COI diminui punição imposta ao Comitê Olímpico Brasileiro após renúncia de Nuzman. No entanto, recursos financeiros seguem bloqueados.
O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) recebeu uma boa notícia nesta terça-feira (31). Em comunicado oficial, o COI (Comitê Olímpico Internacional) revogou, parcialmente, à punição imposta à entidade brasileira. O que mudou foi que a proibição, previamente direcionada, que dizia que o COB não podia participar de eventos e reuniões internacionais foi cancelada. Assim, os dirigentes brasileiros estão liberados para a ACNO (Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais), que começa nesta quinta-feira (2) e para a Assembleia da Paso (Organização Desportiva Pan-Americana), no sábado (4). Ambos eventos acontecerão em Praga, na República Tcheca.
O COB havia recebido a suspensão após as denúncias e a prisão do ex-presidente Carlos Arthur Nuzman. Após sua renúncia, a entidade brasileira volta a melhorar seu relacionamento com o COI. Em texto publicado no site oficial, o Comitê Olímpico Internacional se mostrou satisfeito com as medidas de reformulação adotadas por Paulo Wanderley, novo presidente do COB. Mesmo assim, os recursos financeiros que são repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro ainda estão suspensos.
“O COB, juntamente com um auditor independente, já realizou uma investigação preliminar confirmando que as contas do COB foram devidamente auditadas. Até agora, nenhum relacionamento foi encontrado com o caso Nuzman”, comunicou o COI. A entidade internacional só pretende revogar toda a punição depois que rever todas as auditorias do período e for constatado que não houve envolvimento da entidade brasileira no caso Nuzman.
Grande desafio de Paulo Wanderley após punição imposta ao Comitê Olímpico Brasileiro
O atual presidente Paulo Wanderley tem pela frente o grande desafio de restabelecer o bom relacionamento com o COI. Isso impacta diretamente nas finanças da entidade brasileira, que está sem patrocínios desde o fim da Olimpíada Rio-2016. Para aliviar as contas, algumas medidas estão sendo tomadas, como por exemplo, o ínicio da mudança da sede do COB da Avenida das Américas, que possuía custos de aluguel elevados, na Barra da Tijuca, para o Parque Aquático Maria Lenk. O Prêmio Brasil Olímpico, que é o Oscar do esporte brasileiro, estava programado para o fim deste ano, mas devido à falta de dinheiro foi cancelado.