Faltando pouco mais de 10 meses para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) intensifica o trabalho de preparação das bases que receberão o Time Brasil, seja durante a aclimatação, seja durante o período de competição.
Por isso, 11 profissionais do COB realizarão a partir desta segunda-feira (23) uma série de vistorias nas oito bases no Japão, além de ajustar os serviços oferecidos antes e durante os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Haverá também todo o apoio à equipe masculina de vôlei, na cidade de Ota, de 25 a 29 de setembro, em preparação para a Copa do Mundo da modalidade.
“Estamos num momento em que já definimos todas as bases, fizemos diversos testes operacionais e agora precisamos detalhar as ações. A ideia é que cada área pegue as últimas informações localmente, junte a todos os feedbacks das modalidades que passaram pelas instalações até agora, e consolide um planejamento detalhado em termos de operação e infraestrutura nas bases”, disse Sebastian Pereira, gerente executivo de Alto Rendimento do COB.
A delegação passará por Saitama e Sagamihara, as duas maiores bases do Time Brasil para Tóquio 2020, Chiba, Enoshima, Hamamatsu, Ota, Koto e Chuo durante os nove dias que permanecerá em terras japonesas. A equipe do COB será liderada pela área de Jogos e Operações Internacionais, mas conta com integrantes das áreas de Planejamento e Desempenho Esportivo, Comunicação, Cultural e Marketing, entre outras. A arquiteta Daniela Polzin, ex-judoca olímpica, da gerência de Infraestrutura, também integra a comitiva, com o objetivo de otimizar os espaços que serão utilizados pela delegação brasileira.
“A área de Infraestrutura identificará as necessidades na Vila Olímpica e em cada base, sempre com um nível de serviço muito alto para nossos atletas. O objetivo é verificar se os espaços disponíveis atendem a todas as demandas e o que precisa ser adquirido para a montagem de cada um deles. Juntando as informações que já temos com a análise dos profissionais desta vistoria, tudo estará coberto. Antes e durante os Jogos Olímpicos a operação visa dar aos atletas a tranquilidade para se aclimatar, manter o foco e, posteriormente, consiga o seu melhor na competição”, completou Sebastian.
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Bases em Tóquio 2020
A maior base do Time Brasil durante os Jogos de Tóquio 2020 será na Universidade de Rikkyo, em Saitama. A previsão é de que cerca de 150 atletas de doze modalidades utilizem a instalação. Sagamihara deverá receber três modalidades e quase 90 atletas.
Hamamatsu será a base do judô, tênis de mesa e rúgbi feminino, além de ginástica rítmica e golfe que ainda buscam classificação. Enoshima será a casa da vela e Chiba receberá o surfe. Estão confirmados em Ota quatro modalidades: vôlei, handebol, tiro com arco e vôlei de praia. Koto será um local adicionou de treinamento do vôlei. E, por fim, Chuo será o centro de treinamento e recuperação dos atletas brasileiros.
Desde o ano passado, o Time Brasil já está treinando com frequência no Japão. Em 2018, seis diferentes modalidades testaram as bases no país. Em 2019, serão nove modalidades, incluindo o vôlei no mês de setembro e o handebol fechando o ciclo em novembro. Entre as ações que já foram realizadas este ano estão, por exemplo, as operações nos eventos-teste de judô, triatlo e vela no mês de agosto.
Para Tóquio 2020, além de toda estrutura para treinamento e recuperação dos atletas, o COB dará uma atenção especial à questão da alimentação. Em todas as bases de apoio do Time Brasil haverá culinária brasileira para que o atleta se sinta em casa no Japão. Um profissional brasileiro já atende as delegações brasileiras no país e lidera um processo de treinamento de cozinheiros japoneses.
O fuso horário é um dos principais fatores que está sendo levado em conta no planejamento do COB para os Jogos Olímpicos de 2020. O clima quente de Tóquio nesta época do ano é outro ponto de atenção que já está sendo trabalhado pelo COB. As oito bases de apoio do Time Brasil farão de Tóquio 2020 a operação mais complexa da história olímpica brasileira.