A menos de 200 dias dos Jogos Olímpicos, o Time Brasil entra na reta final de preparação para Tóquio 2020. Enquanto alguns atletas e equipes já estão garantidos no evento, outros ainda seguem em busca da classificação.
Mas, independentemente do estágio em que se encontram, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem na Ciência do Esporte uma importante aliada para atingir grandes resultados no Japão. Com o início da temporada, o Laboratório Olímpico, parte integrante do Centro de Treinamento Time Brasil, localizado no Parque Aquático Maria Lenk, Rio de Janeiro, é o local principal para as avaliações que nortearão o planejamento dos treinadores.
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Prova disso é o recorde de atletas que serão atendidos pelo Laboratório Olímpico do COB no primeiro mês do ano: 73, o que corresponde a um crescimento de 43% em relação a janeiro de 2019 (51 atletas). Considerando que parte deles precisa de, pelo menos, dois dias para finalizar os testes e avaliações, esse número se torna ainda mais expressivo: 131 atendimentos, de 11 modalidades.
“Acredito que, além do fator Tóquio 2020, os treinadores têm demonstrado cada vez maior interesse em receber esses dados e utilizar a ciência na preparação dos seus atletas. Eles sabem que a diferença para a conquista ou não de uma medalha vem dos detalhes. Então, eles querem todos os tipos de informações que possam trazer uma melhora de desempenho”, diz Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB, que comenta também o aumento no número de atendimentos: “vejo o Laboratório Olímpico colocando todos os seus profissionais, equipamentos e serviços à disposição, visando atender a maior quantidade de atletas possível e podendo contribuir com essa reta final de preparação.”
Outro aspecto que merece destaque é a presença cada vez maior de testes e avaliações do Laboratório Olímpico em ambientes externos, isto é, fora de suas dependências no Parque Aquático Maria Lenk e indo ao local de treinamento dos atletas.
Neste mês, parte da estrutura do Laboratório já foi levada à Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca, para atender ao marchador Caio Bonfim, e ao Clube da Aeronáutica, na Barra da Tijuca, para o camping de velocidade e barreiras, que reúne 12 atletas, como Paulo André, Alison dos Santos e Vitória Rosa. Ainda está prevista uma visita ao centro de treinamento da dupla Ágatha/Duda.
“A proposta do Laboratório é justamente essa, estar cada vez mais próximo do ambiente real de treinamento dos atletas, onde eles se sentem à vontade para realizar as avaliações. Isso torna os dados ainda mais fidedignos, permitindo que eles rendam o máximo”, explica Bichara.
Dentre os 73 atletas já atendidos pelo Laboratório Olímpico este mês, estão: Ana Marcela Cunha (maratonas aquáticas), Flávia Saraiva (ginástica artística), Jorge Zarif (vela), Martine Grael/Kahena Kunze (vela) e Bruno Schmidt/Evandro (vôlei de praia), todos garantidos em Tóquio 2020, além da Seleção Brasileira feminina de basquete, em preparação para o Pré-Olímpico. Ainda passarão pelo local em janeiro as seguintes modalidades: atletismo, boxe, levantamento de pesos, maratonas aquáticas, surfe, vela e vôlei de praia.