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Olimpíada

Prêmio Brasil Olímpico celebrará Melhores Atletas de 2018

Ana Marcela, Ana Sátila e Marta, no feminino, e Gabriel Medina, Isaquias Queiroz e Pedro Barros, no masculino, concorrem ao prêmio. Votação para o Atleta da Torcida está aberta

Divulgação/COB

Tudo pronto para a noite de gala do esporte brasileiro. Nesta terça, dia 18, a partir das 20h, serão conhecidos os Melhores Atletas de 2018 e o Atleta da Torcida, durante a vigésima edição do Prêmio Brasil Olímpico (PBO), organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro.

Ana Marcela (maratona aquática), Ana Sátila (canoagem slalom) e Marta (futebol), no feminino, e Gabriel Medina (surfe), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) e Pedro Barros (skate), no masculino, concorrem ao prêmio de Melhor do Ano.

Já Ágatha e Duda (vôlei de praia), Arthur Zanetti (ginástica artística), Bruno Fratus (natação), Bruno Rezende (vôlei), Eduarda Amorim (handebol), Érika Miranda (judô), Gabriel Medina (surfe), Henrique Avancini (ciclismo mountain bike), Letícia Bufoni (skate) e Marta (futebol) disputam ao Troféu Atleta da Torcida definido no voto popular. A votação só será encerrada durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico e pode ser feita através do site.

Hall da Fama – As homenagens aos ídolos que fazem parte da história do esporte olímpico brasileiro começam antes mesmo da cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico. Às 18h30, o COB lança o seu Hall da Fama. Os primeiros a deixarem suas marcas serão Torben Grael, da Vela, maior medalhista olímpico do Brasil; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva, do Vôlei de Praia, primeiras brasileiras a ganharem ouro nos Jogos; e Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do COI. A homenagem anual será feita a personagens que contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o olimpismo e inspirando novas gerações.

Haverá ainda outras premiações já definidas e que serão entregues durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico. O Troféu Adhemar Ferreira da Silva será entregue a Jackie Silva, do vôlei de praia. Primeira medalhista olímpica do esporte feminino brasileiro, com o ouro nos Jogos Olímpicos de Atlanta 96, ao lado de Sandra Pires, será homenageada por representar por valores como coragem, espírito de liderança e eficiência

Renan Dal Zotto, comandante da seleção masculina de vôlei vice-campeã mundial na temporada, e Fernando Possenti, técnico da nadadora Ana Marcela Cunha, ouro na Copa do Mundo de Maratona Aquática em 2018, foram escolhidos os Melhores Técnicos do Ano. Este ano, a premiação recordará o legado de dois grandes líderes do esporte nacional, falecidos recentemente. O Troféu de Melhor Técnico Individual terá o nome de Troféu Jesus Morlán e será entregue a Possenti pelos canoístas Isaquias Queiroz e Erlon Souza. Já o Troféu de Melhor Técnico de Esportes Coletivos será chamado Troféu Bebeto de Freitas. Renan receberá o troféu das mãos de Jorge Barros, o Jorjão, auxiliar técnico de Bebeto durante grande parte de sua carreira.

Geraldo Bernardes receberá o Troféu COI que, em 2018, teve o tema “Olimpismo em ação”. O treinador de judô é mentor da campeã olímpica Rafaela Silva e de Flávio Canto, bronze em Atenas 2004, criou o Instituto Reação que já atendeu mais de quatro mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, e orientou os judocas refugiados, Yolande Bikasa e Popole Misenga, na Rio 2016.

O PBO 2018 terá ainda uma homenagem aos medalhistas nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018 e premiará os melhores do ano em 51 modalidades olímpicas.

Confira as conquistas daqueles que concorrem ao troféu de Melhor Atleta do Ano:

Ana Marcela Cunha – Em 2018, Ana Marcela Cunha conquistou o tetracampeonato do Circuito Mundial de Maratonas Aquáticas. Ao longo do ano, a baiana de 26 anos venceu duas etapas da competição, em Belafontured, na Hungria, e em St Lac Jean, no Canadá; além de um segundo lugar na etapa de Victoria, em Seychelles; e duas provas como terceiro em Chun’an, na China, e em Abu Dhabi. Antes, Ana Marcela já havia vencido nas temporadas de 2010, 2012 e 2014. Vencedora do Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta do Ano em 2016, Ana Marcela ainda dominou o Campeonato Sul-americano com três medalhas de ouro e garantiu a vaga do Brasil nos Jogos Pan-americanos Lima 2019.

