Paris – Desde de que entrou para a elite da natação paralímpica, Talisson Glock acumulou uma série de medalhas em campeonatos mundiais, etapas do circuito nacional e internacional, assim como em Jogos Parapan-Americanos e Jogos Paralímpicos. Nesta sexta-feira (30), o nadador brasileiro conquistou seu quarto bronze na Paralimpíada. O pódio teve um sabor especial pelo drama sofrido na fase classificatória e o recorde pessoal batido após quase 10 anos.
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Competindo a final dos 200m medley SM6 pela terceira Paralimpíada consecutiva, Talisson Glock quase deixou essa sequência escapar. Durante a classificatória, os árbitros julgaram a performance do brasileiro e acabaram o desclassificando. Entretanto, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) entrou com uma apelação, que foi aceita no início da tarde. Dessa forma, o 3º lugar com 2m44s17 da sua bateria lhe garantiu em mais uma decisão.
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“Essa é uma prova que eu gosto muito. Eu tinha nadado o meu melhor tempo em 2015. Fiquei fora do pódio em Tóquio. Melhorei muito nesse ciclo. Vim para brigar mesmo. Fiquei muito chateado com o que aconteceu de manhã. Mas sabia o que tinha feito. Sabia que não estava no erro, então deu tudo certo. A gente conseguiu voltar para a prova. Isso me deu mais força ainda para estar nessa final.”, afirmou Talisson.
PB após quase uma década
A primeira medalha na capital francesa também quebrou um recorde pessoal de Talisson Glock. Com a marca de 2min39s30, ele conseguiu voltar a baixar sua melhor marca após quase 10 anos. Os 200m medley SM6 dos Jogos Paralímpicos Rio-2016, quando levou o bronze, foi onde Glock conquistou sua primeira medalha individual em Paralimpíadas. No total, ele já soma seis pódios no evento. Além disso, a conta ainda pode aumentar com outras caídas na água previstas em Paris-2024.
“Fico muito, muito contente com o resultado. Mas mais contente ainda por ter feito o meu melhor tempo, ter nadado abaixo de 2min40. É muito satisfatório para mim! Eu fico muito, muito feliz. É o que eu realmente precisava para continuar no resto dessas provas em Paris”, complementou Glock.
Estratégia e coração
Pode-se dizer também que Talisson Glock conquistou a medalha de bronze misturando estratégia e raça. Já era esperado que o brasileiro buscasse as primeiras colocações nos metros finais dos 200m medley. Ele explicou o porquê de ficar um pouco atrás no começo, mas também confessou que ganhou posições na reta final usando muito mais do que técnica.
“Tenho esse perfil no medley, eu fecho a prova mais forte. Tenho um (nado) peito muito ruim. É o estilo que acabo mais sentindo devido a minha deficiência. Todo mundo que entende minimamente de natação, sabe que o nado de peito é 80% de perna, então acabo sentindo bastante por não ter um lado do corpo”, explicou.
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“É sempre eles me passam mesmo, mas eu sei que o final é meu, que eu tenho que buscar mesmo. Então eu dei tudo de mim, levei no coração tava na raia 3, então eu voltei sem ver ninguém. Foi realmente no coração a prova”, disse.