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Os Olímpicos

Dia 8 – Bronze histórico no tênis e só Jamaica no pódio dos 100m

Luisa Stefani e Laura Pigossi medalha de bronze duplas femininas jogos olímpicos tóquio 2020

Bronze inédito no tênis!

A única final do tênis no sábado foi a disputa feminina, onde a suíça Belinda Bencic conquistou o ouro ao vencer a checa Marketa Vondrousova por 75 26 63. foi o 3º ouro olímpico da Suíça no tênis, após Marc Rosset em Barcelona-1992 e da dupla Roger Federer e Stan Wawrinka em Pequim-2008. Na disputa do bronze, a recém casada ucraniana Elina Svitolina fez 16 76(5) 64 na cazaque Elena Rybakina.

Tivemos a definição dos outros três bronzes e que disputa foi nas duplas femininas! As brasileiras Laura Pigossi e Luisa Stefani, que uma semana antes dos Jogos não estavam classificadas e foram chamadas de última hora, venceram numa partida memorável as russas Elena Vesnina e Veronika Kudermetova por 46 64 [11-9]. No super tiebreak, as russas tinham 4 match points em 9-5 e as brasileiras fizeram incríveis 6 pontos seguidos para levar a medalha inédita.

Já a grande estrela don tênis em Tóquio sai sem medalha. Novak Djokovic buscava o Golden Slam, após vencer o Australian Open, Roland Garros e Wimbledon este ano, mas perdeu na semifinal para o alemão Alexander Zverev e perdeu novamente na disputa do bronze para o espanhol Pablo Carreño Busta por 64 67(6) 63. Alegando uma lesão no ombro, Djokovic e Nina Stojanovic desistiram nas mistas e com isso o bronze foi para os australianos Ashleigh Barty e John Peers.

Jamaicanas fecham pódio nos 100m

A primeira final do atletismo deste sábado foi o lançamento de disco masculino, onde o sueco Daniel Stahl confirmou o favoritismo ao vencer com 68,90m. Ele já tinha sido o destaque na qualificação ao ser o único com mais de 66,00m. Seu compatriota Simon Pettersson surpreendeu com a prata, sua primeira medalha em uma competição importante, com 67,39m. O austríaco Lukas Weisshaidinger repetiu o bronze do último Mundial e completou o pódio com 67,07m.

Na pista, a estreia do revezamento 4x400m misto. Estados Unidos e República Dominicana tinham sido desclassificados na semifinal no dia anterior, mas pediram recurso e foi aceito. Na final, os dominicanos começaram muito bem, liderando com os 3 primeiros atletas. Na última perna, Polônia, Holanda e Estados Unidos encostaram e as quatro equipes ficaram lado a lado, até Kajetan Duszynski acelerar, passar todo mundo, e conquistar o ouro pra Polônia com 3:09.87. Parecia qua a prata seria dos Estados Unidos, mas nos centímetros finais, Alexander Ogando passou Vernon Norwood e deu a prata pra República Dominicana com 3:10.21 contra 3:10.22 dos americanos.

Elaine Thompson-Herah vence os 100m em Tóquio com recorde olímpico (Jewel Samad/AFP)

Pra fechar o dia, os 100m feminino. E que show das jamaicanas. Elaine Thompson-Herah e Shelly-Ann Fraser-Pryce já mostravam na semifinal que as coisas seriam difícil para as concorrente. Thompson venceu a 1ª semifinal com 10.76 e Fraser-Pryce com 10.73. Na decisão, as duas dispararam na metade, mas foi Thompson-Herah quem voou mais e venceu com o incrível tempo de 10.61, recorde olímpico e o 2º melhor tempo da história! Fraser-Pryce foi prata com 10.74 e Shericka Jackson completou o pódio todo jamaicano com 10.76.

Derrota histórica no Budokan

Encerrando as competições de judô, a estreia da incrível prova por equipes mistas. E uma das maiores zebras dos Jogos aconteceu justamente aqui. Após 9 ouros nas disputas individuais, o Japão era o favorito óbvio, mas foi surpreendido pela forte equipe da França. Logo na primeira luta, 1-0 pra França com a campeã olímpica Clarisse Agbegnenou (63kg) sobre Chizuru Arai, campeã individual nos 70kg! Na sequência, Axel Clerget fez 2-0 sobre Shoichiro Mukai. Akira Sone fez o 1º ponto japonês, mas Teddy Riner abriu 3-1 ao vencer o campeão dos 100kg Aaron Wolf. Sarah-Léonie Cysique venceu Tsukasa Yoshida e fechou 4-1 pra França. Uma derrota duríssima pro judô japonês. Nas disputas do bronze, vitórias da Alemanha por 4-2 na Holanda e a zebra Israel 4-1 na equipe russa.

