Em reconhecimento à promoção de iniciativas sustentáveis nos Jogos Escolares da Juventude 2019, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) recebeu do Comitê Olímpico Internacional (COI) o Troféu Olimpismo em Ação 2019. Parte da agenda 2020 do COI, a sustentabilidade norteia as novas práticas do movimento olímpico internacional.
“A sustentabilidade tornou-se imprescindível no movimento esportivo e desde sua inclusão na agenda 2020 do COI está integrada em todos os aspectos do planejamento e realização dos Jogos Olímpicos. O COB tem desenvolvido estratégias de sustentabilidade não só em seus eventos, mas também para inspirar e engajar a sociedade nesse tema tão valioso”, diz a diretora de Comunicação e Marketing, Manoela Penna, agradecendo o Troféu Olimpismo.
+ SIGA O OTD NO FACEBOOK, INSTAGRAM, TWITTER E YOUTUBE
Exemplo
Realizados desde 2005, os Jogos Escolares da Juventude (JEJ) são a maior competição estudantil do país e têm inovado no que diz respeito à sustentabilidade e à cidadania. Conciliando a formação esportiva, individual e cidadã dos jovens atletas com o incentivo às práticas sustentáveis. O Troféu Olimpismo vem coroar o projeto.
Desde 2018, a organização dos JEJ dispensa todo tipo de materiais descartáveis agressivos ao meio ambiente, promove a coleta seletiva de lixo e distribui squeezes aos participantes. Naquele ano, o evento também contou com material de reuso e reciclado na área de convivência e promoveu ação de limpeza da Praia de Ponta Negra em parceria com as Nações Unidas para o Meio Ambiente, buscando a consciência dos jovens, tanto do ponto de vista ambiental quanto social.
Os Jogos Escolares da Juventude são um grande projeto de desenvolvimento do esporte nacional. Além de ações já consolidadas, como o programa de embaixadores e os programas socioeducativos, em 2019 foram oferecidos cursos de capacitação para treinadores, o Guia de Pais e Educadores apoiando o Jogo Limpo.
Além da criação do Centro de Avaliação e Monitoramento, que identificou o perfil físico e motor de mais de 2 mil jovens atletas de 12 a 14 anos, em um projeto piloto para a construção longitudinal do perfil do atleta olímpico.
Nomes de destaque, como a campeã olímpica Sarah Menezes e a campeã mundial Mayra Aguiar, ambas do judô, Hugo Calderano (tênis de mesa), Raulzinho (basquete), Ana Claudia Lemos (atletismo), Etiene Medeiros e Leonardo de Deus (natação), que integraram o Time Brasil nos Jogos Olímpicos Rio-2016, passaram pelos Jogos Escolares.
+ Pandemia obriga cancelamento das competições escolares em 2019
Online e gratuitos
Atrair cada vez mais alunos, oriundos de todos as modalidades esportivas e de todos os cantos do país. Este é um dos grandes objetivos do IOB (Instituto Olímpico Brasileiro), departamento de educação do COB, que promove uma formação profissional de alta qualidade a atletas, treinadores e gestores do esporte nacional desde 2009. E, como os próprios números sugerem, a meta traçada vem sendo cumprida à risca.
No último mês de junho, o IOB lançou novas edições dos cursos Fundamentos da Administração Esportiva (FAE) e Curso Básico de Gestão para Treinadores (CBGT), atraindo 359 alunos. Além do recorde de 43 atletas inscritos, outro número inédito foi o de estados representados: 24, mais o Distrito Federal. Dentre todas as unidades federativas do país, somente Mato Grosso e Roraima não possuem representantes.
“A nacionalização é uma meta ambiciosa que queremos atingir, especialmente pelo fato do Brasil ser um país de dimensões continentais, de diversidade social e cultural. Dessa forma, desde seu início, o IOB trata de investir em programas e cursos no formato de ensino a distância, assim como na divulgação de oportunidades e na oferta de bolsas de estudo”, explica Soraya Carvalho, gerente do Instituto Olímpico Brasileiro.
Ronélia, formada em Educação Física na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), elogia o programa do Curso Básico de Gestão para Treinadores, que visa desenvolver habilidades e competências relacionadas ao planejamento e à gestão financeira, de pessoas e de conflitos.
“Se o curso fosse presencial, não teria condições de fazê-lo. O custo seria bem alto por causa do deslocamento e das passagens aéreas. Dessa forma, é possível ajustarmos os horários sem deixarmos as outras demandas de lado”, diz a ex-jogadora de futsal, que atualmente possui uma empresa em Manaus voltada à iniciação esportiva nesta e em outras modalidades, como judô, jiu-jitsu, dança e ginástica rítmica.