O Olimpíada Todo Dia e Os Olímpicos seguem com o quadro “E se os Jogos Olímpicos de Tóquio Fossem hoje?”. Chegamos ao oitavo dia de competições no Japão. O sábado (1º) contaria com 19 finais.
Confira como foram os outros dias nos links: Dia 1, Dia 2, Dia 3, Dia 4, Dia 5, Dia 6 e Dia 7.
Ippon atrás de ippon
Fechando a programação do Judô no Budokan, a estreia da prova por equipes mistas. O Japão, claro, é o favoritíssimo. Um ou outro até pode perder uma luta, mas será muito difícil virem três derrotas num confronto.
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O Japão venceu as três vezes que a prova foi disputada em Mundiais. A outra fortíssima equipe será a França, que contará com nomes como Teddy Riner e Clarisse Agbegnenou e deve fazer a final contra o Japão. Claro que tudo depende da chave. O Brasil foi prata no Mundial de 2017 e bronze em 2019 e deve brigar por um dos bronzes, assim como Alemanha, Rússia, Coreia do Sul, Mongólia e Azerbaijão.
Meu pódio:
- Ouro – Japão
- Prata – França
- Bronzes – Brasil e Coreia do Sul
Disco voador sueco
O segundo dia de atletismo conta ainda com muitas eliminatórias e qualificações, mas três finais agitam a sessão noturna. A primeira delas é o lançamento de disco masculino. O sueco Daniel Stahl está em grande fase. Atual campeão mundial, ele fez 12 dos 15 melhores lançamentos de 2019 e é o nome a ser batido. Os outros três melhores lançamentos do ano passado foram do jamaicano Fedrick Dacres, vice-campeão mundial.
A briga pelo bronze está mais aberta entre o austríaco Lukas Weisshaidinger, o polonês Piotr Malachowski, o lituano Andrius Gudzius e o iraniano Ehsan Haddadi.
Meu pódio:
- Ouro – Daniel Stahl (SWE)
- Prata – Fedrick Dacres (JAM)
- Bronze – Andrius Gudzius (LTU)
Revezamento? É Estados Unidos
A primeira final da pista do dia é uma estreia, o revezamento 4×400 m misto. Uma novidade bem interessante, a prova fez sua estreia em Mundiais no ano passado, onde os Estados Unidos venceram com facilidade e com recorde mundial. E isso deve se repetir na Olimpíada de Tóquio.
A Jamaica é a segunda força, com vários bons atletas que correm os 400 m. O Bahrain foi bronze no último Mundial, mas Grã-Bretanha, Polônia e Bélgica devem apertar.
Meu pódio:
- Ouro – Estados Unidos
- Prata – Jamaica
- Bronze – Grã-Bretanha
Quem segura as jamaicanas?
Fechando o dia, descobriremos quem é a mulher mais rápida do mundo na final dos 100m feminino. A disputa deve novamente ficar entre Jamaica e Estados Unidos. Nas últimas três Olimpíadas o ouro ficou com a Jamaica. Aliás, das 9 medalhas em jogo, 7 foram para o país caribenho. E pelo jeito, a briga ficará entre Shelly-Ann Fraser-Pryce, ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim e Londres e quatro vezes campeã mundial, e Elaine Thompson, campeã na Olimpíada do Rio.
As americanas tiveram um Mundial de 2019 bem ruim e a dona do melhor tempo do país de 2019, Sha’Carri Richardson, não competiu no Mundial, onde apenas uma americana chegou à final. Vai ser interessante acompanhar a seletiva. A britânica Dina Asher-Smith foi prata no Mundial e teve um ano de 2019 muito bom. Vale ficar de olho nas marfinenses Marie-Josée Ta Lou e Murielle Ahouré e na neerlandesa Dafne Schippers.
Meu pódio:
- Ouro – Shelly-Ann Fraser-Pryce (JAM)
- Prata – Dina Asher-Smith (GBR)
- Bronze – Elaine Thompson (JAM)
Na mosca
Os sul-coreanos são os atletas a serem batidos no tiro com arco, mas provavelmente esta deve ser a única prova que eles não levarão. Na Olimpíada do Rio, conseguiram o feito inédito de faturar os quatro ouros em disputa, mas e Tóquio, eles devem esbarrar no americano Brady Ellison. Bronze no Rio, Ellison conquistou seu primeiro título mundial no ano passado, quando nenhum sul-coreano pegou pódio. E eles vinham de sete títulos mundiais seguidos. O americano está atirando de maneira impressionante há algum tempo e tem boa chance de levar o ouro.
