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Olimpíada

COI quer atletas da Rússia fora das competições internacionais

Comitê também retirou a Ordem Olímpica dourada concedida ao presidente russo, Vladimir Putin, e a mais dois integrantes do alto escalão do Kremlin

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(divulgação/COI)

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta segunda-feira (28) recomendação para o banimento de atletas e árbitros da Rússia e de Belarus de todas as competições esportivas internacionais. A medida vem em represália ao conflito armado entre Rússia e Ucrânia desencadeado pelos russos na semana passada, com apoio de Belarus. As sanções alcançaram também o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e a mais dois integrantes do alto escalão daquele governo. Nos últimos dias, têm se proliferado medidas esportivas contra os dois países.

“Com a intenção de proteger a integridade das competições esportivas globais e para a segurança dos participantes, o COI recomenda que federações internacionais de esportes e organizadores de eventos esportivos não convidem ou permitam a participação de atletas e árbitros da Rússia e de Belarus em competições internacionais”, diz a diretoria executiva do COI, em nova oficial. Acrescenta que onde isso não for possível por contra de calendário ou razões legais, “enfatiza com veemência” que as federações e organizadores “façam tudo que estiver ao alcance para garantir que nenhum atleta ou árbitro tenha permissão de participar em nome da Rússia ou Belarus”, concluindo que quando isso não for possível, os competidores devem ser aceitos apenas como atletas ou equipes neutras. “Nenhum simbolo, cor, bandeira ou hino nacional deve ser exibido.”

Dilema

O COI justificou a recomendação de banimento se dizendo em um dilema, pois apesar de não ver com bons olhos a punição a atletas por conta de decisões governamentais, entende não ser justo que russos e belarrussos continuem competindo normalmente enquanto os ucranianos “estão impedidos de fazer o mesmo por conta do ataque em seu país.” O comitê diz, ainda, quem em circunstâncias muito extremas, deixa para organizadores decisão sobre como efetivamente lidar com a questão, citando particularmente os Jogos Paralímpicos de Inverno, que começam sexta-feira (4) na China.

Ordem dourada

Assim como ocorrido com as federações de judô e taekwondo, as sanções chegaram a Vladimir Putin. A diretoria executiva do COI decidiu retirar a Ordem Olímpica dourada, maior condecoração do Movimento Olímpico, que havia sido concedida ao presidente da Rússia em 2001. A medida foi estendida ao vice-primeiro ministro do país, Dmitry Chernyshenko, e a Dmitry Kozak, vice-chefe de Gabinete do Kremlin, ambos condecorados com a Ordem Olímpica dourada em 2014.

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Além do banimento e da retirada das ordens olímpicas, o comunicado reitera veto a qualquer evento nos dois países, reforça total solidariedade com a comunidade olímpica ucraniana, afirmando que “estão em nossos corações e pensamentos”, e anuncia que o fundo de solidariedade aos atletas daquele país já foi estabelecido. Por fim, expressa agradecimentos aos comitês nacionais e federações internacionais que já estão dando apoio aos atletas ucranianos e familiares.

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