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Os Olímpicos

Prévia Pequim-2022 – Patinação de Velocidade Feminina

500m feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Nao Kodaira (JPN); Prata – Lee Sang-hwa (KOR); Bronze – Karolina Erbanova (CZE)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Angelina Golikova (RUS); Prata – Femke Kok (NED); Bronze – Olga Fatkulina (RUS)

As mulheres passaram a competir nos Jogos na patinação de velocidade apenas em Squaw Valley-1960 e, em 16 disputas, os Estados Unidos lideram no histórico da prova com 5 ouros e 10 medalhas, com destaque para o tricampeonato de Bonnie Blair em 1988, 1992 e 1994. Apesar do domínio da Holanda na modalidade, o país conquistou apenas uma medalha de bronze nos 500m em toda a história olímpica, e foi recentemente em Sochi-2014. Em Mundiais, são apenas 4 medalhas holandesas, nenhum ouro.

As atletas asiáticas tem dominado esta prova no passado recente e seguem entre as favoritas, principalmente a japonesa Nao Kodaira, que busca o bicampeonato olímpico. Bicampeã mundial em 2017 e 2020, venceu duas vezes o Mundial de Sprint e é dona do recorde olímpico de 36.94. Mas quem tem vencido muito na temporada é a americana Erin Jackson. Em 8 provas na Copa do Mundo, ela venceu 4 provas e subiu ao pódio 6 vezes. Na seletiva americana, Jackson ficou na 3ª posição e ficaria fora da equipe americana, mas Brittany Bowe, que venceu a prova, decidiu desistir de disputar os 500m para dar a vaga à Jackson.

Os melhores tempos da temporada na rápida prova são de duas russas: Angelina Golikova (36.66) e Olga Fatkulina (36.72). Golikova venceu a prova no Mundial de 2021 e foi prata na edição do ano anterior, mesma posição no Europeu deste ano, enquanto Fatkulina foi prata em Sochi-2014 e campeã continental em 2020. De olho também na holandesa Femke Kok, prata no último Mundial e campeã europeia na semana passada, e na polonesa Andzelika Wojcik. Curioso destacar que a Argentina conseguiu uma vaga nesta prova com Maria Victoria Rodriguez.

Minha aposta: Ouro – Angelina Golikova (RUS); Prata – Nao Kodaira (JPN); Bronze – Erin Jackson (USA)

1.000m feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Jorien ter Mors (NED); Prata – Nao Kodaira (JPN); Bronze – Miho Takagi (JPN)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Brittany Bowe (USA); Prata – Jutta Leerdam (NED); Bronze – Elizaveta Golubeva (RUS)

Os 1.000m femininos também estrearam em Squaw Valley-1960 e tem Holanda e União Soviética como maiores vencedores, com 4 ouros cada, mas são os Estados Unidos que tem mais medalhas, com 10 ao todo.     A Holanda também é o país com mais ouros em Mundiais, mas quem mais venceu recentemente foram os Estados Unidos, com 3 títulos de Brittany Bowe e um da já aposentada Heather Richardson-Bergsma. Bowe tem liderado na temporada, vencendo duas das quatro provas da Copa do Mundo, mas subindo em todos os pódios. É outra que começou a carreira na patinação inline, conquistando até um ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio-2007.

A japonesa Nao Kodaira foi prata na última Olimpíada e segue como uma das favoritas nesta prova, assim como sua compatriota Miho Takagi, dona do melhor tempo da temporada com 1:11.83. As russas Angelina Golikova e Daria Kachanova são outras favoritas, assim como a holandesa Jutta Leerdam, vice mundial, que acaba de vencer o europeu e tem o 2º melhor tempo da temporada com 1:12.25.