Ana Sátila – A brasileira Ana Sátila ficou na sexta colocação no C1 no Campeonato Mundial de canoagem slalom, no Parque Radical de Deodoro, no Rio de Janeiro, em setembro. Na prova, que faz parte do Programa Olímpico de Tóquio 2020, a jovem de 22 anos ficou ainda com o bronze nas etapas da Copa do Mundo da Cracóvia (POL) e de Augsburg (ALE), ambas em julho. Ela ainda conquistou um ouro inédito na prova do programa pan-americano K1 Extremo no Mundial de canoagem slalom.

Marta – Marta entrou de vez para a história do futebol ao vencer seu sexto prêmio de melhor jogadora do mundo da Fifa, em cerimônia realizada em Londres, em setembro. A atacante da Seleção Brasileira liderou o Brasil na conquista a Copa América, vencendo todos os seis jogos. Ela ainda marcou 13 gols e deu seis assistências pelo Orlando Pride, nos Estados Unidos, ajudando sua equipe ir para os playoffs. Com o troféu, a brasileira de Dois Riachos (AL) tornou-se recordista em número de prêmios individuais, tanto entre homens quanto entre mulheres – Cristiano Ronaldo e Messi, seus concorrentes, têm cinco cada.

Isaquias Queiroz – Vencedor do Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta do Ano em 2015 e 2016, o baiano Isaquias Queiroz manteve o alto nível em 2018. Na principal competição do ano, o pupilo de Jesus Morlán, que faleceu em novembro, conquistou mais três medalhas em Campeonatos Mundiais, chegando a dez na história da competição. Em Montemor-o-Velho, conquistou o ouro no C1 500m e no C2 500 metros, ao lado de Erlon Souza, e o bronze na prova olímpica de C1 1000m.

Gabriel Medina – Atual líder do ranking mundial, Gabriel Medina revolucionou o mundo do surfe desde que surgiu entre os profissionais. Primeiro brasileiro campeão mundial, o paulista de Maresias venceu as etapas do Taiti, na praia de Teahupoo, e a da inédita etapa na piscina de ondas artificiais Surf Ranch Pro, em Lemoore, na Califórnia. O brasileiro foi ainda o terceiro colocado Bells Beach (Austrália), França e Portugal e quinto no Rio e em Bali. Agora, disputa a etapa do Havaí com muitas chances de um histórico bicampeonato mundial para o surfe brasileiro.

Pedro Barros – Pedro Barros entrou para a história do skate ao conquistar o Mundial de Park, disputado em novembro em Nanquim, China, o primeiro realizado pela World Skate, federação internacional responsável pelo esporte desde que se tornou olímpico. O skatista, de 23 anos, natural de Florianópolis, que já era hexacampeão mundial, ainda faturou em 2018 as etapas de Florianópolis do Circuito Nacional, o Skate Park Internacional e a etapa de Vancouver do Circuito Mundial, além das pratas nas etapas de Huntington e de Suzhou e bronze na de Malmo.

Confira o perfil dos atletas que concorrem ao troféu Atleta da Torcida:

Ágatha e Duda (vôlei de praia)
Ágatha e Duda estão juntas apenas desde 2017, mas já são uma das duplas mais fortes do mundo. Em 2018, a curitibana e a sergipana dominaram o Circuito Mundial. O título da temporada veio após serem campeãs da etapa de Itapema (Brasil), vice-campeãs da etapa de Moscou (Rússia) e terceiras colocadas da etapa de Varsóvia (Polônia). O resultado transformou Duda na atleta mais jovem a conquistar o título do Circuito Mundial, com 20 anos. Em agosto, entraram para a história ao conquistarem o título do World Tour Finals, torneio que reuniu as dez melhores duplas do mundo, em Hamburgo (ALE), e pagou a maior premiação de todos os tempos na modalidade. No Circuito Brasileiro, foram campeãs das etapas de Natal (RN) e João Pessoa (PB), vice-campeã da etapa de Fortaleza (CE) e terceira colocada da etapa de Itapema (SC) do Circuito Brasileiro 2017/2018

Arthur Zanetti (ginástica artística)
O campeão olímpico em Londres 2012 e prata no Rio 2016 voltou ao pódio em Campeonatos Mundiais, em 2018, depois de duas edições sem medalhas. Em Doha, Zanetti ficou com a medalha de prata nas argolas. Esta foi a quarta medalha do paulista de 28 anos em Mundiais. Nos Jogos Sul-americanos de Cochabamba, Zanetti confirmou a hegemonia continental nas argolas e ficou com o ouro.