Mas claro que os sul-coreanos Kim Woojin e Lee Woo-seok não devem ser ignorados. Outros nomes fortes são o neerlandês Sjef van den Berg, o italiano Mauro Nespoli, o canadense Crispin Duenas, o japonês Takaharu Furukawa e o brasileiro Marcus Vinícius D’Almeida.
Meu pódio:
- Ouro – Brady Ellison (EUA)
- Prata – Lee Woo-seok (KOR)
- Bronze – Sjef van den Berg (HOL)
100% Estados Unidos na piscina
Na natação, o dia abre com os 100m borboleta masculino e com mais um ouro de Caeleb Dressel. O americano está muito a frente dos outros nessa prova e vai vencer com muita vantagem. No Mundial de 2019, quando conquistou o bicampeonato, ele bateu o recorde mundial na semifinal com um quase inacreditável 49.50, piorando na final para 49.66, ambos abaixo do recorde mundial anterior de Michael Phelps.
A disputa fica mesmo para a prata e o bronze, onde podemos ter o russo Andrey Minakov, prata no Mundial, o sul-africano Chad le Clos, bronze, o húngaro Kristof Milak, o japonês Shinnosuke Ishikawa e o australiano Grant Irvine.
Meu pódio:
- Ouro – Caeleb Dressel (EUA)
- Prata – Chad le Clos (RSA)
- Bronze – Kristof Milak (HUN)
O torpedo Regan Smith
A americana Regan Smith sobrou na final dos 200m costas feminino no Mundial de 2019, vencendo com 2:03.69, destruindo o recorde mundial anterior da Missy Franklin. Smith ficou quase três segundos a frente da australiana Kaylee McKeown, prata com 2min06s26.
A briga boa, assim como na prova anterior, será mesmo pela prata. McKeown tem na disputa as canadenses Kylie Masse e Taylor Ruck, a italiana Margherita Panziera, a húngara Katinka Hosszu e a americana Kathleen Baker.
Meu pódio:
- Ouro – Regan Smith (EUA)
- Prata – Kylie Masse (CAN)
- Bronze – Kaylee McKeown (AUS)
O tri de Ledecky
O terceiro ouro americano na piscina será de Katie Ledecky nos 800m livre feminino. A americana busca o tricampeonato olímpico na prova e terá como grande rival a italiana Simona Quadarella, vice mundial. Ledecky venceu o Mundial de 2019 (foi seu 4º título na prova) com 1s41 de diferença para Quadarella, a menor diferença desses quatro títulos.
A australiana Ariarne Titmus foi bronze em 2019, deve medalhar também em Tóquio, mas não deve ameaçar Ledecky nesta distância. Brigam por pódio também a alemã Sarah Köhler, a americana Leah Smith e a chinesa Wang Jianjiahe.
Meu pódio:
- Ouro – Katie Ledecky (EUA)
- Prata – Simona Quadarella (ITA)
- Bronze – Ariarne Titmus (AUS)
E mais EUA…
Fecha o dia o incrível revezamento 4x100m medley misto, que estreia nos Jogos. No Mundial de 2019, a disputa foi espetacular entre Austrália e Estados Unidos, todos com seus times completos. E deu Austrália por apenas 0s02! Não dá para esperar nada diferente disso nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Apesar das duas equipes serem espetaculares, os americanos devem levar mais um ouro, mesmo sendo a única equipe que coloca uma mulher para a perna de peito, com Lilly King. Grã-Bretanha tende a ficar com o bronze muito por conta do show de Adam Peaty também na perna de peito. Rússia, Itália, Países Baixos e Canadá correm atrás.
Meu pódio:
- Ouro – Estados Unidos
- Prata – Austrália
- Bronze – Grã-Bretanha
Neerlandeses mandam no windsurf
O primeira dia de disputas de medalha da vela terá as finais do windsurf, com as Classes RSX. Na RSX masculina, o neerlandês Dorian van Rijsselberghe não estará nos Jogos Olímpicos de Tóquio para conquistar o tricampeonato olímpico. Quem irá a Olimpíada do Japão em seu lugar é Kiran Badloe, que conquistou os dois últimos títulos mundiais, com van Rijsselberghe na segunda colocação.
O francês Thomas Goyard foi bronze no Mundial e é a grande esperança francesa da prova. O polonês Piotr Myszka foi campeão mundial em 2016 e é uma boa opção de pódio, como o britânico Tom Squires.
