Terceiro dia de atletismo
Na sessão matutina, duas finais. No salto em distância masculino, uma final espetacular. Dois cubanos lideraram a prova toda: Juan Miguel Echevarria com 8,41m e Maykel Massó com 8,21m, mas ambos se machucaram e tivera que ficar esperando os outros saltarem. Na última rodada, o grego favorito Miltiadis Tentoglou tirou da cartola um 8,41m, empatando com Echevarria, mas o grego tinha um 2º salto melhor de 8,15m, contra 8,09m do cubano, que tentou ainda dar um último salto, mas, lesionado, desistiu.
Também pela manhã, a final dos 100m com barreiras viu a porto-riquenha Jasmina Camacho-Quinn, que tinha batido o recorde olímpico na semifinal com 12.26, vencer com 12.37. Ela estava tão rápida, que precisou acertar o passo antes da última barreira e só por isso não pegou recorde. A americana recordista mundial Kendra Harrison foi prata com 12.52 e a jamaicana Megan Tapper bronze com 12.55.
Já na sessão noturna, que viu as provas de campo serem interrompidas por conta da chuva, o ouro no lançamento de disco ficou com a americana Valarie Allman, que marcou na sua 1ª tentativa 68,98m, marca que lhe deu o ouro. A alemã Kristin Pudenz foi prata com 66,86m e a cubana Yaime Pérez bronze com 65,72m. A croata Sandra Perkovic buscava o tricampeonato, mas acabou sem medalha, em 4ª com 65,01m.
O marroquino Soufiane El Bakkali fez um feito histórico ao vencer os 3.000m com obstáculos com 8:09.90. Não só foi a 1ª medalha marroquina em Tóquio, como ele quebrou uma sequência de 9 ouros quenianos nesta prova, que vencia desde Los Angeles-1984. A prata foi pro etíope Lamecha Girma com 8:10.38 e o bronze pro queniano Benjamin Kigen, com 8:11.45.
Nos 5.000m feminino, a holandesa Sifan Hassan venceu seu 1º ouro em Tóquio ao disparar na volta final e levar o ouro com 14:36.79. Ela ainda busca ouros nos 1.500m e nos 10.000m. E tem tudo para conseguir. Prata pra queniana Hellen Obiri com 14:38.36 e bronze pra etíope Gudaf Tsegay com 14:38.87.
Brasil sem medalhas no 2º dia de aparelhos
Já seria muito difícil uma medalha de Arthur Zanetti nas argolas, que pretendia se tornar o 1º da história com 3 medalhas nesse aparelho. Ele abriu a prova e teve que arriscar na saída, mas acabou tendo a queda e terminou em 8º. Com provas absurdas, veio a dobradinha chinesa com Liu Yang, ouro com 15,500, e You Hao, prata com 15,300. Campeão no Rio, o grego Eleftherios Petrounias sofreu pra se classificar, conseguindo a vaga apenas na última etapa da Copa do Mundo, e ficou com o bronze com 15,200.
Na final do solo feminino, também não deu pra Rebeca Andrade, que acabou dando dois passinhos nas chegadas e pisou fora uma vez, terminando em 5º lugar com 14,033, muito próxima do pódio. O ouro foi para a americana Jade Carey, que fez uma prova com grande dificuldade (6,3), pecando muito na parte artística, mas venceu com 14,366. Aos 30 anos, a italiana Vanessa Ferrari em sua 4ª Olimpíada finalmente conseguiu sua 1ª medalha olímpica ao ficar com a prata com 14,200. No bronze, empate entre a russa Angelina Melnikova e a japonesa Mai Murakami, ambas com 14,166, com mesma dificuldade 4,9 e execução 8,266.
Final muito apertada no salto masculino. O sul-coreano Shin Jae-hwan e o russo Denis Ablyazin empataram com 14,783 após 2 saltos cada, mas o sul-coreano fez o salto com maior nota, 14,833, contra 14,800 do russo, e ficou com o ouro. Nas últimas 3 Olimpíadas, só deu Coreia nessa prova. Do Sul em 2012 e 2020 e do Norte em 2016. Completou o pódio, muito próximo dos dois, o armênio Artur Davtyan com 14,666.
Tetracampeão histórico
No primeiro dia de finais na luta, Cuba deu show com dois ouros. Nos 60kg da greco-romana, Luis Orta superou na final o japonês Kenichiro Fumita por 5-1, repetindo o feito de seu compatriota Ismael Borrero no Rio-2016. Co os bronzes, o chinês Walihan Sailike e o russo Sergey Emelin.
