A polêmica sobre as restrições à protestos durante a Olimpíada seguem dando o que falar no mundo todo. Agora foi a vez do Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA se colocar contra a medida, estando aberto a desafiar as regras do COI (Comitê Olímpico Internacional).
O Comitê, em resposta aos protestos em todo o país após o assassinato de George Floyd, disse que “está junto com aqueles que exigem igualdade”. Depois disso, a CEO Sarah Hirshland anunciou a formação de um grupo de trabalho de atletas que, entre outras coisas, analisará a regra de longa data do COI que proíbe protestos políticos em Olimpíada.
Hirshland disse também que o grupo não apenas se concentrará nas restrições de protesto. mas também terá uma “conversa muito mais ampla sobre racismo”.
Os Estados Unidos são o país que dão mais dinheiro e mais atletas ao COI. No entanto, Hirshland destacou que o impulso por mais sensibilidade racial no mundo olímpico não é um jogo de poder com o COI. Mas é uma “obrigação de liderança” que deve ser conduzida “no espírito de humildade, parceria, colaboração, abertura e honestidade”.
Movimento crescente
Assim, com as ligas esportivas de todo o mundo reagindo à crescente indignação com a morte de Floyd, como a NFL e a US Soccer, os olhos estão voltados para o movimento olímpico.
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Com a pressão por mudança, o presidente do COI, Thomas Bach, revelou, que restrição contra protestos na Olimpíada pode ser revista. Ele alegou que a Comissão de Atletas da entidade “dialogará com atletas de todo o mundo para explorar maneiras diferentes de como eles podem expressar seu apoio à causas”.
Primeira vitória
Depois de sofrer pressão da seleção de futebol feminina, a US Soccer (Federação de Futebol dos Estados Unidos) tomou um passo importante. A entidade revogou a política que proibia os jogadores de fazerem protestos durante a execução do hino nacional antes das partidas e ainda pediu desculpas.
+Federação revoga proibição de protesto durante hino nos EUA
“Ficou claro que essa política estava errada. Não fizemos o suficiente para ouvir, entender e reconhecer as experiências reais e significativas de negros e de outras comunidades minoritárias em nosso país. Pedimos desculpas aos nossos jogadores”, disse a US Soccer em nota.