Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, apenas uma categoria do judô não teve representação brasileira. Foi na 57kg feminina. Rafaela Silva, uma das melhores do mundo, e titular absoluta da categoria foi pega em exame anti-doping em 2019. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) ficou, portanto, sem conseguir articular um caminho na corrida olímpica de Tóquio. Menos de quatro anos depois, a 57kg é justamente a categoria mais forte do Brasil na corrida para Paris-2024. Rafa Silva agora sofre perseguição de Jéssica Lima, após a medalha de prata no Grand Slam de Tóquio.
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Jéssica Lima brilha no Grand Slam de Tóquio e esquenta corrida olímpica no judô
A campanha de Jéssica Lima no Grand Slam de Tóquio foi sensacional, vencendo a japonesa Honda Riko e na semifinal a canadense Jessica Klimkait, campeã mundial em 2021. A derrota para Christa Deguchi, duas vezes campeã mundial, foi esperada, mas deixou um gostinho de quero mais.
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Enquanto isso, Rafaela caiu ainda na primeira rodada. Para completar o complexo mundo do judô internacional, Rafaela caiu para uma antiga promessa do judô brasileiro, Thauany Capanni Dias, que hoje defende a Itália.
Jéssica Lima entrou em ação no torneio mais tradicional do judô internacional como 16ª melhor no ranking olímpico, com 2012 pontos, então 1117 atrás da campeã olímpica e duas vezes campeã mundial Rafaela Silva. Rafaela Silva somou apneas 10 pontos pela sua participação e com 3139 segue na sétima posição, sendo provisoriamente a sexta cabeça dos Jogos de Paris-2024.
Enquanto isso, Jéssica Lima somou 700 pontos no ranking olímpico e chegou a 2712 pontos e deverá chegar na 11ª posição, apenas 83 pontos atrás da que seira a oitava cabeça de chave, Eteri Liparteliani, da Geórgia.
Critérios da Confederação Brasileira de Judô ainda não foram divulgados
A competição é dura pela vaga olímpica. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) ainda não definiu os critérios para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, mas para a Olimpíada de Tóquio, quando atletas estavam separadas por apenas seis posições no ranking, o principal critério era quem fosse ser cabeça de chave. Se as duas tiverem em condições disso, a experiência terá, enfim, um peso importante. E nisso, Rafaela Silva, ouro na Rio-2016, Santiago-2023, além de campeã mundial na Rio-2013 e Tashkent-2022. No Mundial de Paris, em 2011, ela foi medalhista de prata inclusive.
Se Jéssica ainda não ultrapassou a colega de equipe, a última competição de judô do ano a estabeleceu como uma rival de alto nível. E um nome importante para ficarmos de olho para Los Angeles-2028. O 57kg preocupou um tempo os fãs de judô brasileiro, mas não preocupa mais!