Minha aposta: Ouro – Brittany Bowe (USA); Prata – Miho Takagi (JPN); Bronze – Nao Kodaira (JPN)

1.500m feminino

Ireen Wust comemora a vitória nos 1.500 m da patinação de velocidade na Olimpíada de PyeongChang (Crédito: Mladen Antonov/AFP)

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Ireen Wüst (NED); Prata – Miho Takagi (JPN); Bronze – Marrit Leenstra (NED)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Ragne Wiklund (NOR); Prata – Brittany Bowe (USA); Bronze – Evgeniia Lalenkova (RUS)

Esta prova também estreou em Squaw Valley-1960, quando as mulheres passaram a competir4 na patinação de velocidade. Em 16 provas, foram 6 vitórias holandesas, com destaque para Ireen Wüst, campeã em 2010 e 2018. Cinco vezes campeã mundial da prova, Wüst está em sua quinta e última Olimpíada em busca de mais três medalhas. Se conseguir, chegaria a 14, ficando apenas uma atrás da norueguesa Marit Bjoergen, que possui 15 no esqui cross-country, a pessoa com mais medalhas em Jogos de Inverno. Aos 35 anos, Wüst não está em sua melhor fase, mas foi prata no Europeu na semana passada e é um nome que não deve ser descartado nunca.

A favorita é a japonesa Miho Takagi, que venceu as três provas que disputou na Copa do Mundo nesta distância, foi prata em PyeongChang e prata no Mundial de 2019, além e possuir o melhor tempo da temporada com 1:49.99. Sua compatriota Ayano Sato e sua irmã mais velha Nana Takagi também enfrentam uma boa fase e buscam um pódio japonês completo.

Mas elas tem pela frente a forte americana Brittany Bowe, campeã mundial em 2015, além das holandesas Antoinette de Jong, campeã europeia este ano, e Irene Schouten, da italiana Francesca Lollobrigida e da norueguesa Ragne Wiklund, atual campeã mundial.

Minha aposta: Ouro – Miho Takagi (JPN); Prata – Antoinette de Jong (NED); Bronze – Brittany Bowe (USA)

3.000m feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Carlijn Achtereekte (NED); Prata – Ireen Wüst (NED); Bronze –  Antoinette de Jong (NED)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Antoinette de Jong (NED); Prata – Martina Sabliková (CZE); Bronze – Irene Schouten (NED)

A Holanda também lidera o quadro histórico de medalhas nesta prova que também estreou em Squaw Vallew-1960. São seis vitórias, incluindo três nas últimas quatro Olimpíadas, sendo duas de Ireen Wüst em 2006 e 2014 e uma de Carlijn Achtereekte em 2018. Em Mundiais, é a Alemanha que lidera com oito ouros, nos oito primeiros mundiais entre 1996 e 2004. Desde 2009, a vitória na prova alternou entre holandesas e a checa Martina Sablikova, que tem 5 títulos, mas também segue para sua última Olimpíada, longe do domínio que teve na distância.

A grande favorita aqui agora é outra holandesa: Irene Schouten. Melhor tempo da temporada, ela marcou 3:52.89 em dezembro, recorde holandês. Venceu as 3 etapas que disputou da Copa do Mundo e faturou o título europeu há pouco, um dos seus três ouros em casa na competição. Wüst não conseguiu a vaga nesta prova e Schouten terá a companhia de Achtereekte, atual campeã olímpica, e de Antoinette de Jong, atual campeã mundial. Holanda com boas chances de fechar pódio nesta prova.

A canadense Isabelle Weidemann conquistou duas pratas nos 3.000m na temporada e lidera o ranking da prova. A italiana Francesca Lollobrigida, a norueguesa Ragne Wiklund e Sablikova seguem na briga.

Minha aposta: Ouro – Irene Schouten (NED); Prata – Antoinette de Jong (NED); Bronze – Isabelle Weidemann (CAN)

5.000m feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Esmee Visser (NED); Prata – Martina Sabliková (CE); Bronze –  Natalya Voronina (RUS)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Irene Schouten (NED); Prata – Natalya Voronina (RUS); Bronze – Carlijn Achtereekte (NED)

Diferente das outras quatro provas mais curtas, os 5.000m feminino só entrou pros Jogos em Calgary-1988. Em nove edições, viu quatro vitórias alemãs, sendo três da espetacular e longeva Claudia Pechstein entre 1994 e 2002, que não se classificou nesta prova. Em Mundiais, quem dominou por absoluto aqui foi a checa Martina Sablikova, que venceu 10 seguidos entre 2007 e 2019, além dos ouros olímpicos em Vancouver-2010 e Sochi-2014.

