Em comemoração ao Dia Olímpico, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) promoveu encontros de atletas brasileiros em transmissões feitas através do seu perfil nas redes sociais. Para abrir a recheada agenda do dia os personagens escolhidos para o bate-papo foram Daniele Hypólito, da ginástica artística, e Marcus D’Almeida, do tiro com arco.
Primeira participante a entrar na transmissão, a atleta da ginástica relembrou grandes histórias das suas cinco participações olímpicas desde a estreia em Sydney-2000. Dentre as memórias, duas acabam sendo especiais para a atleta.
“É muito emocionante ter vivido dois momentos tão emblemáticos. Primeiro ter competido no berço olímpico isso foi muito legal. Disputar uma Olimpíada na Grécia foi algo muito especial e são poucos os atletas que tiveram essa oportunidade. Depois tive a chance ainda de competir em casa. Disputar um evento desse no nosso país, ter uma torcida toda gritando o seu nome e o do seu país. Tudo isso foi muito emocionante e ficará pra sempre marcado na minha memória”, relembrou a atleta ao citar Atenas-2004 e Rio-2016, respectivamente.
No entanto, apesar da larga experiência de ter participado de cinco edições olímpicas, Daniele Hypólito não hesitou na hora de escolher um momento marcante, mesmo não sendo ela a personagem principal.
“O momento mais especial pra mim em Jogos Olímpicos é a medalha do meu irmão, com certeza. O quanto aquilo foi emocionante, o quanto foi especial. Lembro que não consegui falar nada durante a série. Lembro de ver a ansiedade dele vendo o seu nome se manter entre os primeiros mesmo após cada nova apresentação de um concorrente. Aquilo foi extremamente especial”, citou Daniele Hypólito relembrando a medalha de prata conquistada por Diego Hypólito no Rio de Janeiro.
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A atleta fez questão de ressaltar ainda qual, na visão dela, é a posição que precisa ser adotada pelos atletas e ídolos do esporte para que os valores olímpicos se expandam pela sociedade.
“Eu tive a honra de ser abençoada com um talento. E através deste talento eu tenho que passar pras pessoas que é possível a gente alcançar os nossos sonhos. Para isso precisamos mostrar nossos valores e sempre deixar claro que nós, atletas, somos pessoas normais, que precisam passar uma mensagem sendo humilde e simples”.
Pensamentos alinhados
Outro participante da ação comemorativa organizada pelo COB, o atleta Marcus D’Almeida, do tiro com arco, foi mais um a ressaltar a importância da data.
“A palavra ‘olímpico’ poderia até ser utilizada como um adjetivo. Porque essa palavra só traz coisas boas. Quando eu penso nela só me vem a cabeça coisas positivas, como o valor da amizade, do amor ao próximo e de união”, avaliou o atleta.
Já garantido na próxima edição dos Jogos, previstos para 2021 em Tóquio, o arqueiro relembrou as duas vezes em que teve a sensação especial de ter tido a chance de competir em eventos olímpicos (Rio-2016 e a Olimpíada da Juventude em Buenos Aires em 2018).
“Com certeza é uma sensação diferente. Nós ficamos quatro anos pensando naquele dia e quando chega na hora você se depara com uma realidade totalmente diferente. Eu lembro de mirar no alvo e olhar um pouco pra cima e já ver os arcos olímpicos foi algo incrível. É uma coisa única para o atleta”, completou.
Alvo nas alturas
Com uma temporada especial vivida no ano passado, Marcus D’Almeida não tem medo de afirmar que a histórica medalha de prata conquistada nos Jogos Pan-Americanos de Lima trouxe uma confiança extra de que é possível fazer bonito na capital japonesa.
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“Eu me vejo no pódio em Tóquio. Eu acredito muito nisso. No nosso esporte, a pontuação máxima das competições é de 720. O meu recorde, que atingi no ano passado, é de 693 e o recorde mundial é de 702. Essa diferença de poucos pontos é o que move diariamente. Eu durmo, acordo e treino todos os dias pensando em superar essa marca e quem sabe atingir a pontuação máxima”, completou o jovem atleta de 22 anos.