Durante este ciclo olímpico, Bia Dizotti se consolidou como a principal nadadora do Brasil nas provas de fundo da natação. Recordista brasileira dos 1500m livre feminino, Bia fez duas finais em Campeonatos Mundiais e, nesta semana, confirmou a classificação para seus segundos Jogos Olímpicos, ao vencer a prova na Seletiva Olímpica Brasileira no Rio de Janeiro, com uma grande festa da família Dizotti na arquibancada.
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Bia Dizotti nadou na seletiva olímpica com as suas unhas pintadas de vermelho, branco e azul. A escolha de cores foi para representar o seu clube, a Unisanta, mas também para lembrar do seu principal objetivo na competição: carimbar o passaporte e ir à França para sua segunda Olimpíada. Ela venceu os 1500m livre na seletiva olímpica com um tempo de 16min13s02. A marca foi quatro segundos acima do índice olímpico da prova, mas Bia se garantiu em Paris-2024 com os seus tempos feitos durante o Mundial de 2023.
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No final do ano passado, Bia Dizotti passou por uma cirurgia para tirar três teratomas no ovário esquerdo. Assim, ela ficou alguns dias fora da piscina, mas logo voltou a treinar mirando o Mundial de 2024 e os Jogos Olímpicos. No Mundial, Bia não conseguiu um bom tempo e ficou de fora da final. Mas agora, na Seletiva Olímpica, a nadadora voltou a mostrar a sua melhor forma. “O 1500m é uma prova muito difícil de nadar. Desde os Jogos Pan-Americanos no ano passado eu não nadava para abaixo de 16min20s, então para mim foi um conquista. Passei por altos e baixos para entender quem eu sou, entender o meu nível de natação. Hoje eu saio feliz, um pouco insatisfeita, mas classificada pra Paris”, disse a atleta em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
Apoio incondicional
Em 2021, no meio da pandemia de Covid-19, as arquibancadas da Seletiva Olímpica da natação estavam em silêncio, com a ausência do público. Mas em 2024, a torcida marcado presença na piscina do Centro de Desportos da Aeronáutica. Assim, Bia Dizotti conseguiu comemorar a sua classificação para os Jogos Olímpicos com a sua família.
“Pra Tóquio não tinha público. Eles ficaram em um hotel na frente do Maria Lenk mas não puderam entrar e ver a minha classificação. Acho que poder compartilhar com eles esse momento é um sonho. Um dos momentos mais importantes da minha carreira e poder estar com as pessoas que eu amo é muito especial. Família é tudo pra mim”, comentou a atleta.
E não importa se não França, ou no Brasil assistindo pela televisão, a família Dizotti vai estar incentivando Bia na Olimpíada em busca de seus objetivos. “A gente pode esperar sempre mais. Eu sonho grande e tenho grandes objetivos então eu vou até Paris para buscar isso”, finalizou.