Sablikova fará sua despedida olímpica e nunca deve ser totalmente descartada, mas a grande favorita aqui é a holandesa Irene Schouten. Ela tem três dos quatro melhores tempos da temporada, é a atual campeã mundial e venceu a única vez que a prova foi disputada na Copa do Mundo nesta temporada.

A canadense Isabelle Weidemann tem dois ótimos tempos e completa o top-5 da temporada ao lado de Schouten. Completam o favoritismo na prova a também canadense Ivanie Blondin, a russa Natalya Voronina, bronze em 2018 e atual vice mundial, e a italiana Francesca Lollobrigida.

Minha aposta: Ouro – Irene Schouten (NED); Prata – Isabelle Weidemann (CAN); Bronze – Martina Sablikova (CZE)

Saída em massa feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Nana Takagi (JPN); Prata – Kim Bo-reum (KOR); Bronze – Irene Schouten (NED)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Marijke Groenewoud (NED); Prata – Ivanie Blondin (CAN); Bronze – Irene Schouten (NED)

Prova mais nova do programa olímpica, a saída em massa estreou em PyeongChang-2018, quando a japonesa Nana Takagi levou a melhor. Em seis disputas de Mundiais, a holandesa Irene Schouten e a canadense Ivanie Blondin tem dois ouros cada e ambas estarão nesta prova em Pequim. A canadense, aliás, esteve em cinco dos seis pódios da saída em massa nos Mundiais, mas não foi bem em PyrongChang-2018, parando nas semifinais.

A outra holandesa na prova é Marijke Groenewoud, atual campeã mundial e prata no europeu este ano. A italiana Francesca Lollobrigida, a sul-coreana Kim Bo-reum, campeã mundial em 2017 e vice olímpica em 2018, a americana Mia Kilburg e a chinesa Guo Dan são fortes nomes pra medalha na prova. A incansável alemã Claudia Pechstein conseguiu se classificar para sua 8ª Olimpíada aos 49 anos nesta prova, ficando de fora das suas especialidades 3.000m e 5.000m. Ela tem 9 medalhas olímpicas, sendo 5 de ouro. Sua primeira medalha foi um bronze nos 5.000m na longínqua edição de Alberville-1992. Ela só ficou fora de Vancouver-2010 por doping, que ela nega e contesta até hoje. Aqui vale destacar também a presença da colombiana Laura Gómez, que pegou uma das últimas vagas olímpicas. Será a segunda Olimpíada dela, que também esteve em 2018, mas parou na semifinal

Minha aposta: Ouro – Ivanie Blondin (CAN); Prata – Francesca Lollobrigida (ITA); Bronze – Irene Schouten (NED)

Perseguição por equipes feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Japão; Prata – Holanda; Bronze –  Estados Unidos

Pódio último mundial (2021): Ouro – Holanda; Prata – Canadá; Bronze – Rússia

A prova estreou nos Jogos em Turim-2006 e viu a Alemanha vencer nesta e na edição seguinte em Vancouver-2010., com Holanda fora dos dois pódios. Mas as holandesas sobraram em Sochi-2014 pra vencer com tranquilidade todas as suas baterias, inclusive colocando mais de 7s sobre a Polônia na final. Já em PyeongChang-2018, o ouro foi pro Japão, que derrotou as holandesas na decisão. Em Mundiais, foram 6 ouros holandeses e 12 pódios em 13 oportunidades. Elas só não subiram ao pódio na 1ª edição, em 2005. A equipe holandesa em Pequim será fortíssima, com Antoinette de Jong, Irene Schouten e Ireen Wüst, mesma formação campeã mundial em 2021 e europeia em 2022.

A final muito provavelmente será contra o Canadá, que venceu as três etapas da Copa do Mundo nesta temporada. Se medalharem, Valérie Maltais será mais uma atleta a conquista medalha olímpica em dois esportes diferentes, já que ela foi prata em Sochi-2014 no revezamento da patinação em pista curta. O Japão venceu em 2018 e nos Mundiais de 2019 e 2020 e vai fazer frente às duas equipes, assim como a sempre ótima equipe da Rússia. Polônia e Noruega correm por fora.

Minha aposta: Ouro – Holanda; Prata – Canadá; Bronze – Japão

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