Santiago – Breno Correia foi a grande surpresa na escalação do revezamento 4x200m livre brasileiro, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 nesta terça-feira (24). Ele inicialmente não disputaria prova, mas ganhou a vaga de Luiz Altamir Melo após nadar bem na disputa individual do Pan. O nadador foi o segundo a entrar em ação e anotou uma parcial de 1min47s60, crucial para a vitória.
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“Hoje eu parei para pensar que como em quatro anos, muita coisa muda, porque eu era titular absoluto dos revezamentos em Lima. Em Santiago, eu tinha conseguido as vagas para as provas individuais do Pan Júnior, em 2021, e não tinha as vagas no revezamento. Pelo resultado no individual, fui escalado para esse revezamento e tinha essa missão de justamente nadar 1min47s novamente porque ia ser necessário”, falou o atleta após a prova.
Aos 24 anos, Breno já acumula um currículo recheado de conquistas e participações em grandes competições. Ele esteve nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e foi um dos principais nomes de Lima-2019, tendo conquistado cinco medalhas na ocasião, sendo quatro nos revezamentos. Além disso, também integrou o revezamento 4x200m livre masculino que foi campeão e recordista mundial no Mundial de natação em piscina curta, em 2018.
Breno em Santiago
Para Santiago-2023, o atleta garantiu vaga nas provas dos 100m e 200m livre após ser medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos Júnior Cali-2021. Ele também recebeu convocação como reserva dos revezamentos 4x100m e 4x200m livres, mas não tinha lugar assegurado. A situação mudou há dois dias, quando Breno marcou 1min47s59 e foi o líder da eliminatória. Na final, não foi tão bem, terminou em quarto lugar com 1min48s22.
Apesar de não ter ido bem na final, ao ficar em quarto lugar com 1min48s22, a comissão técnica optou por colocá-lo na final do revezamento. Além de Breno Correia, competiram Murilo Sartori, Fernando Scheffer e Guilherme Costa, o Cachorrão. Os brasileiros travaram uma disputa acirrada com os Estados Unidos desde o início e levaram a melhor no fim, marcando 7min07s53, batendo o recorde pan-americano da prova.
“Eu imaginava que seria uma briga boa com os Estados Unidos, mas não pensei que seria tão próximo assim. Foi briga o tempo todo e alternância de posição, entre primeiro e segundo. Fico feliz de ter feito a minha parte e ter ajudo o Brasil em mais uma medalha de ouro e mais um recorde pan-americano, que também tem o seu peso. Nossa marca também foi um bom tempo e melhor até que nas eliminatórias do Mundial desse ano”, falou Breno, que analisou o revezamento brasileiro:
“É um revezamento sólido. Foi uma formação diferente da de Fukuoka, o que mostra que ele também é bem disputado. A gente espera trazer boas marcas para o Brasil nas próximas competições, ano que vem temos Mundial de Longa, Mundial de Curta e Olimpíada, então são três competições importantes para gente. O Brasil vem sendo regular e acredito que isso é fruto de muito trabalho, desde o revezamento do Mundial de Curta de 2018 em que fomos recordistas mundiais”, finalizou.