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Olimpíada

Cinco músicas marcantes na história dos Jogos Olímpicos

Freddy Mercure, Tom Jobim, os Beatles e Whitney Houston figuram na lista preparada pelo OTD de canções que marcaram as Olimpíadas

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos é sempre um dos eventos mais aguardados pelos fãs de esportes. É comum ver um belo espetáculo audiovisual e pirotécnico, juntamente com o desfile dos principais atletas do planeta.

A música é um elemento marcante e um dos mais fundamentais para que o espetaculo aconteça. Resolvemos aproveitar esse período de quarentena para relembrar cinco músicas que marcaram os Jogos Olímpicos.

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BARCELONAFREDDY MERCURY E MONTSERRAT CABALLÉ

A música surgiu através de uma colaboração de Freddy Mercury, cantor britânico e vocalista do Queen, considerada uma das melhores bandas de todos os tempos, e da soprano espanhola Montserrat Caballé.

Freddy Mercury sempre foi um fã declarado de óperas, assim como da soprano espanhola. Em 1987, Caballé procurou o vocalista do Queen para lhe fazer um convite. Haviam pedido a ela, nativa de Barcelona, que ajudasse com a gravação de uma música que fortalecesse a candidatura da cidade para sediar os Jogos Olímpicos de 1992.

Mercury adorou a ideia e a parceria dos dois foi tão boa que ao invés de uma música, gravaram um álbum inteiro. Barcelona virou o tema oficial da candidatura espanhola aos Jogos e ajudou na escolha do Comitê Olímpico Internacional (COI).

A música foi um dos maiores sucessos da carreira solo de Mercury e atingiu o oitavo lugar nas paradas de singles do Reino Unido. Após a morte do cantor em 1991 e a realização dos Jogos Olímpicos um ano depois, a música voltou a subir nas paradas de sucesso mundiais.

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HEY JUDE – OS BEATLES

Uma das canções mais cultuadas em todos os tempos, Hey Jude foi composta por Paul McCarney em 1968 e eternizada pelos Beatles. A história está relacionada ao amigo de McCartney e companheiro de vocal na banda britânica, John Lennon, que estava se separando de sua mulher Cynthia Lennon à época.

Paul McCartney conta que foi fazer uma visita a Cynthia e seu filho Julian, por quem tinha bastante carinho e admiração, para dizer ao garoto que tudo ia ficar bem. No carro, compôs os primeiros versos pensando no que ia falar ao filho de Lennon: ‘ Hey Jules – don’t make it bad, take a sad song, and make it better…’. Mais tarde, mudou o nome para Jude, um personagem do filme Oklahoma!

A performance da música no final da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, certamente não é uma das melhores da carreira de Paul McCartney. Isso porque o ex-beatle se atrapalhou na hora da entrar e passou a impressão aos organizadores de que algo havia dado errado, forçando-os a colocar uma gravação ao fundo para os 60 mil espectadores no estádio e os bilhões ao redor do mundo.

Em entrevista após os Jogos, McCartney contou que gravou a música antes só para o caso de uma eventual tragédia, e que deveria cantar ao vivo por cima da gravação na hora. O cantor afirma que se distraiu com as badaladas do sino que ecoaram momentos antes marcando o início dos Jogos de 2012. Como resultado, as duas primeiras estrofes da música pareciam estar sob o efeito sonoro de um eco. Ainda assim, McCartney encantou a todos na sequência e fez muitos olhos se encherem de água após o coro do Estádio Olímpico no final.

GAROTA DE IPANEMATOM JOBIM E VINÍCIUS DE MORAIS

Outro clássico da música mundial, Garota de Ipanema foi escrita por Tom Jobim e letrada por Vinícius de Moraes em 1962 como uma homenagem da dupla boêmia residente no bairro de Ipanema a Helô Pinheiro, musa que sempre passava em frente aos músicos.

Na abertura da Rio 2016, Helô Pinheiro foi interpretada pela modelo Gisele Bundchen. Ao som da canção, a modelo encarou os 105 metros do campo do Maracanã na maior passarela de sua vida, diante de cerca de 60 mil pessoas nas arquibancadas e mais 3 bilhões assistindo pela TV ao redor do mundo. No piano, Daniel Jobim, neto do compositor, interpretou a canção.

O vestido de Gisele deixou rastros de luz no palco que transformaram-se em traços de obras famosas do arquiteto Oscar Niemeyer, como a igreja da Pampulha e a Catedral de Brasília.

ONE MOMENT IN TIME – WHITNEY HOUSTON

Uma das mais aclamadas músicas olímpicas pelos críticos. One Moment in Time é uma canção composta por Albert Hammond e John Bettis e interpretada por Whitney Houston para a abertura dos Jogos Olímpicos de Seul 1988, ocorridos na Coreia do Sul.

A letra fala sobre acreditar em si mesmo mesmo contra todas as apostas contra e o desejo dos atletas de passar por obstáculos que parecem impossíveis. Cantada ao vivo no Estádio Olímpico de Seul na voz de Whitney, inspirou muitos esportistas naquele verão de 1988.

O clipe da música foi lançado após a realização dos Jogos e conta com imagens da cerimônia de abertura e de alguns medalhistas. É possível também ver imagens da edição de Los Angeles-1984.

CHARIOTS OF FIRE – VANGELIS

Uma música que não foi produzida especificamente para os Jogos Olímpicos, mas sim para um filme que retrata uma história das Olimpíadas. Foi feita para a sequência de abertura do filme Carruagens de Fogo, de 1981, e chamada de “Títulos”, mas ficou tão atrelada a imagem da obra que foi rebatizada para “Carruagens de Fogo”.

O filme britânico de 1981 é um dos mais aclamados da história do cinema olímpico. Recebeu sete indicações ao Oscar e venceu três estatuetas, incluindo a de melhor filme.

A música instrumental virou referência dos Jogos Olímpicos. É comum ver veículos de mídia utilizando-a na cobertura do maior evento esportivo do mundo, ou até mesmo produtores de Hollywood colocando-a como parte das trilhas de seus filmes. Na Abertura da Olimpíada de 2012, a Orquestra Sinfônica de Londres performou-a ao vivo no Estádio Olímpico em uma sátira feita pelo comediante Rowan Atkinson, famoso por interpretar o personagem Mr Bean.

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