Isaquias é ouro com folga
As chinesas Zu Shixiao e Sun Mengya venceram o C2 500m feminino, prova que fez sua estreia olímpica na canoagem. Campeãs mundiais em 2019, elas venceram com folga de quase 2s, com 1:55.495. Prata para as ucranianas Liudmyla Luzan e Anastasiia Chetveriova com 1:57.499 e bronze para as canadenses Laurence Vincent-Lapointe e Katie Vincent, bicampeãs mundiais dessa prova.
Isaquias Queiroz deu um show completo na final do C1 1.000m. O brasileiro dominou do início ao fim, controlando muito bem seus adversários e, com 250m pro fim, abrindo quase dois barcos de distância para os concorrentes. Numa campanha perfeita, bem dosada e controlada, Isaquias fechou com 4:04.408 e conquistou sua 4ª medalha olímpica, a 1ª do ouro. Ele se junta ao Serginho do vôlei e ao nadador Gustavo Borges com 4 medalhas, atrás apenas de Robert Scheidt e Torben Grael, ambos com 5. O chinês Liu Hao foi prata com 4:05.724 e Serghei Tarnovschi, da Moldova, bronze com 4:06.069. Tarnovschi também tinha ganho o bronze nesta prova no Rio-2016, mas perdeu a medalha dias depois por doping.
No K4 500m feminino, vitória da Hungria com 1:35.463, o 3º ouro seguido do país na prova, o 3º com Danuta Kozak, que chega a 6 ouros olímpicos e 8 medalhas. Prata para Belarus e bronze para a Polônia. Lisa Carrington buscava seu 4º ouro em Tóquio, mas a equipe da Nova Zelândia acabou ficando na 4ª posição.
Fechando a canoagem, a Alemanha venceu o K4 500m masculino com 1:22.219. Até o Rio-2016, a disputa do K4 era nos 1.000m. A Espanha ficou com a prata a pouco mais de 0.2 dos alemães e a Eslováquia foi bronze.
Nocaute histórico!
O britânico Galal Yafei controlou bem a primeira final do boxe do dia, e venceu o peso pena até 52kg sobre o filipino Carlo Paalam. Ele venceu bem os dois primeiros rounds e só segurou o 3º. Os bronzes ficaram com o japonês Ryomei Tanaka e com o cazaque Saken Bibossinov.
Na luta seguinte, a final do peso mosca feminino. Duas vezes vice mundial, a búlgara Stoyka Krasteva venceu por decisão unânime a turca Buse Naz Çakiroglu e conquistar o 2º ouro de seu país em Tóquio. Os bronzes ficaram com a taiwanesa Huang Hsiao-wen e com a japonesa Tsukimi Namiki.
E aí veio o peso médio masculino. Depois de vencer o campeão mundial na semifinal, Hebert Conceição enfrentou o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, que chegava com uma sequência de 62 lutas invicto. O ucraniano começou muito forte, dominando o brasileiro no 1º round e vencendo por 5-0. O mesmo aconteceu no 2º assalto e um novo 5-0 para o ucraniano. Parecia tudo perdido quando, na metade do 3º assalto, Hebert dá um cruzado de esquerda que derruba Khyzhniak, que cai no chão e levanta cambaleando. O árbitro declara nocaute e o ouro é brasileiro de uma maneira inacreditável! Ouro histórico. Os bronzes ficaram com o russo Gleb Bakshi e o filipino Eumir Marcial.
Na última final do dia, o peso meio médio ligeiro feminino, até 69kg, a turca Busenaz Sürmeneli venceu por 3-0 a chinesa Gu Hong, que chegou a ser punida com um ponto. Ao fim da luta, Gu nem quis cumprimentar a turca campeã. Os bronzes foram para a indiana Lovlina Borgohain e para a americana Oshae Jones.
Bicampeões!!
Jogando no Estádio de Yokohama, local da conquista do Penta, o Brasil venceu a Espanha na prorrogação por 2-1 e faturou o ouro olímpico. Richarlison perdeu um pênalti no 1º tempo, mas Matheus Cunha abriu o placar no final da 1ª etapa. Com 16min do 2º tempo, o espanhol Mikel Oyarzabal empatou e a partida foi pro tempo extra. No início do 2º tempo da prorrogação, Malcom, que entrou no lugar de Matheus Cunha, recebeu uma bola espetacular de Antony e ampliou o placar. A Espanha colocou duas bolas no travessão, mas não conseguiu empatar e o Brasil levou seu 3º ouro do dia. No dia anterior, o México venceu o Japão por 3-1 e ficou com o bronze.
