52.09, a melhor segunda descida da prova, somou 1:44.98 para assumir a liderança. A austríaca Katharina Liensberger veio na sequência e ficou apenas 0.08 atrás. A suíça Wendy Holdener também foi muito bem, mas acabou em 3º lugar a apenas 0.12 da eslovaca. Dürr foi a última a descer desse grupo e até foi bem, mas com 1:45.17 ficou a 0.07 do tempo de Holdener e fora do pódio.

E chega o dia de Jacobellis

A americana Lindsey Jacobellis é sem dúvida o maior nome da história do snowboard cross. Ela já venceu cinco vezes o Mundial e 10 vezes os X-Games, mas não tem um bom histórico olímpico. Em 2006, ela já era favorita e tinha disparado na final. Na última rampa metros antes da linha de chegada ela comemorou com um grab na prancha e caiu, assistindo do chão a suíça Tanja Frieden ultrapassar pra levar o ouro, enquanto a americana ficou com a prata. Em 2010, 2014 e 2018 ela sempre chegou bem cotada, mas não pegou medalha.

Nesta quarta ela começou bem com o 5º tempo na fase de ranqueamento, fugindo das mais fortes. Venceu sua bateria de oitavas de final, venceu nas quartas e, numa semifinal fortíssima, venceu deixando a francesa Chloé Trespecuh em 2º e a campeã de 2018, a italiana Michela Moioli, em 3º, fora da Final. Na decisão, Jacobellis pegou uma ótima linha e liderou praticamente desde o início, não sendo ameaçada de perto, ficando com o ouro. Trespeuch ficou a prata e a canadense Meryeta O’Dine foi bronze. Este foi o 1º ouro americano em Pequim, apenas no 5º dia.

Tivemos também as qualificações do halfpipe do snowboard. No feminino, a favoritíssima Chloe Kim fez 87,75 na 1ª descida e ficou com a melhor nota. Aos 21, a americana é uma referência e é daquelas favoritas que só perde o ouro se quiser.

Já na disputa masculina, a primeira posição ficou com o japonês Ayumu Hirano com 93,25, seguido do australiano Scotty James com 91,25, únicos acima dos 90 pontos. Tricampeão mundial e em sua despedida olímpica (e talvez até mesmo das competições), o americano Shaun White ficou em 4º lugar com 86,25.

Ruud faz prova perfeita do Big Air

Melhor na qualificação na segunda-feira, o norueguês Birk Ruud fez uma prova espetacular na final do Big Air em esquis. No primeiro salto fez 95,75 e no segunda 92,00 para disparar na liderança com certa tranquilidade, somando 187,75. Já com o ouro na mão, ele pegou a bandeira da Noruega e desceu com ela nas mãos na sua 3ª e última tentativa.

O americano Colby Stevenson, com 183,00 pontos, ficou com a medalha de prata e o sueco Henrik Harlaut somou 181,00 para ficar com o bronze. No último aslto Harlaut tirou seu compatriota Oliwer Magnusson do bronze, jogando-o pro 4º lugar.

Domínio germânico no luge

Na 3ª final do luge, mais uma dobradinha alemã, agora na disputa de duplas. Tobias Arlt e Tobias Wendl conquistaram o tricampeonato olímpico ao completarem as duas descidas com o tempo de 1:56.554, incluindo o recorde da pista na 1ª delas de 58.255. A outra fortíssima dupla alemã de Sascha Benecken e Toni Eggert ficou com a prata a apenas 0.099 dos vencedores. Essas duas duplas dominam o circuito há muitos anos. Completou o pódio os austríacos Thomas Steu e Lorenz Koller no 5º pódio olímpico seguido da Áustria nos Jogos.

Com a vitória, Wendl e Arlt irão fazer parte do revezamento alemão nesta quinta-feira, que será composto apenas por campeões olímpicos. Eles terão a companhia de Johannes Ludwig e Natalie Geisenberger. Se por acaso a Alemanha vencer, Wendl, Arlt e Geisenberger chegarão a seis ouros olímpicos. Ela ainda tem um bronze.

Mais Alemanha, agora no combinado

Sem Jarl Magnus Riiber na prova, após ter positivado para Covid na sua chegada em Pequim, a prova do combinado nórdico Pista Normal/10km ficou levemente aberta, sem seu maior favorito. Nos saltos, o japonês Ryota Yamamoto fez 108,0m e tirou 133,0 pontos, terminando em primeiro com uma ótima vantagem de 38s sobre o austríaco Lukas Greiderer, que ficou em segundo. A vantagem do japonês para os outros principais nomes da prova chegava a quase 1min30s.

