O nadador mineiro Gabriel Araújo, da classe S2 (limitação físico-motora), fez o melhor tempo dos 100m livre de 2024 no Meeting Paralímpico do Rio de Janeiro, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e disputado neste sábado (11), na capital fluminense. No Meeting de Fortaleza, Lucas Lima do Nascimento se destacou na prova de salto em distância, pela classe T11 (deficiência visual).
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Campeão paralímpico nos Jogos de Tóquio-2020 e mundial em 2022 e 2023, Gabrielzinho, como é conhecido, completou os 100m livre em 2min00s72, quase nove segundos abaixo do polonês Jacek Czech, que anotou o tempo de 2min09s13, em março. A marca do mineiro no Meeting, no entanto, não é válida internacionalmente, pois a competição não atende a alguns critérios exigidos pela World Para Swimming (braço do IPC responsável pela natação paralímpica mundial).
“Uma das minhas primeiras competições foi o Meeting. Para nós, que estamos no esporte de alto rendimento, é um evento muito importante. Está em nível paralímpico mundial. É bom para inspirar o máximo de crianças e pessoas com deficiência. Fazer com que elas acreditem que tudo é possível e que elas podem chegar lá também”, disse Gabriel Araújo. O atleta mineiro também nadou os 50m livre (58s88) e os 50m borboleta (59s08). No início do mês, ele foi um dos 27 atletas brasileiros a conseguir índice para os Jogos Paralímpicos de Paris-2024, durante o Open Internacional de natação, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
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Outros destaques
O Meeting também contou com a presença de Daniel Xavier Mendes, da classe S6 (limitação físico-motora). O nadador competiu em três provas: 100m livre (1min07s92), 100m costas (1min29s42) e 50m livre (33s21). Outra nadadora com índice para Paris e que nadou em casa foi Lídia Cruz, da classe S4 (limitação físico-motora). Ela completou os 100m livre em 1min30s32. Também caiu na água para os 50m livre (41s29) e para os 50m costas (57s18).
Já no halterofilismo, Gustavo Amaral, na categoria acima de 107kg, destacou-se ao levantar 240kg e conquistar a medalha de ouro. “O Meeting é muito importante porque dá a oportunidade de desenvolver a técnica e melhorar os resultados, abre portas para novos atletas. Para mim, é especial, porque foi a primeira competição em que eu quebrei recorde. Tive essa oportunidade em São Paulo, em dezembro de 2022. Ao longo do meu desenvolvimento como atleta, o Meeting contribuiu para o meu alavancamento de carga”, afirmou o halterofilista carioca.
Já na pista de atletismo, Victória Salerno, da classe T35 (paralisia cerebral), teve a oportunidade de pela primeira vez sair do estado de São Paulo e competir no Meeting. Para a jovem, que começou no esporte pela Escola Paralímpica de Esportes do CPB, toda competição é um ensino. “Sinto que estar no Rio de Janeiro e no meio de tantos atletas renomados pode colaborar para minha melhora dentro do alto rendimento”, concluiu a velocista.
Lucas Lima brilha em Fortaleza
No Meeting Paralímpico de Fortaleza, Lucas Lima do Nascimento, da classe T11 (deficiência visual), registrou o que seria a nona melhor marca mundial do ano no salto em distância: 5,14m. Embora seja a nona do mundo entre as 15 registradas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) em 2024, a distância registrada por Lucas não é válida internacionalmente, pois a competição não atende a alguns critérios exigidos pela entidade.
“Quero agradecer ao meu treinador e guia Iranildo Rodrigues. Quando retornei para o esporte, colocamos como meta estar entre os melhores do Brasil e estamos conseguindo”, disse o cearense. Ele também correu os 100m em Fortaleza (13s48). No salto em distância, entrou no top-3 do ranking nacional deste ano com a marca deste sábado (11).
*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro