O COI (Comitê Olímpico Internacional) e o IPC (Comitê Paralímpico Internacional) estão sendo pressionados. Após Thomas Bach se posicionar procurando o diálogo, a Global Athlete soltou uma carta em que exige o fim da regra que proíbe protestos em uma edição de Jogos Olímpicos.
Na carta da Global Athlete, a exigência é pelo fim da regra 50 da Carta Olímpica. De acordo com a mesma, está proibido qualquer protesto político, religioso ou racial nos Jogos Olímpicos.
De acordo com a carta, “por muito tempo os atletas tiveram que escolher entre competir em silêncio ou defender o que é certo. É tempo de mudança. Todo atleta deve ter poderes para usar suas plataformas, gestos e vozes. O silêncio da voz do atleta levou à opressão, o silêncio levou ao abuso e o silêncio levou à discriminação no esporte”.
Global Athlete calls on the IOC @Olympics and the IPC @Paralympics to abolish Rule 50 and afford every athlete their human right of free speech pic.twitter.com/wqy6dtb5om
— Global Athlete (@GlobalAthleteHQ) June 14, 2020
Segundo a carta da Global Athlete, a regra 50 da Carta Olímpica viola a declaração universal dos Direitos Humanos. ” As regras próprias do COI e do IPC descritas na regra 50 da Carta Olímpica são uma clara violação dos direitos humanos de todos os atletas. O COI, como observador das Nações Unidas, deve ter um padrão mais alto. O COI e o IPC devem respeitar o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que declara: “Todo mundo tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de manter opiniões sem interferência. ” As regras esportivas não devem ter a capacidade de limitar esse direito”.