Os atletas brasileiros caminhavam para a fase final de preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Porém, a pandemia de coronavírus adiou a competição para 2021 e a quarentena modificou a rotina dos competidores. O COB (Comitê Olímpico do Brasil), em parceria com a ABCD (Autoridade Brasileira de Controla de Dopagem), aproveitou para criar uma série de atividades educativas virtuais com a temática antidoping.
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“O antidoping está presente na grande maioria das ações educacionais do COB. Por exemplo, falamos sobre ética e respeito quando reforçamos os Valores Olímpicos para as crianças e jovens nos Jogos Escolares da Juventude. E, nesse momento, citamos o doping. Trabalhamos também com quem está em torno desses jovens atletas, como os pais, os familiares e os professores de educação física”, disse o médico Christian Trajano.
“Nossas ações são complementares às da ABCD, ajudamos a cumprir a tarefa de atingir o público. O público alvo das ações antidoping do COB é vasto e diversificado: desde os futuros atletas dos JEJ aos esportistas de alto rendimento. Com isso, a maneira de comunicar deve ser adequada e a tecnologia é uma importante aliada nesse jogo”, acrescentou o dirigente, que é o gerente de Educação e Prevenção ao Doping do COB.
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Luisa Parente, secretária nacional da ABCD e atleta olímpica de ginástica artística, aposta em tornar as ações da entidade cada vez mais virtuais. “Recebemos convites para participarmos de lives, fizemos palestras específicas para entidades e passamos nosso II Seminário Brasileiro Antidopagem, que acontecerá em junho, para o online. O legal é que, com essas ações, estamos atingindo mais gente. Nesse momento também estamos sendo muito procurados por instituições esportivas”, contou.
Ações em plataformas digitais
Como principal entidade do esporte olímpico do Brasil, o COB tem o compromisso de ensinar e trabalhar na prevenção do doping nas modalidades olímpicas. Por isso, em conjunto com a ABCD, o COB elaborou estratégias nas plataformas digitais para disseminar conhecimento sobre o tema e promover o #JogoLimpo.
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“Nosso ideal é que o atleta vivencie o antidoping primeiramente pela educação e não pela notificação, pela coleta de amostra. Estamos desenvolvendo uma plataforma de educação com o auxílio de inteligência artificial e queremos que a ABCD seja parceira na criação dessa plataforma”, disse.
“A ideia é que a ferramenta rastreie o interesse do aluno nos assuntos e, assim, podemos montar uma trilha do conhecimento individualizada, seguindo as preferências da pessoa”, concluiu Trajano, que revelou que o projeto é feito em parceria com a UFRRJ (Universidades Federal Rural do Rio de Janeiro) e a UFF (Universidade Federal Fluminense).
Informação virtual aos atletas
O combate à dopagem é essencial no esporte, já que promove a proteção da saúde do atleta e orienta a um #JogoLimpo, lema da WADA (Agência Mundial Antidoping). Em uma ação extra, a ABCD e o COB vão lançar programas virtuais para levar informações aos atletas.
“A ABCD vem fazendo constantes ações de prevenção. Até o fim do ano lançaremos o nosso Programa de Educação, baseado em quatro pilares: educação baseada em valores, sensibilização e conscientização, acesso à informação, e educação antidopagem”, comentou a ex-atleta.
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“Ele tem como ação principal a plataforma de e-learning da WADA, a ADel. Adquirimos seis módulos para públicos específicos, como atleta, médicos, treinadores e família, profissionais de entidades esportivas e público em geral. Nosso objetivo é atingir o maior número de pessoas que lide com o esporte”, concluiu Luisa Parente, finalista olímpica em Seul-1988 e dona de duas medalhas de ouro nos Jogos Pan Americanos de Havana-1991.