Campeã de (quase) tudo!
Foi um show de Ana Marcela Cunha na maratona aquática. Ela ficou praticamente a prova toda no top-3, controlou muito bem, não deixou as concorrentes desgarrarem e na última volta de pouco mais de 1,4km, Ana Marcela foi pra ponta e não perdeu mais. Na reta final de quase 600m, ela seguiu na frente, não deixou ninguém atacar e bateu no pórtico com 1:59:30.8, com um corpo de vantagem e levou o ouro inédito. Ana tem 12 medalhas em Mundiais, venceu 4 vezes o circuito, com 25 vitórias em etapas e mais de 50 medalhas. Agora só falta o título mundial dos 10km como o próprio técnico dela Fernando Possenti disse assim que ela saiu da água. Campeã do Rio, a holandesa Sharon van Rouwendaal apareceu no fim da prova para pegar a prata a apenas 0.9 da brasileira. Bronze para a australiana Kareena Lee, 1.7 atrás.
Mais um recorde mundial no atletismo
Na única final da sessão matutina, uma grande prova dos 400m com barreiras feminino. Ouro no Rio, a americana Dalilah Muhammad liderou desde o início, mas foi cansando e, com uns 40m pro fim, foi ultrapassada pela sua compatriota Sydney McLaughlin, que não só venceu como bateu o recorde mundial da prova com 51.46! Muhammad foi prata com 51.58 e a holandesa Femke Bol bronze com 52.03. McLaughlin havia batido o recorde mundial em junho, na seletiva americana com 51.90.
Após ficar de fora das finais em Londres e no Rio, o polonês Pawel Fajdek, maior nome do lançamento de martelo dos últimos 20 anos, sofreu para ir a final em Tóquio, pegando apenas a 9ª vaga. Na decisão, quem brilhou foi seu compatriota Wojciech Nowicki, que conseguiu mais de 80m em todos os seus 5 lançamentos válidos. Ele abriu com 81,18m, melhorou para 81,72m na 2ª tentativa e na 3ª fez 82,52m, marca que lhe deu o ouro. Fajdek chegou a ficar em 2º lugar com 81,53m, mas viu o norueguês Eivind Henriksen passá-lo por apenas 5cm e pegar a prata. Pelo menos Fajdek conseguiu sua medalha olímpica com o bronze.
Na pista, a primeira final foi os 3.000m com obstáculos feminino. As africanas puxaram o ritmo com as americanas ao lado e ele foi se intensificando conforme as voltas passavam. Faltando 2 voltas, a americana Courtney Frerichs tentou se desgarrar e abriu, mas na volta final, foi ultrapassada por Peruth Chemutai, de Uganda, de 22 anos, que venceu com 9:01.45. Frerichs surpreendeu com a prata com 9:04.79 e a queniana Hyvin Jepkemoi foi bronze com 9:05.39.
Foi uma prova bem fraca de tempos nos 800m masculino, mas ainda assim não deu margem pra surpresa, com dobradinha queniana. Emmanuel Korir venceu com 1:45.06 seguido do também queniano Ferguson Rotich com 1:45.23 e do polonês Patryk Dobek.
Fechou o dia os 200m masculino, onde o canadense André De Grasse, outro que cresce muito em Olimpíadas, conquistou sua 5ª medalha olímpica e 1ª de ouro com excelentes 19.62, recorde nacional. Três americanos vieram na sequência, com prata para Kenneth Bednarek com 19.68, bronze para Noah Lyles, que era o favorito, com 19.74 e 4º lugar para Erriyon Knighton, recorde mundial júnior com 19.83.
O mais forte do mundo
Nenhuma surpresa com a vitória do georgiano Lasha Talakhadze na categoria mais pesada do levantamento de peso, acima de 109kg. Ele está em um outro patamar e bateu 3 recordes mundiais, que eram dele mesmo. Fez 22kg no arranco, 265 no arremesso e 488kg no total, colocando “apenas” 47kg de vantagem! Prata foi pro iraniano Ali Davoudi com 441kg e bronze para o sírio Man Asaad com 424kg. Primeira medalha síria desde um bronze no boxe em Atenas-2004.
Itália derrota Dinamarca na pista
Na única final do dia do ciclismo de pista, a equipe da Itália deu um show na perseguição por equipes masculina. Liderados pelo excelente Filippo Ganna, tetracampeão mundial desta prova no individual e campeão mundial do contrarrelógio, a Itália venceu a super equipe da Dinamarca na final. Foi um início muito parelho, mas a Dinamarca começou a abrir e parecia que iria levar. Faltando 3 volta, a diferença de quase um segundo foi diminuindo a cada parcial e, com Ganna na frente do time italiano, fechou com 3:42.032, recorde mundial. A Dinamarca completou apenas 0.166 depois pra prata. Na disputa do bronze, a Austrália alcançou a equipe da Nova Zelândia e pegou a medalha.
