O Comitê Olímpico do Brasil (COB) lança o seu Hall da Fama durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, no próximo dia 18. Os primeiros atletas que deixarão suas marcas eternizadas, a partir das 18h30, serão Torben Grael (vela), dono de cinco medalhas olímpicas; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia), primeiras mulheres brasileiras a ganharem ouro nos Jogos; e Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Comitê Olímpico Internacional. Festa de gala do esporte brasileiro, o Prêmio Brasil Olímpico será realizado no Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro.
“Fico muito feliz em fazer parte do Hall da Fama. É um reconhecimento muito grande por parte do COB. Poder fazer parte desse seleto grupo me deixa muito feliz. Tenho que agradecer a Deus, ao esporte e ao COB por fazer isso por mim e pelos outros atletas”, disse Vanderlei Cordeiro de Lima.
“Recebo com muito orgulho a distinção de fazer parte do Hall da fama do COB. Como um dos maiores atletas olímpicos do meu país, fico muito contente por receber tal reconhecimento”, celebrou Torben Grael.
“É fantástico ser homenageada. O esporte me preparou para a vida e sou muito agradecida a ele. Espero que a minha história e dos demais homenageados possa servir de inspiração para as novas gerações e desperte nos jovens atletas o desejo de também chegarem ao Hall da Fama do COB um dia”, destacou Sandra Pires.
“É importantíssimo o COB ter um Hall da Fama e ser escolhida para inaugurá-lo é um marco para minha carreira. É muito importante para todos, principalmente para os mais jovens, que não puderam acompanhar o início da minha carreira e dos demais atletas e vão poder conhecer um pouco mais da nossa história”, comentou Jackie Silva.
A homenagem anual será feita a personagens que contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações. Haverá um mural no Parque Aquático Maria Lenk onde os moldes das mãos ou pés dos homenageados ficarão disponíveis à visitação.
Também será criado um espaço virtual dentro do site oficial do COB, com o perfil de cada um dos homenageados, as conquistas, fotos e vídeos, incluindo imagens do dia em que deixaram as marcas. Nesse espaço, a torcida poderá deixar mensagens para os ídolos. Os vídeos também poderão ser vistos através do QR Code que cada peça receberá antes de ser exposta.
Anualmente, o Comitê Executivo do COB indicará novos nomes que deverão corresponder aos seguintes critérios:
– O atleta deve ter, no mínimo, cinco anos de aposentadoria e ter participações relevantes em Jogos Pan-Americanos ou Olímpicos;
– Os técnicos devem ter, no mínimo, 10 anos atuando no alto rendimento e ter contribuído para participações relevantes em Jogos Pan-Americanos ou Olímpicos;
– Ter promovido o olimpismo, vivenciando ao longo da carreira os valores olímpicos de respeito, coragem, igualdade, determinação, superação e busca por excelência, servindo de inspiração para as novas gerações.
“Fico muito feliz por dar mais um passo para a valorização dos ídolos do esporte olímpico brasileiro com a criação do Hall da Fama do COB. Valorizar a memória é investir em novas conquistas. Tenho certeza que as histórias de vida de Torben, Vanderlei, Jackie e Sandra serão inspiração para novas gerações de atletas”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley.
Prêmio Brasil Olímpico
O PBO irá homenagear também outros personagens. Ana Marcela, Ana Sátila e Marta, no feminino, e Gabriel Medina, Isaquias Queiroz e Pedro Barros, no masculino, concorrem ao prêmio de Melhor Atleta do Ano em 2018.
Já Ágatha e Duda (vôlei de praia), Arthur Zanetti (ginástica artística), Bruno Fratus (natação), Bruno Rezende (vôlei), Eduarda Amorim (handebol), Érika Miranda (judô), Gabriel Medina (surfe), Henrique Avancini (ciclismo mountain bike), Letícia Bufoni (skate) e Marta (futebol) concorrem ao Troféu Atleta da Torcida. A votação só será encerrada durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico.
O Troféu Adhemar Ferreira da Silva será entregue a Jackie Silva, do vôlei de praia. Primeira medalhista olímpica do esporte feminino brasileiro, com o ouro nos Jogos Olímpicos de Atlanta 96, ao lado de Sandra Pires, será homenageada por representar por valores como coragem, espírito de liderança e eficiência
Renan Dal Zotto, comandante da seleção masculina de vôlei, vice-campeã mundial na temporada, e Fernando Possenti, técnico da nadadora Ana Marcela Cunha, ouro na Copa do Mundo de Maratona Aquática em 2018, foram escolhidos os Melhores Técnicos do Ano. Este ano, a premiação recordará o legado de dois grandes líderes do esporte nacional, falecidos recentemente. O Troféu de Melhor Técnico Individual terá o nome de Troféu Jesus Morlán e será entregue a Possenti pelos canoístas Isaquias Queiroz e Erlon Souza. Já o Troféu de Melhor Técnico de Esportes Coletivos será chamado Troféu Bebeto de Freitas.
Geraldo Bernardes receberá o Troféu COI que, em 2018, teve o tema “Olimpismo em ação”. O treinador de judô é mentor da campeã olímpica Rafaela Silva e de Flávio Canto, bronze em Atenas 2004, criou o Instituto Reação que já atendeu mais de quatro mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, e orientou os judocas refugiados, Yolande Bikasa e Popole Misenga, na Rio 2016.
O Prêmio Brasil Olímpico 2018 terá ainda uma homenagem aos medalhistas nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018 e premiará os melhores do ano nas 51 modalidades olímpicas.