Hassan vence seu 2º ouro
A prova da maratona feminina foi adiantada em 1h e se iniciou às 6:00 em Sapporo, para evitar o calor. Um pelotão enorme se formou no início e, conforme as líderes apertavam o passo, as concorrentes iam ficando pra trás. Logo, duas quenianas, uma etíope, uma israelense e uma americana foram pra frente comandando a prova. Chegando aos 40km, a queniana que representa Israel Lonah Salpeter parou e deixou as quatro seguirem. Ela acabou voltando a correr e terminou em 66º. A etíope Roza Dereje também ficou pra trás enquanto as quenianas aceleraram até a vitória de Peres Jepchirchir com 2:27:20. Sua compatriota Brigid Kosgei, bicampeã da maratona de Chicago e bi na de Londres, foi prata com 2:27:36 e a americana Molly Seidel foi bronze com 2:27:46.
O favoritismo no lançamento de dardo masculino era todo do alemão Johannes Vetter, que já tinha lançado para mais de 90m algumas vezes esse ano. Mas ele não se acertou na final, caindo de mal jeito no 2º lançamento e aparentemente sentindo alguma coisa no pé. Terminou apenas em 9º com 82,52m. Sem o favorito, o ouro foi para uma zebra, o indiano Neeraj Chopra, com 87,58m. Este foi apenas o 10º ouro indiano da história, o 1º no atletismo. São outros 8 no hóquei e 1 no tiro. Dois checos completaram o pódio: Jakub Vadlejch prata com 86,67m e Vitezslav Vesely bronze com 85,44m. Essa prova tem tido algumas surpresas em Olimpíadas e Mundiais já há alguns anos, com países como Trinidad & Tobago, Granada e Quênia conseguindo resultados expressivos.
No salto em altura feminino, a russa Mariya Lasitskene confirmou o favoritismo para vencer com 2,04m. Tricampeã mundial, ela ficou por dois anos entre 2016 e 2018 invicta, vencendo 45 provas seguidas. Na final olímpica, ela sofreu com 1,96m e quase parou no caminho, mas seguiu e passou sozinha em 2,04m. Prata foi para a australiana Nicola McDermott com 2,02m e o bronze para a ucraniana Yarosleva Mahuchikh com 2,00m.
Na pista, a holandesa Sifan Hassan, após vencer os 5.000m e ficar com o bronze nos 1.500m, venceu os 10.000m, repetindo o feito do Mundial de 2019. Ela se manteve no pelotão da frente a prova toda, e na última volta não deixou a etíope Letesenbet Gidey abrir. Inclusive passou a etíope junto com a barenita Kalkidan Gezahegne e foi pra vitória com 29:55.32. Gezahegne foi prata com 29:56.18 e Gidey bronze com 30:01.72.
Diferente do que aconteceu no Rio-2016, a prova dos 1.500m masculina foi muito forte em Tóquio. Desde o início o ritmo foi muito forte, não dando brechas para uma zebra como foi 5 anos antes. O norueguês Jakob Ingebrigtsen, de apenas 20 anos, mostrou que é o melhor da atualidade e venceu com o tempaço de 3:28.32, recorde olímpico e europeu e 8º tempo da história. O queniano Timothy Cheruiyot foi prata com 3:29.01 e o britânico Josh Kerr bronze com 3:29.05, quase passando o queniano no final.
Com um timaço, os Estados Unidos venceram com facilidade o 4x400m feminino, com a marca de 3:16.85, 5º tempo da história. Allyson Felix fez parte da equipe e conquistou sua 11ª medalha olímpica e seu 7º ouro. A briga mesmo foi pelas outras medalhas, com Polônia sendo prata com 3:20.53 e Jamaica bronze com 3:21.24. Foi a 7ª vitórias americana seguida na prova.
No 4x400m masculino, fechando as provas de estádio, mais um ouro dos Estados Unidos com 2:55.70, 4º tempo da história. Assim como no feminino, a disputa foi para o resto do pódio. A equipe da Holanda surpreendeu e pegou a prata com 2:57.18 e Botsuana levou o bronze com 2:57.27, recorde africano.
Dinamarca venceu na Madison
Na volta da Madison ao programa olímpico, a dupla da Dinamarca de Lasse Norman Hansen e Michael Morkov venceu a longa prova de 200 voltas com 43 pontos, pontuando em 14 dos 20 sprints. Os britânicos Ethan Hayter e Matthew Walls foi prata com 40 e os franceses Benjamin Thomas e Donavan Grondin bronze também com 40, mas como os britânicos terminaram a prova na frente, ficaram com a prata. Nenhuma dupla conseguiu dar uma votla no pelotão.