Mas a final seguinte que entrou pra história. O super cubano Mijain López faturou o seu 4º ouro olímpico seguido nos 130kg da greco-romana, se tornando o 1º homem tetracampeão olímpico no esporte. Ele fez uma campanha impecável, vencendo suas 4 lutas sem levar um único ponto. Na final, 5-0 sobre o georgiano Iakob Kajaia. Os bronzes foram para o turco tetracampeão mundial Riza Kayaalp e para o russo Sergey Semenov. Apenas a japonesa Kaori Icho era tetracampeã olímpica na luta.
E fechando o dia com os 76kg feminino, surpresa a vitória da alemã Aline Rotter-Focken sobre a favorita americana Adeline Gray. Pentacampeã mundial, Gray já tinha decepcionado no Rio-2016, quando caiu nas 4as de final, e agora levou um 7-3 da alemã. Os bronze ficaram com a turca Yasemin Adar e com a chinesa Zhou Qian.
China desbanca alemãs na pista
Começou o ciclismo de pista e na primeira final, no sprint por equipes feminino, a dupla chinesa formada por Zhong Tianshi e Bao Shanju ficou em 2º na qualificação atrás das alemãs Lea Friedrich e Emma Hinze, campeãs mundiais em 2019. Na 1ª rodada, as chinesas bateram o recorde mundial com 31.804, enquanto as alemãs venceram a sua com 31.905. Na final, foi nos detalhes e as chinesas venceram com 31.895, apenas 0.085 mais rápido que as alemãs. No bronze, as russas Daria Shmeleva e Anastasiya Voynova venceram holandesas. Zhong foi ouro no Rio com outra parceira.
Encerramento do badminton
A dupla da Indonésia de Greysia Polii e Apriyani Rahayu venceram na decisão das duplas femininas 21-19, 21-15 as chinesas Chen Qingchen e Jia Yifan para levar o ouro inédito de seu país nesta categoria. Em disputa sul-coreana, Kim So-yeong e Kong Hee-yong venceram o bronze com 21-10 21-17.
O dinamarquês Viktor Axelsen, ex-número 1 do mundo, bronze no Rio e campeão mundial em 2017, venceu o chinês Chen Long, que buscava o bicampeonato, 21-15 21-12 e se tornou campeão olímpico. Na disputa de bronze, o indonésio Anthony Ginting derrotou a zebra dos Jogos, o guatemalteca Kevin Cordon, por 21-11 21-13.
Alemã faz história no CCE
Na disputa do Concurso Completo de Equitação, uma espécie de triatlo equestre, onde os conjuntos competem no adestramento, cross-country e saltos, a alemã Julia Krajewski se tornou a 1ª mulher a vencer o ouro olímpico nesta prova, que és disputada desde 1912. Ela, que somou 26,00 pontos, contou com o erro do britânico Oliver Townend nas duas passagens no salto, que liderava, mas acabou em 5º. A prata foi para outro britânico, Tom McEwen com 29,30 e o bronze pro veterano australiano Andrew Hoy, de 62 anos, com 29,60, pegando sua 6ª medalha olímpica.
Na prova por equipes, a Grã-Bretanha levou o ouro com folga, somando 78,30 pontos, bem a frente da Austrália, prata com 96,20 e bronze pra equipe da França, que somou 97,10 pontos.
Chinês ouro e recorde no último dia do tiro
O jovem chinês de 21 anos Zhang Changhong fez uma final excepcional no rifle 50m 3 posições e levou o ouro com 466,0 pontos, batendo o recorde mundial por 0,7, contra 464,2 pontos do russo Sergey Kamenskiy. COmpletou o pódio o sérvio Milenko Sebic.
Numa bela prova, o francês Jean Quiquampoix confirmou o status de favorito ao levar a disputada prova da pistola de fogo rápido 25m. liderando desde o início, ele fechou a final com 34 pontos, igualando o recorde olímpico, contra 29 do cubano Leuris Pupo, que foi ouro em Londres-2012. O bronze foi pro chinês Li Yuehong.
Mais dois pra China no levantamento de peso.
Nas duas provas femininas finais, dois ouros chineses. Nos 87kg, Wang Zhoyu somou 270kg com 120kg no arranco e 150kg no arremesso. Prata para a equatoriano Tamara Salazar com 263kg, 3ª medalha equatoriana em Tóquio, e bronze pra dominicana Crismery Santana com 256kg.
Na prova mais pesada, show de Li Wenwen, que venceu com 320kg no total, muito acima de todas as concorrentes, sendo 140kg no arranco e 180kg no arremesso, todos recorde olímpicos. A britânica Emily Campbell foi prata bem distante com 283kg, 1kg a mais que a americana Sarah Robles.