Meu pódio:
- Ouro – Kiran Badloe (HOL)
- Prata – Thomas Goyard (FRA)
- Bronze – Piotr Myszka (POL)
País Baixo, mas favorito
No RSX feminino, mais um favoritismo dos Países Baixos com Lilian De Geus. Campeã mundial em 2018 e este ano em 2020, terá como grande desafio a francesa Charline Picon, campeã da Olimpíada do Rio de Janeiro há quatro anos e Mundial em 2014, além da prata este ano. A israelense Katy Spychakov, a britânica Emma Wilson e a polonesa Zofia Noceti-Klepacka brigam pelo pódio.
Outra favorita a medalha será a representante chinesa. São várias com chance de medalha, mas apenas uma vai para Tóquio. Lu Yunxiu foi campeã mundial em 2019, mas Chen Peina, prata no Rio, e Tan Yue entram na briga.
Meu pódio:
- Ouro – Lilian de Geus (HOL)
- Prata – Charline Picon (FR)
- Bronze – Lu Yunxiu (CHN)
Tem Hakka no topo
A Nova Zelândia chega como a grande força do Rugby Sevens feminino em Tóquio. Dominava o esporte no início da década, caiu um pouco na época do Rio-2016, tanto que acabou com a prata, mas já é o time a ser batido. Nas duas últimas Séries Mundiais, venceu 8 das 11 etapas disputadas. A Austrália, campeã no Rio, é a segunda força mundial. Canadá e Estados Unidos devem brigar pelo bronze.
Meu pódio:
- Ouro – Nova Zelândia
- Prata – Austrália
- Bronze – Canadá
Russas rápidas no toque
No sabre por equipes feminino, a Rússia chega como favorita ao ouro. Foi campeã no Rio-2016 e levou o Mundial de 2019, com um timaço formado por Yana Egorian, Sofiya Velikaya e Sofia Pozdniakova, todas campeãs olímpicas ou mundiais no individual.
A França vem com mais uma bela equipe liderada por Manon Brunet e briga de igual para igual com as russas. Coreia do Sul, Itália e Ucrânia também podem medalhar.
Meu pódio:
- Ouro – Rússia
- Prata – França
- Bronze – Coreia do Sul
Asiáticos no topo do badminton
Os asiáticos seguem como favoritos também nas duplas masculinas do badminton, com 11 duplas asiáticas liderando o ranking. Os indonésios Marcus Gideon/Kevin Sukamuljo e Hendra Setiawan/Mohammad Ahsan, estes campeões mundiais em 2019, lideram o ranking.
Os chineses Li Junhui/Liu Yuchen estão em 3º no ranking e foram campeões mundiais em 2018, mas vale ficar de olho nos japoneses Takeshi Kamura/Keigo Sonoda e Hiroyuki Endo/Yuta Watanabe. Quem pode quebrar o domínio asiático são os dinamarqueses Kim Astrup/Anders Skaarup Rasmussen.
Meu pódio:
- Ouro – Hendra Detiawan/Mohammad Ahsan (INA)
- Prata – Li Junhui/Liu Yuchen (CHN)
- Bronze – Takeshi Kamura/Keigo Sonoda (JPN)
Será que dá Serena?
Nenhuma tenista conquistou o bicampeonato olímpico individual ainda. A americana Serena Williams, apesar de não liderar o ranking desde abril de 2017, quando saiu do circuito por conta da sua gravidez, é uma das favoritas ao ouro.
Mas a atual líder do ranking da WTA, a australiana Ashleigh Barty está em grande fase. A romena Simona Halep, a japonesa Naomi Osaka e as checas Petra Kvitova e Karolina Pliskova chegam fortes, mas não podemos esquecer dos nomes da nova geração, como a americana Sofia Kenin, campeã do Australian Open este ano, e a canadense Bianca Andreescu, campeã do US Open de 2019.
Meu pódio:
- Ouro – Ashleigh Barty (AUS)
- Prata – Sofia Kenin (EUA)
- Bronze – Simona Halep (ROU)
Chineses voando alto. Literalmente
Os chineses dominam o trampolim acrobático masculino, com títulos nos 10 últimos mundiais, com cinco atletas diferentes. Vinham de ouro em Pequim e em Londres, mas foram surpreendidos no Rio pelo bielorrusso Uladzislau Hancharou. Os chineses devem ter Gao Lei, o atual tetracampeão mundial, e o veterano Dong Dong, que busca seu 4º pódio olímpico seguido. Hancharou ficou fora da final do último Mundial, mas seu compatriota Ivan Litvinovich ficou com a prata.
