8 5
Siga o OTD

Paralimpíada Todo Dia

Carol Santiago e Gabrielzinho fazem história na natação paralímpica

Nadadores comandaram a campanha histórica da natação paralímpica nos Jogos de Paris e se consolidaram como ídolos nacionais

Carol Santiago e Gabrielzinho - natação paralímpica
Foto: Alessandra Cabral/CPB @alecabral_ale

Todo o esporte paralímpico brasileiro tem muitos motivos para comemorar em 2024. Na Paralimpíada de Paris, a delegação verde e amarela quebrou todos os recordes e fez uma campanha histórica no quadro de medalhas. Dessa campanha, a natação foi um dos carro-chefe e contou com atuações memoráveis de Carol Santiago e Gabriel Araújo, o Gabrielzinho.

+ SIGA O CANAL DO OTD NO WHATSAPP

Na capital francesa, a natação paralímpica do Brasil conquistou 26 medalhas no total. Desse número, sete foram de ouro, nove de prata e 10 de bronze. Além de Gabril e Carol, que somaram seis do 7 ouros, também se destacaram as medalhas de jovens estreante com Mayara Petzold, Lídia Cruz e Samuel Oliveira.

Sem a realização do Campeonato Mundial de natação paralímpica neste ano, os Jogos Paralímpicos se tornaram a principal régua de desempenho internacional. O Brasil também participou de Etapas da World Series como preparação para evento na França. Ao final da temporada, Gabrielzinho levou o título entre os homens e Phelipe Rodrigues ficou em terceiro lugar.

A coroação de Carol Santiago

Carol Santiago entrou oficialmente para lista de ídolos do esporte brasileiro. Na capital francesa, a nadadora pernambucana se tornou a maior medalhista de ouro do país em Jogos Paralímpicos. Os cinco pódios conquistados no Japão se somaram ao mesmo número na França, somando 10 no total e seis ouro. Dessa forma, superou a velocista Ádria dos Santos.

Carolina Santiago comemorando vitória nos 100m nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024
Carolina Santiago (Foto: Marcello Zambrana/CPB)

Antes mesmo dos Jogos começarem, já se existia muita expectativa para a participação de Carol em Paris. Durante o ciclo paralímpico, a nadadora dominou a classe S12 (deficientes visuais) e chegou como um dos principais estrelas da natação paralímpica no evento.

Gabrielzinho se converte em estrela mundial

Desde de seu desembarque em Paris, Gabrielzinho sabia que seria o cara a ser batido na classe S2 (para atletas com deficiência física severa). Entretanto, após confirmar suas três medalhas de ouro na França, o jovem nadador não esperava tamanha repercussão de sua façanha. Com seu carisma e passos de danças após conquistas, ele cativou o coração dos franceses e virou a sensação dos Jogos Paralímpicos.

Gabriel Araújo, destaque do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 (Wander Roberto/CPB)
Gabriel Araújo (Foto: Wander Roberto/CPB)

A admiração dos locais para com Gabriel Araújo foi tanta que até o apelidaram de “dauphin”, golfinho em francês, e até de “o Pelé das piscinas” . Muito mais do que a alegria nas piscinas e sorriso no rosto, sua história de vida e superação foi alvo de inúmeras reportagens de TV e Jornais da França. Ele foi o único não francês convidado para o programa local de maior audiência da France2, principal televisão do país, que o elegeu como principal estrela da Paralimpíada francesa.

Em Paris, Gabrielzinho venceu os 100m e 50m costas, quebrando o recorde das Américas, além dos 200m livre. Com apenas 22 anos de idade, ele já seis medalhas paralímpicas na carreira e o possui todos os argumentos para se tornar imortal no esporte brasileiro e do mundo.

Despedida de Phelipe Rodrigues

Os Jogos Paralímpicos de Paris encerraram o ciclo na vida de Phelipe Rodrigues. O evento marcou a despedida do nadador pernambucano das piscinas. Phelipe conquistou na piscina da Arena La Défense uma prata nos 50m livre S10. Dessa forma, encerrou seu ciclo em Paralimpíadas aos 34 anos com 9 medalhas, sendo seis pratas e três bronzes.

Phelipe Rodrigues
Phelipe Rodrigues (Foto: Alexandre Schneider/CPB)

“Fico muito feliz de ter deixado tudo na piscina da Arena La Défense. Participar de cinco Jogos Paralímpicos e conquistar medalhas em todos eles é algo que me deixa muito orgulhoso, essa medalha significa muito para mim. Quando eu ganhei ela, no começo da semana, me perguntaram o que ela significava e acho que a única palavra que tenho para ela é ‘resiliencia’”, observou Phelipe.

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

Clique para comentar

Você deve estar logado para postar uma comentário Login

Deixe um Comentário

Mais em Paralimpíada Todo Dia