Em território francês, os nadadores brasileiros que irão representar o país nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 fizeram seus primeiros treinos. Os atletas chegaram a Troyes, cidade a cerca de 160km de Paris, na sexta-feira (16) e se acomodaram nas instalações do Centro Esportivo de l’Aube. No local, ficam hospedados e treinam até o próximo dia 24, data que seguem para a Vila Paralímpica.
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Os 21 homens e 16 mulheres da natação paralímpica se juntaram a atletas de outras modalidades na aclimatação em Troyes. Entre os nadadores estão a pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (baixa visão) e a maior medalhista brasileira nos Jogos de Tóquio 2020. Outros nomes como o mineiro Gabriel Araújo, da classe S2 (limitação físico-motora), e do paulista Gabriel Bandeira, da classe S14 (deficiência intelectual).
Ansiedade para estreia
Perto de estrear em sua segunda edição de Jogos Paralímpicos, Gabriel Araújo aprovou a piscina em Troyes em seu primeiro treino na França. Ele afirmou que, mesmo com sua experiência em competições internacionais, sentiu ansiedade para viajar à Europa. “Agora que cheguei, estou um pouco mais tranquilo. Mas, no Brasil, queria que a data da viagem chegasse logo”, disse o atleta de apenas 22 anos. Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação de braços e pernas.
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“Quero conhecer a piscina da competição e entrar na Vila. Eu gosto do clima. São vários países juntos. Você vê todo mundo a toda hora”, completou o nadador. Apesar de jovem, Gabriel é dono de três medalhas paralímpicas e de seis títulos nos dois Mundiais de natação do ciclo.
Excelente recepção
Medalha de bronze nos 100m livre da classe S9, a fluminense Mariana Gesteira chega a Paris com o status de bicampeã mundial nos 50m livre e vice-campeã mundial nos 100m livre. Para a nadadora, os atletas brasileiros têm sido muito bem recebidos em Troyes.
“Foi uma viagem cansativa, mas estou muito empolgada para competir. E, para melhorar, aqui na França, temos uma alimentação brasileira na aclimatação. Isso faz com que a gente se sinta ainda mais acolhidos”, disse Mariana. Ela nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio.
*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)