Quando o Time Nissan 2.0 foi montado em 2017, as premissas eram de diversidade e igualdade. Por conta disso, foram convidados a fazer parte seis atletas olímpicos e o mesmo número de paralímpicos e também igual quantidade entre homens e mulheres. “A gente tem combatentes, a gente tem seres humanos de todos os quadros. Temos olímpicos e temos paralímpicos. Mas além dessa diversidade, tem homem e tem mulher, tem negro e tem branco, tem careca e com cabelo, temos gays e temos héteros. A diversidade do Time Nissan é um exemplo”, acredita Caio Ribeiro, da paracanoagem. “O esporte não se importa se você é alto ou baixo, gordo ou magro, mulher ou homem, onde você mora, o que você gosta de comer… O esporte não está nem aí para isso. O esporte é para todo mundo”, completa Verônica Hipólito, do atletismo paralímpico.
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Em contato permanente por conta de um grupo no WhatsApp, os atletas fazem de tudo para estar próximos e torcer um pelos outros. Tudo isso tornou o Time Nissan 2.0, um exemplo de amizade, além de igualdade e diversidade. “O que eu percebo no time é que todo mundo se diverte com o esporte. É por isso que a gente vê o sorriso no rosto de Ágatha e da Duda o tempo todo, em todos os momentos, a cada ponto. É por isso que a gente comemora como se não houvesse amanhã quando o Renato consegue voltar depois de uma cirurgia ou de uma lesão. É por isso que fica todo mundo gritando pelo Ygor. É por isso que todo mundo comemora com o Petrúcio quando ele se tornou o homem mais rápido do mundo e com todos os outros do time. A gente está sempre lá”, explica Verônica Hipólito. “A medida que a gente ia se classificando para Tóquio, todo mundo do Time Nissan comemorava junto. Todo mundo comemora junto quando sai uma vaga olímpica ou uma medalha”, conta Hugo Calderano, do tênis de mesa.
Mas a amizade não se fortaleceu apenas nos momentos de comemoração, mas principalmente nos momentos de dificuldade. “Nos piores momentos e nos melhores momentos, dá força um pro outro. Há oito meses eu passei por uma cirurgia e o Time Nissan me levantou. É realmente espírito de família”, acredita Ygor Coelho, do badminton.
“Nos momentos difíceis, eu recebia mensagem me lembrando de que sou uma pessoa forte para eu não desistir porque se eu desistisse, muita gente iria desistir também. É uma troca muito forte entre a gente e muito importante. É diferente você receber o elogio de uma pessoa que te inspira do que de uma pessoa “normal”. Então é muito bacana saber que nos meus momentos difíceis, eles estavam torcendo por mim”, conta Susana Schnarndorf.
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“O Time Nissan é um exemplo. Um exemplo não só aqui no Brasil, mas no mundo. Além de ser uma equipe de grandes atletas de alto rendimento, é uma grande família”, afirma Clodoaldo Silva, ex-nadador paralímpico e mentor do Time Nissan 2.0. “É uma amizade que a gente vai levar, além do esporte, para a vida”, encerra Duda Lisboa, do vôlei de praia.