Dressel e Ledecky vencem mais uma, mas EUA fora do revezamento

A primeira final do sábado foi os 100m borboleta masculino, onde Caeleb Dressel venceu com novo recorde mundial de 49.45, para chegar ao seu 3º ouro em Tóquio. O húngaro Kristof Milak, campeão dos 200m borboleta, quase alcançou o americano, mas ficou em 2º com 49.68. Surpresa o bronze pro suíço Noe Ponti, com 50.74.

Nos 200m costas feminino, bela vitória da australiana Kaylee McKeown, com 2:04.68, seguida da canadense Kylie Masse. A australiana Emily Seebohm passou nos metros finais as duas americanas e beliscou o bronze com 2:06.17.

Katie Ledecky conquistou sua 10ª medalha olímpica e o seu 7º ouro ao vencer os 800m livre com 8:12.57. Mais uma vez ela venceu com certa tranquilidade na prova que ela não perde desde que tinha 13 anos! São mais de 40 vitórias seguidas na carreira. Com este ouro, ela se torna uma das poucas tricampeãs olímpicas da história na natação em uma prova individual. A australiana Ariarne Titmus pegou sua 4ª medalha em Tóquio com a prata com 8:13.83 e a italiana Simona Quadarella foi bronze com 8:18.35.

Encerrou o dia na piscina a novidade do revezamento 4x100m medley misto, onde conta muito a estratégia, já que cada país define qual estilo cada homem e cada mulher nada. O ouro ficou com a Grã-Bretanha, que bateu o recorde mundial com 3:37.58, com excelentes parciais de Adam Peaty no peito (56.78) e James Guy no borboleta (50.00). A China bateu na prata com 3:38.86 e a Austrália pegou bronze com 3:38.95. A equipe dos Estados Unidos não nadou muito bem, errou na estratégia ao ser a única equipe a colocar uma mulher no nado peito e terminou na 5ª posição, mesmo com Caeleb Dressel fechando para 46.99.

Nova Zelândia leva no rugby

A equipe da Nova Zelândia chegou no Rio-2016 como a grande favorita no rugby feminino, mas acabou sendo derrotada na final para a Austrália. Agora, sem surpresas e uma vitória sobre de 26-12 sobre a França para levar o ouro. Já na disputa do bronze, uma enorme surpresa com Fiji vencendo 21-12 a Grã-Bretanha. Após 2 ouros no masculino, esta é a 1ª medalha feminina da história de Fiji.

Inédito ouro turco no tiro com arco

Mete Gazoz vence tiro com arco masculino (Clodagh Kilcoyne-Reuters)

Mete Gazoz fez uma grande campanha para vencer o ouro no tiro com arco aos 22 anos. Nas 4as derrotou o grande arqueiro dos últimos ano, o americano Brady Ellison, por 7-2, com direito a um 30 no set final. Na semifinal, passou pelo japonês Takaharu Furukawa também com 7-3 e também com um 30 no set final. Na decisão contra o italiano Mauro Nespoli, o turco saiu perdendo por 2-0, empatou e fechou com 6-4, confirmando ser um dos novos nomes do tiro com arco. Furukawa ficou com o bronze.

Inédito ouro taiwanês no badminton

Na decisão de duplas masculinas do badminton, Lee Yang e Wang Chi-lin, de Taiwan, derrotaram os chineses Li Junhui e Liu Yuchen por 21-18 e 21-12, pegando a primeira medalha do país no badminton, e logo um ouro. Na disputa do bronze, os malaios Aaron Chia e Soh Wooi Yik venceram os indonésios Mohammad Ahsan e Hendra Setiawan por 17-21, 21-17, 21-14.

