Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner foram presos no Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (5)
Suspeito de atuar na compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, foi preso na manhã desta quinta-feira (5), em casa. Além dele, Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do comitê Rio 2016, também foi detido.
Um dos motivos da prisão temporária – decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal – efetuada pela Polícia Federal nesta manhã, segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi a tentativa de ocultação de bens. Entre eles, 16 quilos de ouro e valores em espécie.
Depois do cumprimento de um mandato de busca na casa de Nuzman no último mês, em desdobramento da operação “Unfair Play”, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro fez uma retificação na declaração do imposto de renda. De acordo com o MPF, foi uma tentativa de regularizar os bens até então não declarados à União.
Nuzman é presidente do COB há 22 anos e, apesar dos indícios de corrupção, o MPF afirma que não houve movimentação no sentido de afastar o presidente e Gryner de seus cargos no Comitê.