Só que o cross-country de Yamamoto não é nem de longe um dos melhores do circuito e ele logo foi ultrapassado, terminando apenas na 14ª posição, 1min46s atrás do campeão. Já o alemão Vinzenz Geiger tem um dos melhores cross-country e não só tirou a diferença de 1min26s como foi se manteve na frente. O norueguês Joergen Graabak ficou boa parte da prova junto a Geiger, mas no final da prova o alemão abriu e segurou o ouro. Graabak foi prata, chegando a apenas 0.8 atrás, enquanto o austríaco Lukas Greiderer foi bronze a 6.6. Seu compatriota Johannes Lamparter, que está em ótima fase, acabou em 4º a apenas 2.4 do pódio.

Coreia do Sul finalmente leva o seu

Hwang Daeheon vence 1.500m na pista curta em Pequim 2022 (Getty Images/2022)

Após três provas sem chegar a nenhuma final em Pequim, a Coreia do Sul finalmente levou seu primeiro ouro na patinação de velocidade em pista curta, o 25º do país na história olímpica, na prova dos 1.500m masculino.

Nas quartas de final, destaque para a vitória do húngaro Shaolin Sandor Liu na 1ª bateria com 2:09.213, batendo o recorde olímpico. Praticamente todos os favoritos passaram pra semifinal. Já as semifinais foram uma confusão só, principalmente a 3ª delas, com duas desclassificações de peso: o canadense Charles Hamelin, campeão desta prova em 2014, e do chinês Ren Ziwei, ouro nos 1.000m uns dias antes. Por conta das desclassificações e dos atletas que ganharam o diretio de avançar por terem sido atrapalhados, a final A contou com nada menos que 10 atletas.

E se numa prova com quatro já tem confusão, imagina numa com 10. Só que não houve nenhum problema. O sul-coreano Hwang Dae-heon liderou quase que a prova toda, forçando o ritmo para vencer com 2:09.219. Na chegada, o canadense Steven Dubois ficou com a prata com 2:09.254, apenas 0.013 mais rápido que o russo Semion Elistratov. Os fortes irmãos húngaros Shaoang Liu e Shaolin Sandor Liu não ameaçaram em nenhum momento e ficaram em 4º e 6º respectivamente.

Tivemos ainda as eliminatórias dos 1.000m feminino, onde o principal destaque foi a queda da canadense Kim Boutin na 5ª bateria. Na última curva, sozinha na frente, ela escorregou e não avançou. Nas semifinais do revezamento 3.000m feminino, sem incidentes e passaram pra final Holanda, China, Canadá e Coreia do Sul.

Niklas Edin vence na estreia

Começaram as disputas por equipes de curling e, nesta quarta-feira, apenas quatro jogos das equipes masculinas. Favorito ao ouro e pentacampeão mundial, o sueco Niklas Edin liderou sua equipe para a vitória de 6-4 sobre a China com uma pedra perfeita no centro na última jogada da partida. Campeão em 2018, John Shuster e sua equipe dos Estados Unidos precisou do end extra para vencer o Comitê Russo por 6-5. Já o Canadá de Brad Gushue fez 10-5 na Dinamarca e a Noruega venceu por 7-4 a equipe da Suíça.

Estreia do hóquei masculino

Teve início as disputas do hóquei masculino, com dois jogos do Grupo B. Campeões em 2018, o time do Comitê Russo venceram a Suíça por 1-0. Apenas seis jogares da equipe russa stiveram na campanha campeã de PyeongChang. A Dinamarca estreou com uma ótima vitória de 2-1 sobre a Tchéquia.

Medalhistas do dia

OuroPrataBronze
Esqui alpino slalom femininoPetra Vlhova (SVK)Katharina Liensberger (AUT)Wendy Holdener (SUI)
Combinado Nórdico NH/10km masculinoVinzenz Geiger (GER)Joergen Graabak (NOR)Lukas Greiderer (AUT)
Esqui Freestyle Big Air masculinoBirk Ruud (NOR)Colby Stevenson (USA)Henrik Harlaut (SWE)
Snowboard Cross femininoLindsey Jacobellis (USA)Chloé Trespeuch (FRA)Meryeta O’Dine (CAN)
Luge DuplasTobias Wendl/Tobias Arlt (GER)Toni Eggert/Sascha Benecken (GER)Thomas Steu/Lorenz Koller (AUT)
Velocidade Pista Curta 1.500m masculinoHwang Dae-heon (KOR)Steven Dubois (CAN)Semion Elistratov (ROC)
Em verde: acertei a posição. Em vermelho: coloquei no pódio, mas errei a posição

Após cinco dias, acertei 15 dos 37 campeões (40,5%), coloquei 25 deles no pódio (67,6%) e coloquei 53 dos 111 medalhistas no pódio (47,7%).

Com duas vitórias, a Alemanha se isola na frente do quadro com 5-3-0, enquanto Noruega 4-2-4 e Suécia 4-1-2 vêm na sequência. A Holanda com 3-3-1 e a China 3-2-0 completam o top-5. Estados Unidos finalmente conquistaram seu primeiro ouro e com 1-5-1 agora estão em 10º no quadro. 19 países já levaram um ouro e 23 pelo menos uma medalha.

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