Os japoneses buscam uma medalha olímpica inédita com Ryosuke Sakai e Hiroto Unno, mas vale ficar de olho nos russos também.
Meu pódio:
- Ouro – Gao Lei (CHN)
- Prata – Uladzislau Hancharou (BLR)
- Bronze – Dong Dong (CHN)
Nada, pedala e corre. Quatro vezes.
A estreia do revezamento misto do triatlo promete uma bela prova em Tóquio. A França, liderada por Vincent Luis, venceu os dois últimos Mundiais e é a favorita. A Austrália tem uma ótima equipe e, com pódios nos últimos 5 mundiais, também briga forte pelo título. Alemanha, Grã-Bretanha e Nova Zelândia vem na sequência. Os americanos pecam nas pernas masculinas, apesar da sua excelente equipe feminina.
Meu pódio:
- Ouro – França
- Prata – Austrália
- Bronze – Nova Zelândia
Deita, levanta e ajoelha. Duas vezes.
A final do rifle de 3 posições 50m feminino promete ser emocionante, assim como foi no Rio de Janeiro. A russa Yulia Karimova venceu o Mundial de 2018, mas a alemã Isabella Straub e a fortíssima sérvia Snjezana Pejcic devem ameaçá-la. Pejcic, aliás, chegou favoritíssima no Rio, mas saiu sem medalha. A britânica Seonaid McIntosh lidera o ranking, graças a uma excelente temporada de 2019 e entra na briga, assim como a chinesa Pei Ruijiao e a suíça Nina Christen.
Meu pódio:
- Ouro – Seonaid McIntosh (GBR)
- Prata – Snjezana Pejcic (SRB)
- Bronze – Pei Ruijiao (CHN)
Outra estreia é a fossa por equipes mistas. A Eslováquia venceu no Mundial de 2018 com Zuzana Stefecekova e Erik Varga, mas vale mesmo ficar de olho nas duplas da Espanha, nas chinesas, nas russas e na britânica. A Itália seria muito favorita, mas o país ainda não tem vaga no masculino, mesmo com Mauro De Filippis como líder do ranking mundial masculino. Ele só terá uma única chance, no Europeu de 2020. Se conseguir, Itália briga pelo ouro.
Meu pódio:
- Ouro – Espanha
- Prata – Rússia
- Bronze – Grã-Bretanha
China mais uma vez a mais forte
A China só pode mandar 4 atletas no levantamento de peso masculino para a Olimpíada. Como já dei três ouros, só resta uma vaga e ela deve ser nos 81kg masculino. A briga interna será boa entre Lü Xiaojun, campeão mundial em 2019, e Li Dayin, prata em 2019 por apenas 1 kg. Ouro em Londres e prata no Rio, Lü já venceu cinco títulos mundiais e é o favorito ao ouro. Os outros concorrentes a medalha são o colombiano Brayan Rodallegas, bronze no Mundial, o dominicano Zacarias Bonnat e Rejepbay Rejepov, do Turcomenistão. Rejepov pode conquistar a 1ª medalha da história de seu país, que é o único da ex-União Soviética que ainda não medalhou em Olimpíadas.
Meu pódio:
- Ouro – Lü Xiaojun (CHN)
- Prata – Brayan Rodallegas (COL)
- Bronze – Rejepbay Rejepov (TKM)
Sem China, é vez do Qatar
Nos 96kg masculino, teríamos mais um chinês como favorito, mas eles já chegaram ao limite. Sendo assim, a categoria abre e agora o favorito é o qatari Faris Ibrahim, vice-campeão mundial em 2019. A Colômbia segue na briga por mais medalhas no levantamento de peso e tem nesta categoria Jhonatan Rivas como chance de medalha. Também na disputa o georgiano Anton Pliesnoi, o canadense Boady Santavy e o iraniano Ayoub Mousavi.
Meu pódio:
- Ouro – Faris Ibrahim (QAT)
- Prata – Anton Pliesnoi (GEO)
- Bronze – Jhonatan Rivas (COL)
E se os Jogos Olímpicos fossem hoje? Resumo do dia
Com o belíssimo dia na natação, com 4 ouros em 4 provas, os Estados Unidos disparam na liderança do quadro de medalhas, chegando a 22 ouros, 18 pratas e 18 bronzes, 58 medalhas no total. A China segue em segundo lugar com 17-8-15 e Japão (11 ouros) e Austrália (10) vem na sequência. A Rússia com 8 ouros é o melhor europeu na 5ª colocação.
Após 154 finais, os Jogos estão chegando na metade, com 42 países ganhando ouro e 69 já com pelo menos uma medalha.