Bruno Fratus (natação)
O especialista nos 50m livre começou o ano com tudo. No Troféu Maria Lenk, em abril, fez o segundo melhor tempo do mundo no ano (21s35). No meio do ano, dominou a prova no Circuito Mare Nostrum. Foram três medalhas de ouro consecutivas, em Canet, na França, Barcelona, na Espanha, e Mônaco. Em julho, uma lesão no ombro, o tirou da competição mais importante do ano, o Campeonato Pan-Pacífico, onde iria tentar defender a medalha de ouro obtida na prova dos 50 metros livre na edição passada, em Gold Coast, na Austrália, em 2014.

Bruno Rezende (vôlei)
O carioca Bruno Mossa de Rezende, 32 anos, mais conhecido como Bruno ou Bruninho, é filho dos ex-jogadores de vôlei Bernardinho e Vera Mossa. Para estar na seleção brasileira, teve que superar a desconfiança por ser filho do então técnico da equipe. O ouro nos Jogos Rio 2016 dizimou qualquer dúvida e ainda o colocou no patamar dos maiores levantadores do mundo e dos maiores ídolos do voleibol nacional. Em 2018, foi um dos destaques da seleção, ao lado do ponteiro Douglas Souza e do central Lucão, que chegou à 5ª final de Mundial consecutiva, a primeira na era pós-Bernardinho, mas foi derrotada pela Polônia, ficando com a prata. O Modena, atual clube de Bruninho, segue na luta pelo título do Campeonato Italiano, um dos mais fortes do mundo, da temporada 18/19 ocupando atualmente a terceira colocação, a mesma em que terminou a temporada 17/18.

Eduarda Amorim (handebol)
Uma das mais vitoriosas atletas da história do handebol brasileiro, a catarinense Duda Amorim foi considerada em 2018 a melhor jogadora de defesa do mundo por um dos principais sites sobre handebol, o Handball Planet. Em 2018, Duda se sagrou tetracampeã da Liga dos Campeões, com a equipe de Gyori, da Hungria.

Érika Miranda (judô)
Érika de Souza Miranda anunciou no início de novembro a sua aposentadoria dos tatames. Considerada a “capitã” da geração mais vencedora do judô feminino brasileiro quem as campeãs olímpicas Sarah Menezes e Rafaela Silva entre as representantes, a brasiliense conquistou a quinta medalha consecutiva em Mundiais em 2018, tornando-se, ao lado de Mayra Aguiar, a judoca brasileira com maior número de medalhas em torneios desse nível. Aos 31 anos, a brasiliense se manteve consistente nas etapas do Circuito Mundial da Federação Internacional de Judô, disputando medalhas em três das quatro competições que disputou pela seleção brasileira no ano. A consistência de resultados fez com que Érika se mantivesse entre os quatro melhores do mundo em sua categoria, o meio-leve feminino (52kg), durante todo o ano de 2018.

Gabriel Medina (surfe)
Atual líder do ranking mundial, Gabriel Medina revolucionou o mundo do surfe desde que surgiu entre os profissionais. Primeiro brasileiro campeão mundial, o paulista de Maresias venceu as etapas do Taiti, na praia de Teahupoo, e a da inédita etapa na piscina de ondas artificiais Surf Ranch Pro, em Lemoore, na Califórnia. O brasileiro foi ainda o terceiro colocado Bells Beach (Austrália), França e Portugal e quinto no Rio e em Bali. Agora, disputa a etapa do Havaí com muitas chances de um histórico bicampeonato mundial para o surfe brasileiro.

Henrique Avancini (ciclismo mountain bike)
Nascido em Petrópolis (RJ), Henrique Avancini fez de 2018 seu melhor ano desde que começou a pedalar, duas décadas atrás. Em agosto, entrou para a história ao conquistar o título mundial de mountain bike maratona. Também conseguiu o segundo posto no ranking masculino de mountain bike da União Ciclística Internacional (UCI) e o 4º lugar geral do campeonato mundial de Cross-Country (XCO), a modalidade olímpica do esporte – três feitos inéditos na história do ciclismo brasileiro. em outubro, ganhou mais uma edição da ultramaratona Brasil Ride, na Bahia, coroando um ano espetacular.