Volta do skate
Após uma semana das disputas street, o skate voltou ao foco com a final do park feminino. Esperava-se um pódio todo japonês e podemos dizer que foi mesmo. Sakura Yosozumi venceu com uma 1ª passagem excelente de 60,09 pontos. Com apenas 12 anos, Kokona Hiraki foi prata com 59,04, se tornando a 3ª mais nova medalhista olímpica da história em uma prova individual. Sky Brown, que nasceu no Japão, filha de mãe japonesa, mas que representa a Grã-Bretanha, ficou com o bronze com 56,47. Ela tem apenas 13 anos, completados há um mês e, apesar da pouca idade, é uma skatistas mais carismáticas do mundo.
Britânico vence com o melhor cavalo do mundo
O britânico Ben Maher chegou em Tóquio com o melhor cavalo do mundo, Explosion W, e conquistou o ouro na prova de saltos individual. Numa pista dificílima, que tinha dois duplos e um triplo, apenas 6 conjuntos conseguiram zerar e foram ao desempate, incluindo três conjuntos suecos. E no desempate, mas curto, todos zeraram, mas Maher fez o melhor tempo e levou o ouro. Prata pro sueco Peder Fredricson com All In e bronze pro holandês Maikel van der Vleuten, montando Beauville Z. Maher foi apenas 0.17 mais rápido que Fredricson.
Fim da vela
Os australianos Matthew Belcher e Will Ryan só precisavam terminar a Medal Race na Classe 470 masculina para ficar com o ouro. E eles foram lá e ainda venceram. Com uma campanha incrível, com oito top-3 em 11 regatas, eles sobraram pra levar o ouro, que escapou no Rio-2016. Belcher havia ganho já o ouro em Londres com outro parceiro. Prata pros suecos Anton Dahlberg e Fredrik Begström e bronze para os espanhóis Jordi Xammar e icolás Rodríguez.
Situação parecida na 470 feminino. As britânicas Hannah Mills e Eilidh McIntyre chegaram para a Medal Race com uma mão no ouro e, com o 5º lugar, levaram o ouro com 38 pontos perdidos. Mills conquista o bicampeonato olímpico da prova após vencer também no Rio com outra parceira. Prata para as polonesas Agnieszka Skrzypulec e Jolanta Ogar e bronze para as francesas Camille Lecointre e Aloïse Retornaz.
Russas sincronizadas
Surpreendendo zero pessoas, a dupla russa Svetlana Romashina e Svetlana Kolesnichenko venceram o dueto no nado artístico com 195,9079, muito a frente das outras duplas. Prata pro dueto chinês de Huang Xuechen e Sun Wenyan com 192,4499 e bronze pras ucranianas Marta Fiedina e Anastasiya Savchuk com 189,4620. Terceiro ouro seguido de Romashina no dueto, que chega a 6 ouros olímpicos. E vai levar o 7º na equipe daqui uns dias.
Bicampeonato no boxe
O cubano Arlen López conquistou seu segundo ouro olímpico ao vencer na categoria meio-pesado com 4-1 sobre o polêmico britânico Benjamin Whittaker por 4-1. López foi ouro no Rio na categoria média. Os bronzes foram para o russo Imam Khataev e para o cubano que defende o Azerbaijão Loren Alfonso. No pódio da prova, o britânico não colocou a medalha no pescoço e guardou no bolso em protesto por ter perdido a luta.
Mais três finais na luta
O iraniano Mohammad Reza Geraei venceu a categoria 67kg da luta greco-romana ao derrotar com superioridade na final o ucraniano Parviz Nasibov por 9-1. O alemão Frank Stäbler, tricampeão mundial, e o egípcio Mohamed Ibrahim El-Sayed ficaram com os bronzes. El-Sayed, aliás, conseguiu uma bela vitória sobre o Artem Surkov, cotado pro ouro, na disputa do bronze.
O 1º ouro ucraniano em Tóquio veio na 2ª final, com Zhan Beleniuk. Campeão mundial em 2019, ele venceu na final o húngaro Victor Lorencz por 5-1. Bronzes para o alemão Denis Kudla e pro sérvio Zurab Datunashvili.
O primeiro ouro japonês na luta veio com Yukako Kawai, na luta feminina 62kg. Ela derrotou na final a atual campeã mundial Aisuluu Tynybekova, do Quirguistão. Quase que a adversária conseguiu empatar, não tirando a japonesa da área de combate por muito pouco nos último segundos. A ucraniana Iryna Koliadenko e a búlgara Taybe Yusein completaram o pódio com os bronzes.