O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta quarta-feira, 30, aos presidentes das Confederações Brasileiras Olímpicas, a divisão dos repasses de recursos ordinários para investimento nas modalidades olímpicas para 2020.
Ao todo, R$ 120 milhões serão repassados para as 34 modalidades do Programa Olímpico, exceto o futebol. Este valor é o maior já investido desde a criação da antiga Lei Agnelo/Piva, em 2001, e representa um aumento de 10% em relação ao ano passado.
Para definir a distribuição, foram levados em consideração 12 critérios, sendo dez esportivos e dois administrativos. Para 2020, o COB elevou o peso do Programa Gestão Ética e Governança, que avalia as Confederações com base no seu nível de maturidade em gestão e governança, adotando como referência os principais guias de boas práticas de mercado.
“Procuramos ser os mais justos possíveis na distribuição dos recursos. Nossa intenção é mostrar que, quanto melhor a confederação utiliza seus recursos e mais resultados ela apresenta, mais condições terá de receber nos anos seguintes”, afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB.
“Os três pilares da gestão do COB aparecem na distribuição dos recursos. Transparência ao debater e mostrar os critérios utilizados para a definição da distribuição; meritocracia, mostrando que quem tiver melhores resultados e melhor governança receberá mais recursos; e austeridade, ao utilizar os recursos de forma mais eficiente”, completou o presidente.
Ainda este ano, a entidade anunciará a estimativa de arrecadação total da Lei das Loterias, que inclui além dos recursos ordinários, o orçamento para projetos extraordinários para a preparação das modalidades esportivas. Dentro deste escopo estarão investimentos diretos do COB em ações como o Programa de Preparação Olímpica, Missões Internacionais, Centro de Treinamento Time Brasil, Desenvolvimento Esportivo, Jogos Escolares da Juventude, Instituto Olímpico Brasileiro, área Cultural, entre outros.
O COB já trabalha com a projeção de maior arrecadação e investimento na história do esporte brasileiro. A estimativa é que mais de 85% da verba das loterias seja alocada diretamente em ações esportivas.
Em relação às cinco novas modalidades do programa olímpico, o COB adotará a mesma estratégia de 2018 e 2019. Assim, dos R$ 120 milhões que serão repassados diretamente às Confederações, cerca de R$ 8 milhões serão destinados especialmente para projetos de preparação de atletas e equipes de Beisebol/Softbol, Escalada Esportiva, Karatê, Skate e Surfe.
Distribuição por confederações em 2019
Atletismo – R$ 5.250.649,14
Badminton – R$ 2.895.562,47
Basquetebol – R$ 3.261.586,52
Beisebol/Softbol – 882.352,94
Boxe – R$ 5.289.381,84
Canoagem – R$ 5.375.700,44
Ciclismo – R$ 2.988.520,96
Desportos na Neve – R$ 2.817.958,74
Desportos no Gelo – R$ 2.611.292,10
Desportos Aquáticos – R$ 4.414.991,07
Escalada Esportiva – R$ 882.352,94
Esgrima – R$ 4.139.988,88
Ginástica – R$ 5.968.034,13
Golfe – R$ 2.794.719,12
Handebol – R$ 3.091.024,29
Hipismo – R$ 3.160.328,16
Hóquei sobre Grama – R$ 2.618.346,99
Judô – R$ 6.359.926,08
Karatê – R$ 882.352,94
Levantamento de Pesos – R$ 3.304.745,81
Pentatlo Moderno – R$ 2.854.893,14
Remo – R$ 2.831.238,52
Rugby – R$ 2.657.356,35
Skate – R$ 882.352,94
Surfe – R$ 882.352,94
Taekwondo – R$ 4.116.610,93
Tênis – R$ 3.400.194,26
Tênis de Mesa – R$ 3.205.562,43
Tiro com Arco – R$ 2.686.820,87
Tiro Esportivo – R$ 4.497.021,41
Triatlo – R$ 2.893.072,52
Vela – R$ 5.894.303,66
Voleibol – R$ 6.771.599,38
Wrestling – R$ 3.025.040,37