Letícia Bufoni (skate)
Aos 25 anos, Letícia Bufoni pode ser considerada um dos maiores nomes do skate brasileiro no mundo. A skatista começou a praticar a modalidade na Vila Matilde, zona Leste da cidade de São Paulo, aos 9 anos. Mesmo com a resistência do pai, o desempenho da atleta a fez se mudar em 2007, com 14 anos, para Los Angeles, onde se profissionalizou e mora até hoje. Especialista no street, em 2018 conquistou o ouro na primeira edição do International Skateboarding Open, em Nanquim (CHN), e no X Games de Oslo (NOR) e a prata no street do X Games de Sydney (AUS). Fechou o ano em grande estilo com o título do STU Open, última etapa do Circuito Brasileiro.

Marta (futebol)
Marta entrou de vez para a história do futebol ao vencer seu sexto prêmio de melhor jogadora do mundo da Fifa, em cerimônia realizada em Londres, em setembro. A atacante da Seleção Brasileira liderou o Brasil na conquista a Copa América, vencendo todos os seis jogos. Ela ainda marcou 13 gols e deu seis assistências pelo Orlando Pride, nos Estados Unidos, ajudando sua equipe ir para os playoffs. Com o troféu, a brasileira de Dois Riachos (AL) tornou-se recordista em número de prêmios individuais, tanto entre homens quanto entre mulheres – Cristiano Ronaldo e Messi, seus concorrentes, têm cinco cada.

Conheça os vencedores em cada modalidade do Prêmio Brasil Olímpico 2018:

Atletismo: Darlan Romani
Badminton: Ygor Coelho
Basquete: Yago Mateus
Basquete 3×3: Luiz Felipe Soriani
Beisebol: Felipe Burin
Boxe: Beatriz Ferreira
Canoagem Slalom: Ana Sátila
Canoagem Velocidade: Isaquias Queiroz
Ciclismo BMX (Freestyle): Leandro Neto
Ciclismo BMX (Racing): Anderson Ezequiel de Souza Filho (Andinho)
Ciclismo Estrada: Vinicius Rangel Costa
Ciclismo Mountain Bike: Henrique Avancini
Ciclismo Pista: Kacio Fonseca da Silva Freitas
Desportos na Neve: Jaqueline Mourão
Desportos no Gelo: Isadora Williams
Escalada Esportiva: Thais Makino Shiraiwa
Esgrima: Alexandre Camargo
Futebol: Marta Silva
Ginástica Artística: Arthur Zanetti
Ginástica Trampolim: Camilla Gomes
Ginástica Rítmica: Natália Gaudio
Golfe: Luiza Altmann
Handebol: Eduarda Amorim
Hipismo adestramento: João Victor Oliva
Hipismo CCE: Márcio Carvalho Jorge
Hipismo saltos: Pedro Veniss
Hóquei sobre grama: Rodrigo Faustino
Judô: Érika Miranda
Karatê: Vinicius Figueira
Levantamento de pesos: Fernando Saraiva Reis
Maratona Aquática: Ana Marcela Cunha
Nado Artístico: Maria Clara Lobo
Natação: Revezamento (Pedro Spajari /Gabriel Santos/Marcelo Chierighini/Marco Antonio Ferreira Junior)
Pentatlo moderno: Maria Iêda Guimarães
Polo Aquático: Gustavo Guimarães
Remo: Uncas Tales Batista
Rugby: Bianca dos Santos Silva
Saltos Ornamentais: Ingrid de Oliveira
Skate: Pedro Barros
Softbol: Fernanda Ayumi Missaki
Surfe: Gabriel Medina
Taekwondo: Edival Pontes (Netinho)
Tênis: Marcelo Melo
Tênis de mesa: Hugo Calderano
Tiro com arco: Marcus Vinícius D´Almeida
Tiro esportivo: Julio Almeida
Triatlo: Manoel Messias
Vela: Martine Grael e Kahena Kunze
Vôlei: Douglas Souza
Vôlei de praia: Agatha Bednarczuk / Duda Lisboa

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