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Os Olímpicos

Lavreysen e Hinze fecham Mundial com 3 ouros e favoritismo olímpico

O Mundial de Ciclismo de Pista terminou neste domingo dando uma belíssima prévia dos Jogos de Tóquio. E podemos já considerar as velocistas alemãs e os velocistas neerlandeses como os grandes nomes para levar alguns ouros no Velódromo de Izu em agosto.

Lasse Norman Hansen (esq) e Michael Morkov (dir) rumo ao ouro na Madison

Depois de vencer no sprint individual e no por equipes, a alemã Emma Hinze simplesmente dominou a prova do Keirin. Venceu sua bateria de 1ª rodada, a bateria de quartas, a sua semifinal e levou a final, colocando 0.128 de vantagem sobre a sul-coreana Lee Hye-jin, prata, e 0.198 sobre a australiana Stephanie Morton, bronze.

Já no sprint masculino, os neerlandeses Harrie Lavreysen e Jeffrey Hoogland venceram as semifinais com folga e se enfrentaram na final. Campeão na Keirin e no sprint por equipes, Lavreysen fez 2-0 em Hoogland, conquistando o bicampeonato mundial da prova, repetindo a vitória de 2019 sobre Hoogland. Bronze pro malaio Azizulhasni Awang, bronze na Keirin no Rio-2016.

A dupla dinamarquesa formada por Lasse Norman Hansen e Michael Morkov destruiu a competição na final da longa prova da Madison. Começaram vencendo 3 dos 4 primeiros sprints, logo colocaram 1 volta sobre o resto do pelotão, abrindo enorme vantagem. No meio da prova, venceram mais 3 sprints e seguira pontuando até somarem 62 contra apenas 33 dos neozelandeses Campbell Stewart e Aaron Gate e 32 dos alemães Roger Kluge e Theo Reinhardt, que buscavam o tricampeonato mundial seguido, mas acabaram com o bronze. Morkov estava nos Emirados Árabes Unidos para um Tour, cancelado pelo coronavírus, foi pra Berlim e ficou isolado no quarto com suspeita de infecção. Liberado, saiu e foi pro ouro nessa prova espetacular.

E fechando as provas deste Mundial, tivemos a única vitória britânica em Berlim, na não olímpica corrida por pontos feminina. Elinor Barker deu 2 voltas sobre o pelotão e chegou a 50 pontos para levar o ouro contra 34 da americana Jennifer Valente e 33 da norueguesa Anita Stenberg.

A pista é uma importantíssima fonte de ouros olímpicos para a equipe britânica. Foram 6 no Rio-2016 e 7 em Londres-2012. E perigam não levar nenhum em Tóquio. O fracasso de Laura Kenny na Omnium, atrapalhada por Kirsten Wild, e o Mundial esquecível de Jason Kenny acende a luz amarela quase vermelha para a equipe britânica, que novamente não classificou-se para os Jogos Olímpicos no sprint por equipes feminino.

Em compensação, Alemanha, Países Baixos e Dinamarca chegarão em Tóquio como grandes favoritos. Os novos nomes da equipe alemã estão mais fortes que Kristina Vogel e Miriam Welte estavam em 2012 e em 2016 e os velocistas neerlandeses são os favoritíssimos, com até dois nomes buscando o ouro nas provas individuais. Lasse Norman Hansen lidera a Dinamarca e pode pegar os 3 ouros nas provas de fundo, apesar de ter fracassado na Omnium no sábado.

O próximo Mundial de Pista será em 2021, num dos maiores velódromos do mundo, em Ashgabat, no Turcomenistão.

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