O medalhista olímpico Manoel dos Santos foi homenageado na última segunda-feira (14) na Câmara Municipal de São Paulo. Bronze nos 100m livre nos Jogos Olímpicos Roma-1960, o ex-nadador recebeu a Medalha de Honra ao Mérito Desportivo em solenidade realizada no Salão Nobre da Câmara, na presença de familiares e membros da diretoria do Esporte Clube Pinheiros, clube que Maneco defendia.
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“A natação literalmente me salvou. Como fui criado por tias, não podia fazer nada na rua. Era toda hora, Maneco ” vai pegar gripe, não toma sol, vento, fica aqui dentro de casa. E ai pegava tudo que era doença. Quando comecei na natação em Guararapes, era porque tinha bronquite, logo me transferi para Rio Claro porque sempre tive vontade de competir. E lá começou minha vida esportiva. Depois, em 1958, me transferi para São Paulo e até hoje estou aqui. Agora me sinto ainda mais um cidadão paulistano”, afirmou Manoel dos Santos.
Nos Jogo Olímpicos de Roma, em 1960, Manoel dos Santos competiu em apenas uma prova, os 100m livre que era sua especialidade. Nas eliminatória e na semifinal, o brasileiro venceu suas baterias. Na final, Manoel fez um tempo de 55s4 para ficar em terceiro lugar e ganhar a medalha de bronze, em uma prova que entrou para a história da natação mundial. Ele ficou atrás apenas do australiano John Devitt e do estadunidense Lance Larson que terminaram empatados com 55s2. Após discussões da arbitragem, o ouro ficou com Devitt, em decisão polêmica que incentivou a instalação de painéis eletrônicos para marcar o tempo de chegada dos atletas na natação.
Recordista mundial
Um ano depois, durante uma prova no Rio de Janeiro, Manoel dos Santos estabeleceu um novo recorde mundial dos 100m livre, ao nadar a distância em 53s6, sendo o primeiro homem no mundo a nadar a prova em menos de 54 segundos. “Cheguei para a prova e tinha pouca gente. Quando voltei trocado de roupa, tinha mais de três mil pessoas me esperando para ver eu bater o recorde. Fui lá e fiz o melhor tempo”, lembrou Manoel durante a homenagem.
