Após o escândalo envolvendo doping na Rússia, o país tornou crime a “facilitação do uso de substâncias”, aumentou a verba para testes preventivos e implementou aulas obrigatórias sobre medidas antidoping. Apesar de tudo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) deve punir o país em competições futuras, mesmo com o presidente Vladimir Putin tendo se comprometido a “trabalhar pelos princípios do esporte limpo”.
O presidente do COI, Thomas Bach, declarou, em entrevista ao The New York Times, que os russos parecem pensar que resolvendo os problemas para o futuro, o passado será esquecido. “Não podemos nos esquecer do que houve em Sochi. Temos que deixar claro que o que houve no passado tem que ser punido”, afirmou.
O COI implementou duas comissões para estudar o caso da Rússia e o Bach tem esperanças de que o assunto seja resolvido até outubro, quando começam as competições de classificação para os Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, na Coréia do Sul. “Para chegar à punição correta, temos que descobrir quão profundo o sistema de manipulação se estabeleceu”, disse Bach.
Após Grigory Rodchenkov, antigo chefe do departamento antidoping da Rússia, denunciar como o país burlava os testes de drogas, vários atletas perderam suas medalhas dos jogos de verão de 2008 e 2012. Em 2016, diversos atletas não puderam competir. Entretanto, as medalhas dos Jogos de Inverno continuam intocadas.