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Do medo aos Jogos: como o Time Nissan atravessou a pandemia

Após o susto pelo adiamento e o medo de um possível cancelamento dos Jogos, atletas do Time Nissan contam como atravessaram a pandemia até chegar a Tóquio

Faltavam menos de quatro meses para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos quando o cancelamento por causa da pandemia foi anunciado. O medo abateu todo o Time Nissan, mas logo veio a esperança. Com o respaldo do patrocínio da empresa, no entanto, os atletas se juntaram ainda mais e se ajudaram a vencer os momentos mais difíceis para não deixar escapar o foco de chegar em Tóquio em 2021.

“Eu lembro que eu estava num treinamento, quando todo mundo se reuniu dizendo que realmente a Olimpíada ia ser adiada ou cancelada. Deu muito medo do meu sonho se acabar ou de eu não poder mais realizar o sonho de jogar uma Olimpíada”, conta Duda, do vôlei de praia, que vai disputar pela primeira vez os Jogos em 2021. “Foi o mais difícil para todos os atletas, mas ao mesmo tempo não tinha o que fazer. A gente tinha que aceitar”, completa Ana Marcela, da maratona aquática.

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Todo o ambiente que faz parte do dia a dia dos atletas se desintegrou de uma hora para outra. “Alto rendimento é academia com mais de 200 kg no agachamento, é a pista, é fazer saltos, sempre com o treinador do lado para conversar com você, são seus colegas do lado para te ajudarem e te aconselharem, são as risadas do dia a dia e quando veio a pandemia eu tiver que me reinventar aqui em casa”, explica Verônica Hipólito, do atletismo paralímpico. “O momento em que tudo fechou foi muito difícil. Comigo ainda acontece em dose dupla porque minha filha (Lethícia Lacerda, do tênis de mesa) também é atleta. Ela teve o mesmo problema e ficamos nós duas sem lugar para treinar e isso foi muito complicado”, detalha Jane Karla, do tiro com arco paralímpico.

Caio Ribeiro, da paracanoagem, conseguiu se afastar para seguir seu treinamento. “Graças ao meu Nissan Kicks, eu colocava o meu caiaque ou a minha canoa em cima do carro, procurava um lugar no meio do mato onde dava para carregar as embarcações e continuava meu treino assim porque eu sabia que a qualquer momento ia voltar. Eu não queria perder esse tempo parado e botar a culpa na pandemia”, revela o atleta.

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Nem todos, no entanto, tiveram a mesma oportunidade, mas cada um deu seu jeito de não ficar parado até que as atividades foram liberadas e eles puderam voltar normalmente aos treinos. “Nosso time teve uma cabeça boa nesse sentido porque a gente tentou ver o copo meio cheio e não meio vazio. O grupo (de WhatsApp dos atletas) sempre se manteve muito ativo em todo esse período”, conta Ágatha, parceira de Duda no vôlei de praia, que lembra da importância que teve para os atletas a renovação com a Nissan por mais um ano.

“Pouquíssimas empresas patrocinam o ciclo olímpico inteiro e a Nissan plantou desde o início. Então, quando aconteceu a renovação por ter mais um ano pela frente porque os Jogos foram transferidos, foi até uma coisa natural da empresa continuar com o time”, comemorou.

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