Inédito ouro qatari na história

Na 1ª das duas finais do levantamento de peso, veio o 5º ouro chinês no esporte em Tóquio. Lü Xiaojun se tornou o campeão olímpico do esporte mais velho da história, aos 37 anos, ao vencer a categoria 81kg com 374kg no total, levantando 170kg no arranco e 204kg no arremesso. Prata pro dominicano Zacarías Bonnat com 367kg e bronze pro italiano Antonino Pizzolato, com 365kg.

Fares Ibrahim é o primeiro ouro da história do Qatar (Edgard Garrido/Reuters)

Na outra prova, vitória inédita do Qatar, que vence seu 1º ouro da história olímpica. Fares Ibrahim, bicampeão mundial júnior, sobrou na prova para vencer com 402kg no total, 177kg no arranco e 225kg no arremesso, com recorde olímpico no arremesso e no total. Keydomar Vallenilla, da Venezuela, foi prata com 387kg, mesma marca do georgiano Anton Pliesnoi. Como o venezuelano fez a marca antes, ele ficou na frente.

Britânicos vencem revezamento misto

Outra estreia olímpica do dia foi o revezamento misto no triatlo, onde a equipe da Grã-Bretanha fez uma grande prova para vencer com 1:23:41, deixando os Estados Unidos pra trás por 14s e a campeã mundial França por 23s. Com este ouro, Jonathan Brownlee é o único triatleta da história com 3 medalhas olímpicas, uma de cada cor. Lembrando que seu irmão Alistair, que não está em Tóquio, tem dois ouros, em Londres e no Rio.

Russas vencem mais uma na esgrima

Na disputa do sabre por equipes feminino, o time russo confirmou o favoritismo para vencer na decisão a França por 45-41, repetindo o ouro do Rio-2016. Sofya Velikaya chega a 5 medalhas olímpicas, 2 ouros por equipes e 3 pratas individuais, ao perder 3 finais olímpicas seguidas. O bronze ficou com a Coreia do Sul, que fez 45-42 na Itália.

Definições na prancha à vela

As primeiras finais da vela aconteceram na Classe RSX. No masculino, o holandês Kiran Badloe, tricampeão mundial, dominou a competição e chegou pra Medal Race praticamente com o ouro garantido. Ele ficou em 2º lugar na regata para terminar o geral com 36 pontos. O único que poderia tirar o ouro do holandês era o francês Thomas Goyard, que acabou desclassificado na regata, mas ficou com a prata com 74. Bronze pro chinês Bi Kun com 75.

Já na RSX feminina, a competição foi extremamente acirrada e, apesar das 3 medalhistas já estarem certas, a ordem não estava definida. O ouro acabou com a chinesa Lu Yunxiu com 36 pontos, contra 38 da francesa Charline Picon, campeã no Rio-2016, e também 38 da britânica Emma Wilson, bronze pois chegou depois na Medal Race.

Belarus leva no trampolim

Mas não com o mesmo campeão do Rio. Uladzislau Hancharou foi o grande campeão da ginástica de trampolim no Rio-2016, mas dessa vez terminou apenas em 4º lugar. Quem levou foi seu compatriota Ivan Litvinovich, de 20 anos, com 61,715 pontos. Ele deixou em 2º lugar o chinês Dong Dong, campeão em Londres-2012 e tricampeão mundial, com 61,235. Completou o pódio o neozelandês Dylan Schmidt, com 60,675.

Duas finais no tiro

Na estreia da prova de fossa por equipes mistas, ouro para os espanhóis Fátima Galvez e Alberto Fernández. Ele é considerado um dos atiradores mais rápidos do mundo e fez uma grande final, errando apenas 1 dos 25 tiros. A Espanha somou 41 contra 40 da dupla de San Marino, formada por Alessandra Perilli e Gian Marco Berti. San Marino, que nunca tinha vencido uma medalha olímpica, já tem 2 em Tóquio. Na disputa do bronze, vitória dos americanos Madelynn Bernau e Brian Burrows, que venceram a Eslováquia nos tiros de desempate 3-2 após empatarem em 42-42.

A suíça Nina Christen desbancou algumas favoritas para vencer o rifle de ar 50m 3 posições. Após ficar em 6º na quali, Christen brilhou nos tiros em pé na final para assumir a liderança e vencer com 463,9 contra 461,9 da russa Yulia Zykova. O bronze ficou com outra russa, Yulia Karimova.

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