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Atletismo

Relembre 5 medalhas ‘esperadas’ do Brasil em Olimpíadas

Relembre cinco medalhas de ouro conquistadas por atletas brasileiros que chegaram nos Jogos como favoritos

Ricardo e Emanuel foram medalhistas de ouro na Olimpíada de Atenas, em 2004
Ricardo e Emanuel foram ouro em Atenas 2004 (Foto: Divulgação/COI)

O Brasil não é uma potência na história das Olimpíadas, mas já chegou em várias edições como favorito ao ouro em determinada modalidade. Após relembrar gratas surpresas brasileiras no principal evento esportivo do mundo, o Olimpíada Todo Dia lista cinco medalhas ‘esperadas’.

Adhemar Ferreira da Silva em Melbourne 1956

Nas Olimpíadas de Helsinque, em 1952, Adhemar Ferreira da Silva não conquistou apenas o segundo ouro do Brasil na história do evento. Ele bateu quatro vezes o recorde mundial somente na final e comemorou o feito criando a volta olímpica, eternizada no esporte.

Com tamanha supremacia na modalidade e já tido como um herói nacional, Adhemar Ferreira da Silva chegou aos Jogos Olímpicos de Melbourne, em 1956, como o grande favorito à medalha dourada no salto triplo.

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Com o salto de 16,35m, 21 centímetros da melhor marca da história até então, feita pelo brasileiro um ano antes, ele confirmou as expectativas e se tornou bicampeão olímpico.

Ricardo e Emanuel em Atenas 2004

Após se juntarem e iniciarem a dupla em 2002, Ricardo e Emanuel não demoraram a se entrosar, tanto que fizeram um ano de 2003 perfeito. Venceram o Campeonato e o Circuito Mundial, as duas principais competições internacionais da modalidade na época. Diante deste cenário, eles eram os grandes favoritos nas Olimpíadas de Atenas, em 2004.

Na primeira fase, Ricardo e Emanuel perderam apenas um set em três partidas e avançaram com a liderança do grupo. Após fazer 2 a 1 nos noruegueses Kjemperud e Hoidalen, os brasileiros não tiveram dificuldades para impor 2 a 0 nos suíços Martin e Paul Laciga, garantindo vaga na semifinal.

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Na disputa pela decisão, a dupla do Brasil passou pelo momento mais complicado na Grécia. Diante de Heuscher e Kobel, também da Suíça, perdiam o tie-break por 13 a 11 quando decidiram inverter as posições como última cartada. Emanuel foi para o bloqueio, enquanto Ricardo ficou na retaguarda. A mudança deu certo, Emanuel fez dois bloqueios seguidos e os brasileiros avançaram.

Na final, Ricardo e Emanuel dominaram os espanhóis Bosma e Herrera, fizeram 2 a 0 e confirmaram as expectativas: ouro para o Brasil nas areias gregas.

Robert Scheidt em Atenas 2004

Robert Scheidt chegou para as Olimpíadas de Atenas como grande favorito ao ouro na classe Laser da vela. Em 2004, o brasileiro havia ganho todos os dez torneios que disputou, entre eles o Campeonato Mundial, o sétimo de sua carreira. Além disso, carregava a experiência de um ouro e uma prata nas duas últimas Olimpíadas.

Na Grécia, Robert Scheidt optou por um estratégia de regularidade. Sem atacar pelas primeiras posições, o brasileiro venceu apenas uma das 10 regatas, mas teve um 19º (descartado) e um 12º lugares como piores resultados.

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Deste modo, na última regata, coube ao brasileiro apenas guiar sua vela para levar o ouro e se tornar o segundo bicampeão olímpico do país. Atualmente, Robert Scheidt é o maior medalhista do Brasil em Olimpíadas, com dois ouros, duas pratas e um bronze. Aos 47 anos, ele está garantido em Tóquio, onde disputará os Jogos pela sétima vez, um recorde.

Vôlei masculino em Atenas 2004

Vindo das conquistas do Campeonato Mundial de 2002, da Copa do Mundo de 2003 e do bicampeonato da Liga Mundial, as principais competições internacionais, o Brasil chegou aos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 com amplo favoritismo à medalha de ouro. Para se ter uma ideia da dominância brasileira, o país havia vencido 11 das 14 competições que havia disputado desde que Bernardinho assumiu o comando técnico, em 2001.

Após estrear com vitória sobre a Austrália, o Brasil fez um jogo histórico com a Itália e venceu por 3 a 2, com direito a um 33 a 31 no tie-break. Contra a Rússia, engatou o terceiro triunfo na fase inicial e, já classificado em primeiro do grupo, tirou o pé na última rodada e perdeu para os Estados Unidos.

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Nas quartas e semifinais, o time de Bernardinho dominou e não deu chances para Polônia e Estados Unidos, respectivamente, vencendo as duas partidas por 3 a 0.

Na decisão do ouro, o Brasil teria o adversário que impôs mais dificuldades nas Olimpíadas de Atenas até aquele momento: a Itália. Contra os europeus, os comandados de Bernardinho levaram o set inicial sem dificuldades, mas sofreram o empate logo na sequência. A partir disso, a seleção brasileira mostrou frieza nos momentos decisivos, venceu as duas parciais seguintes e conquistou o ouro, que consagrou um ciclo olímpico praticamente perfeito.

Bruno Schmidt e Alison Cerutti na Rio 2016

Assim como Ricardo e Emanuel, ouro em Atenas 2004, Bruno Schmidt e Alison Cerutti formaram dupla dois anos antes das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Na temporada de 2015 do vôlei de praia, os dois conquistaram o Campeonato Mundial, o Circuito Mundial e o World Tour Finals, os três principais títulos. Deste modo, eram favoritos para levar o ouro em casa.

Apesar de entrarem na competição como cabeças de chave, Bruno Schmidt e Alison Cerutti não tiveram facilidade durante a primeira fase. Após vencerem Binstock e Schachter, do Canadá, os brasileiros perderam para Doppler e Horst, da Áustria, e precisaram decidir a vaga direta às oitavas de final diante dos italianos Carambula e Ranghieri. Seguros, os anfitriões fizeram 2 a 0.

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Nas oitavas de final, Bruno Schmidt e Alison Cerutti fizeram 2 a 0 nos espanhóis Gavira e Herrera e avançaram para enfrentar os norte-americanos Dalhausser e Lucena, que não haviam perdido sequer um set na competição. Os brasileiros, entretanto, levaram a melhor no tie-break.

Na semifinal, diante dos holandeses Brouwer e Robert Meeuwsen, Bruno Schmidt e Alison Cerutti repetiram a narrativa das quartas e venceram no tie-break. Na final, um pouco de tranquilidade. Contra os italianos Lupo e Nicolai, o “Mamute” e o “Mágico” saíram atrás nas primeiras bolas, mas, empurrados pela Arena de Copacabana completamente lotada, viraram ainda no primeiro set, venceram o segundo e conquistaram o ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro.

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