O fim da hegemonia russa
Foi uma disputa até o fim entre a israelense Linoy Ashram e a favorita russa Dina Averina na ginástica rítmica. Averina chegou muito credenciada, com 3 títulos mundiais no geral e outros 10 ouros em aparelhos. Mas se tinha alguém que poderia superar a russa era a israelense, que foi a melhor da final em 3 aparelhos: arco, bola e maças. Na fita, a russa tirou 24,000 contra 23,300 de Ashram, mas não foi suficiente e a israelense somou 107,800 contra 107,650 de Averina e assim encerrou-se a sequência de 5 ouros russos. O bronze ficou com a bielorrussa Alina Harnasko, que contou com o erro da russa Arina Averina, que teve sérios problemas com sua fita e terminou em 4º. Era esperado uma dobradinha das irmãs gêmeas, mas não tivemos nada disso.
Dobradinha chinesa nos saltos
Foi mais uma prova incrível dos chineses nos saltos ornamentais, na plataforma masculino. E a disputa foi intensa até o último salto. Yang Jian fez um incrível salto final, de grau 4,1 e tirou só 9,0 pra cima, totalizando 112,75 pontos, a maior pontuação de um salto na história olímpica. Cao Yuan foi pro último salto precisando de 9,4 para levar o ouro. E ele tirou 9,5. Cao somou 582,35 contra 580,40 de Yang e assim a China fecha os saltos com 7 ouros em 8 provas. O britânico Tom Daley conquistou sua 4ª medalha olímpica com o bronze com 548,25.
Suécia leva no desempate
Com apenas 3 conjuntos por equipe, a final dos saltos do hipismo já mostrava que seria complicada, pois seria a 1ª vez que não haveria descarte. Um erro seria fatal. E isso atrapalhou muito forts equipes como a França, Grã-Bretanha e Alemanha, que tiveram um de seus conjuntos com problemas e tiveram que abandonar. Com 8 pontos perdidos após os 3 conjuntos, Suécia e Estados Unidos foram para o desempate enquanto a Bélgica, com 12 pontos ficou com o bronze. Na passagem de desempate, mais curta, todos os 6 conjuntos zeraram, mas os suecos somaram um tempo menor de 122.90 contra 124.20 dos americanos e levaram o ouro. Fez parte da equipe americana Jessica Springsteen, filha do cantor Bruce Springsteen.
França leva no handebol
Na reedição da final do Rio-2016 no handebol masculino, dessa vez deu França com 25-23 sobre a Dinamarca, que defendia o ouro e ainda venceu o Mundial no início deste ano. Este é o 3º ouro francês nas 4 últimas edições e e o espetacular Nikola Karabatic esteve nessas 3 conquistas. No bronze, vitória da Espanha com 33-31 sobre a ótima equipe do Egito.
França também leva no vôlei
Numa grande final, a equipe da França venceu por 3-2 a equipe do Comitê Olímpico Russo, parciais de 25-23, 25-17, 21-25, 15-12 e conquistou sua 1ª medalha na história do vôlei masculino pro país, que agora terá como técnico o Bernardinho rumo à Paris-2024. Na disputa do bronze, o Brasil fez um jogo muito ruim e foi derrotado também no 5º set para a Argentina, por 3-2 (25-23, 20-25, 20-25, 25-17, 15-13).
Mol e Sorum coroam ciclo vitorioso
A melhor dupla do mundo do vôlei de praia, os noruegueses Anders Mol e Christian Sorum confirmaram para levar o ouro com 21-17 21-18 sobre os russos Viachelsav Krasilnikov e Oleg Stoyanovskiy, campeões mundiais de 2019. Na disputa do bronze, a dupla do Qatar de Cherif Younousse e Ahmed Tijan venceu os letões Plavins/Tocs por 21-12, 21-18.
Estados Unidos levam o pólo feminino
A equipe dos Estados Unidos confirmou seu total favoritismo ao vencer o 3º ouro seguido do pólo aquático feminino, com uma goleada de 14-5 sobre a Espanha, na reedição da final do Mundial de 2019. As americanas também venceram os 3 últimos Mundiais. Por bronze, vitória da Hungria por 11-9 sobre as russas, 1ª medalha húngara no pólo feminino.
Russas são hexa
Surpreendendo absolutamente ninguém, a equipe do Comitê Olímpico Russo venceu a prova de equipes do nado artístico pela 6ª vez seguida. Com 196,0979 pontos, ficou a frente da China com 193,5310 e da Ucrânia com 190,3018. Svetlana Romashina chega a 7 ouros na carreira, disparada a mais premiada do esporte.
