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Olimpíada

Conselho do Esporte aprova aplicação da Lei Agnelo/Piva

Foto: Francisco Medeiros/ME

O Conselho Nacional do Esporte se reuniu nesta segunda-feira (2) para debater os relatórios da aplicação da Lei Agnelo/Piva pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB)

Os 18 integrantes do Conselho Nacional do Esporte que se reuniram nesta segunda (2) no Rio de Janeiro aprovaram por unanimidade o relatório sobre a aplicação de recursos da Lei Agnelo/Piva pelo Comitê Olímpico do Brasil. O período avaliado era entre 2013 e 2016.

O texto, relatado pelo Ministério do Esporte, detalha os valores aplicados pelo COB e os descentralizados pelas confederações. No total, foram R$ 477,8 milhões em recursos descentralizados e R$ 377 milhões aplicados diretamente, num total de R$ 854 milhões.

A aprovação foi com ressalvas em relação aos dados apresentados sobre a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo e a Confederação Brasileira de Remo, ambas em 2013. As informações terão que ser detalhadas e expostas na próxima reunião.

Divergências

O sistema de distribuição de recursos, no entanto, foi tema de divergências na reunião. São 11 critérios que marcam pontos para a distribuição dos recursos. “Na nova política de descentralização, a meritocracia passou a nortear mais claramente a distribuição”, afirmou Rogério Sampaio, titular da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.

O método, no entanto, não agrada a todos. O vice-almirante Paulo Martino Zuccaro, da Comissão Desportiva Militar, explica que modelos que se pautam por conquistas não levam em consideração o fato de que uma modalidade tem condições maiores de arrecadar recursos privados do qeu outrs.

“Na nossa frente temos 11 critérios. Dos 11, oito miram em resultados de eventos anteriores. Dois critérios se pautam no sub-21, em minha opinião de curto alcance, porque já estão na cara do alto rendimento. É claro que é um excelente ponto de partida. Mas talvez não seja a solução definitiva. Talvez valha a pena aprofundarmos melhor ao longo do tempo, fazermos um refinamento”, avaliou.

Medalhas

Outro problema seria uma possível valorização dos medalhistas olímpicos de forma individualizada e não por modalidade. “A Carta Olímpica diz que temos de valorizar o medalhista. Numa conta assim, são 22 medalhas envolvidas numa conquista do futebol, 12 num time de vôlei. Se a imprensa faz um julgamento diferente, não quer dizer que a gente tenha de adotar o mesmo padrão”, ponderou Jorge Steinhilber, do Conselho Federal de Educação Física.

Jornalista baiana, soteropolitana, faconiana. Mestrado em jornalismo esportivo pela St. Mary's University, do Reino Unido. Bolsista Chevening 2015/2016.

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