Na tarde desta terça-feira (11), um evento em São Paulo foi promovido para anunciar a parceria entre a empresa social Sigo Esporte e o Instituto Esporte & Educação, em medida que visa o financiamento e crescimento das modalidades esportivas do Brasil com a contribuição de torcedores. O encontro contou com a presença de diversos atletas olímpicos brasileiros, como Diego Hypólito, Poliana Okimoto e Maurren Maggi.
A ideia principal do projeto conjunto consiste em desenvolver melhores condições para que os esportistas evoluam com maiores garantias na carreira. Além disso, as instituições também querem colocar fãs, admiradores e seguidores em contato direto com os principais nomes do esporte no país. Desta maneira, uma plataforma virtual foi criada para mediar a interação. Através de um pagamento mensal de R$29,00, que será convertido em contribuição totalmente direta para o atleta, o usuário do aplicativo terá benefícios.
Ana Moser, presidente do Instituto Esporte & Educação e ex-jogadora de vôlei, também sabe das dificuldades que a equipe irá enfrentar, já que envolve questões sociais. “A gente tem uma população que pratica pouco esporte e atividade física. Como é que mudamos essa realidade? Tem uma questão de ampliação de acesso para as pessoas em termos de colocar na rotina, sendo acessível financeiramente. A proposta do aplicativo é um caminho muito interessante e novo de criar esse ecossistema. A ideia do Sigo Esporte é juntar pessoas virtualmente com um propósito que se reverta em mudança da realidade prática, no mundo real. Viabilização financeira, para fazer com que o dinheiro circule dentro da plataforma e percorra um caminho que acabe favorecendo o atleta na ponta”, afirmou a terceira colocada em Atlanta 1996.
Buscando maiores oportunidades para os jovens, iniciativa foi bem vista pelos atletas. “Temos tantas ideias no nosso país, mas que muitas vezes são pouco concretizadas. Tem pouco incentivo ainda para o esporte. Uma plataforma que tem o objetivo da união do esporte, temos que incentivar independentemente de qual patrocínio a gente tenha, de qual situação a gente tenha. Eu vim como um incentivador para que isso dê certo. O esporte é inclusão social, o esporte é uma profissão. Temos que trazer pessoas sérias, com credibilidade, para que a plataforma ganhe cada vez mais força”, avaliou o ginasta Diego Hypólito, medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.
“A partir do momento que você tem um projeto que o intuito é, de certa forma, fomentar o esporte em todos os níveis e envolver tecnologia, não sabemos onde isso vai parar. Como a ideia central é realmente ajudar o esporte, de repente fazer com que o esporte se auto-financie por meio da iniciativa privada e da própria comunidade esportiva, devemos tentar”, ponderou Leandro Guilheiro, judoca duas vezes medalhista de bronze Olimpíadas.
Após a apresentação, o uruguaio Ignácio Aloise, fundador da Sigo Esporte e diretor da Federação Internacional de Judô, colocou em pauta a expectativa dos idealizadores do programa para o futuro próximo. “A plataforma prevê que tenhamos 100 milhões de esportistas engajados até dezembro de 2022. Os jovens atletas terão uma ferramenta que irá permitir construir uma economia, além de fornecer uma plataforma de comunicação para divulgar resultados. E comunicar de forma democrática. Não importa se foi um medalhista olímpico ou um esportista que está inciando. Todos vão ter o mesmo espaço para comunicar através da plataforma”, garantiu.
