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Olimpíada

Time Brasil é avaliado no Laboratório Olímpico

Ciência e tecnologia são ferramentas essenciais para o apoiar o planejamento dos treinadores em busca de vagas para Tóquio 2020

Daniel Varsano/ COB

O Laboratório Olímpico do COB está a todo vapor. Neste início de temporada pré-olímpica, o espaço localizado no Centro de Treinamento Time Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk, vem recebendo atletas de diversas modalidades e fornecendo informações essenciais para o planejamento dos treinadores. Nesta quinta-feira, dia 21, por exemplo, enquanto as campeãs mundiais de vôlei de praia Agatha e Duda coletavam sangue na bioquímica, o segundo colocado no ranking mundial de ciclismo mountain bike Henrique Avancini se consultava com uma psicóloga do Time Brasil. Já o velocista Aldemir Gomes passava por uma bateria de avaliações biomecânicas. Capitaneados pela campeã mundial Etiene Medeiros, a equipe de natação do clube paulista Sesi também usufruía da estrutura de ponta oferecida pelo COB aos atletas olímpicos do Brasil. Somente em 2019, 78 atletas do Time Brasil já foram atendidos pelos profissionais do COB no espaço.

Os atletas aprovam o uso da tecnologia e da ciência em busca de seu desenvolvimento esportivo e elogiam a estrutura de alto nível oferecida pelo COB. “Eu já visitei muitos centros de treinamento ao redor do mundo e hoje eu sinto orgulho de ter o que a gente tem ao nosso alcance, na nossa casa. A gente se sente valorizado quando entra aqui e vê todo esse aparato físico e humano. Traz uma certa carga de motivação e segurança para realizar o meu trabalho. Isso é muito importante para o nosso desenvolvimento de alto rendimento.”, destacou Henrique Avancini, eleito o Atleta da Torcida no último Prêmio Brasil Olímpico, que já usou as áreas médica, bioquímica e fisiológica da estrutura. “O uso da ciência na minha preparação me trouxe muitos ganhos dentro e fora das pistas”, completou o ciclista de 30 anos, brasileiro melhor colocado no ranking na história da modalidade.

Além das avaliações dentro do laboratório, os especialistas de Ciências do Esporte do COB também realizam ações externas. Em 2018, foram feitas 393 avaliações deste tipo. Em 2019, a canoagem velocidade, em Lagoa Santa (MG). A próxima será o atletismo. Entre os dias 9 e 16 de março, 27 atletas do atletismo serão testados no Centro Nacional de Desenvolvimento da Confederação Brasileira de Atletismo.

O vôlei de praia, de Duda Lisboa, é outra das modalidades acompanhadas no campo de jogo. A atleta, que está em busca de sua primeira participação olímpica, garante que tem percebido evolução e resultados práticos em sua performance. “Para mim é uma experiência incrível. O resultado é muito bom. Faço hoje o que preciso para amanhã. Eles sempre dão feedback de como a gente está, o que precisa na alimentação, o que está faltando no sangue. Eles olham tudo, do cabelo à unha do pé. E isso é muito importante para nossa comissão técnica”, considerou a atleta.

Um dos legados dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Laboratório Olímpico do COB está em pleno funcionamento desde 2017. No ano passado foram realizadas 2256 ações de avaliações para um total de 325 atletas de 16 confederações diferentes. O objetivo do COB é que até Tóquio 2020 todas as Confederações Brasileiras Olímpicas tenham sido atendidas pelo laboratório.

O Laboratório Olímpico do COB é dividido em sete especialidades: fisiologia, bioquímica/ nutrição, preparação física, medicina, fisioterapia, biomecânica e preparação mental. O seu principal diferencial é agrupar diversas especialidades no mesmo espaço físico. Isso facilita a troca de informações e a logística das avalições.

O Laboratório Olímpico é usado como uma ferramenta para ajudar no planejamento dos treinadores. Em preparação para um ano de competições importantes, como o Campeonato Mundial e os Jogos Pan-americanos, o carioca Aldemir Gomes, especialista nos 200m, é outro que considera a ciência fundamental para sua melhor performance. “Quanto mais controle você tem da sua performance e do seu corpo, é mais fácil você trabalhar durante o ano. Como vai ser um ano duro, com muitas competições fortes, a gente precisa ter controle da nossa capacidade física, do quanto ela pode durar até o fim da temporada. Então, quanto mais controles, quanto mais testes, nos ajuda a ter essa base de até onde a gente vai. Performance é a luta na pista com a ciência trabalhando por trás”, enfatizou o campeão do último Troféu Brasil de atletismo nos 200m.

Além do Laboratório Olímpico, o Centro de Treinamento Time Brasil conta com as piscinas de natação e de saltos ornamentais, Sala de Esportes de Combate, Sala de Força e Condicionamento, Sala de Descanso, Sala de Avaliação, e o CT de Ginástica Artística.

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