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Tóquio 2020

Chefe de missão argentina é suspenso após exaltar ditadura

Dirigente exaltou regime ditatorial em grupo no WhatsApp de líderes do esporte argentino

Diego Gusmán - Chefe de missão da Argentina
Diego Gusmán foi chefe de missão da Argentina em 2012 e 2016 (Foto: Divulgação/COA)

Chefe da missão da Argentina nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e Rio-2016, Diego Gusmán seria também o chefe da equipe do país para Tóquio, no ano que vem. No entanto, o dirigente foi suspenso do cargo após se envolver em uma enorme polêmica ao exaltar a ditadura argentina em um grupo do Whatapp, formado pelos principais líderes do esporte local.

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Segundo informações publicadas pelo jornal local Página 12, a situação ocorreu no último dia 24 de março. Nesta data, a Argentina comemora o “Dia da Memória e da Justiça”, em memória às vítimas do regime ditatorial no país, ocorrido entre 1976 e 1983.

Lembranças da ditadura militar

De acordo com os relatos divulgados na publicação, a polêmica havia começado quando o presidente da Federação Argentina de Xadrez publicou no grupo a divulgação de um evento que tinha como objetivo ressaltar a “memória, verdade e justiça da ditadura”.

Pouco tempo depois, Diego Gusmán respondeu a publicação com um vídeo de 2 minutos e 26 segundos com argumentos a favor da ditadura. Ele ressaltou que “na escola eles ensinam apenas uma parte da história”. A ação do chefe de missão do Comitê Olímpico Argentino (COA) gerou revolta de alguns dirigentes e elogios de uma outra parte. Eles não tiveram os nomes revelados.

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Cinco dos representantes que acabaram indignados com a ação de Gusmán se juntaram para realizar uma queixa formal exigindo uma forte reação do COA. Pouco tempo depois, o presidente da entidade, Gerardo Werthein, suspendeu o chefe de missão da Argentina de seu cargo na entidade. Ele utilizou as suas redes sociais para comentar a situação.

“No Comitê Olímpico Argentino que presido, não há espaço para aqueles que reivindicam como heróis os condenados pela Justiça por crimes contra a humanidade. A diversidade de opiniões não inclui tolerância a tais expressões inaceitáveis”, publicou.

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