Korda leva no golfe
Número 1 do mundo, a jovem americana de 23 anos Nelly Korda venceu o torneio de golfe feminino após 4 dias de disputas. A vitória veio pela seu espetacular 2º dia, quando fez 62 tacadas, 9 abaixo do par do campo, e ela terminou a competição com 17 abaixo. A japonesa Mone Iname e a neozelandesa Lydia Ko empataram em 16 abaixo e tiveram que ir pra um buraco de desempate, onde Iname venceu e ficou com a prara. Ko, que havia ficado com a prata no Rio, foi bronze em Tóquio.
Japão com mais 2 ouros na luta
Nos 65kg da luta livre masculina, ouro para o japonês Takuto Otoguro, com 5-4 sobre o azeri Haji Aliyev na decisão. Bronzes para o russo Gadzhimurad Rashidov e para o indiano Bajrang Punia.
A final mais esperada da luta livre era com certeza a dos 97kg, onde se enfrentam dois dos maiores nomes da história, o russo Abdulrashid Sadulaev e o americano Kyle Snyder. Os dois fora ouro no Rio em categorias diferentes. Sadulaev subiu para os 97kg e chegou em Tóquio com 135 vitórias e apenas 2 derrotas na carreira, uma em 2013 e a outra na final do Mundial de 2017, justamente para Snyder. Desta vez não deu pro americano, que perdeu por 6-3. O cubano Reineris Salas e o italiano Abraham Conyedo ficaram com os bronzes.
Na última final, show da japonesa Yui Susaki nos 50kg feminino. Em 1min30s de luta ela dominou a chinesa Sun Yanan por 10-0, vencendo por superioridade. Susaki conseguiu dar 4 rolamentos seguidos na chinesa. A azeri Mariya Stadnik e a americana Sarah HIldebrandt ficaram com os bronzes.
Ouro britânico no pentatlo
Com a melhor performance na esgrima, uma ótima prova de natação e no hipismo, o britânico Joe Choong largou para a combinada na frente no pentatlo moderno masculino. E com uma boa corrida e ótimos tiros, ele se manteve na frente para vencer o ouro, o 1º de um britânico na história no masculino, com 1482 pontos. O egípcio Ahmed El-Gendy largou em 13º, 50s atrás de Choong, mas com uma excelente corrida, foi galgando posições até alcançar Choong, mas não conseguiu ultrapassar. Ele levou a prata com 1477 e o sul-coreano Jun Woong-tae bronze com 1470.
EUA vence o basquete
A equipe dos Estados Unidos venceu mais uma vez o ouro no basquete masculino. Na final disputada antes da disputa do bronze, para que o jogo fosse transmitido em horário nobre nos EUA (isso já estava definido há mais de 2 anos), os americanos venceram a França por 87-82 para levar o 4º ouro seguido, com 29 pontos de Kevin Durant. Na disputa do bronze, a Austrália venceu por 107-93 a Eslovênia e o astro Luka Doncic sai de Tóquio sem medalha.
Reviravolta no karatê
Acabou de estrear e já indo embora, o karatê definiu seus últimos campeões olímpicos. No +61kg feminino, a egípcia Feryal Avdelaziz venceu na decisão por 2-0 a azeri Irina Zaretska. Os bronzes ficaram com a chinesa Gong Li e com a cazaque Sofya Berultseva.
Mas foi no +75kg masculino que a final chamou mais atenção. Tareg Ahmedi, da Arábia Saudita vencia por 4-1 o iraniano Sajjad Ganjzadeh e se encaminhava para conquistar o 1º ouro da história de seu país. Mas aí ele deu um chute muito forte, que pegou na altura do pescoço do iraniano, que caiu de costas e ficou deitado, sem se mexer, até ser retirado de maca. Há uma regra que proíbe o uso excessivo de força no karatê e, por isso, Ahmedi foi desclassificado e o ouro foi pro iraniano. Os bronzes foram para os derrotados nas semifinais, o japonês Ryutaro Araga e o turco Ugur Aktas.
Japão leva no baseball
Na final contra os Estados Unidos, o Japão venceu a competição de maneira invicta com 5 vitórias pelo placar de 2-0. O esporte ficou de fora dos Jogos em 2012 e em 2016 e novamente sai para não ser disputa dme 2024 em Paris, mas deve voltar em 2028 para Los Angeles. Eddy Alvarez faz parte da equipe americana e se torna o 6º atleta da história com medalha nos Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno. Ele foi prata em Sochi-2014 no revezamento 5.000m da patinação de velocidade em pista curta. Na disputa do bronze, no dia anterior, a República Dominicana venceu a Coreia do Sul por 10-6.