O Brasil começa sua caminhada no Mundial de Esportes Aquáticos nesta sexta-feira, 14. Com delegação de 26 nadadores, a natação brasileira vai em busca de vagas olímpicas nos revezamentos, convocados após polêmico Troféu Brasil de Natação ocorrido há um mês em Recife.
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Aos 37 anos, João Gomes Júnior é um dos mais veteranos na delegação. O atleta do Pinheiros disputará o revezamento 4x100m medley masculino, assim como os 50m e 100m peito. Ele contou do que espera pro Mundial. “Estou com boas expectativas para o Mundial. Descansamos e treinamos bastante após o fim do Troféu Brasil. Agora é chegar no Japão e fazer nosso melhor resultado pro Brasil”, afirmou.
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João também analisou a renovação da natação masculina. “Vejo como o Brasil ainda um pouco atrás das potências. A gente tá comparando times, e acho que o time que tínhamos até o Pan de 2019 era muito forte, mas não tivemos muitas renovações pra continuar a empenhar esses resultados em nível mundial. Isso me faz pensar em como motivar mais essa garotada”, explicou.
Revezamento forte
Outro nadador veterano do Brasil será Marcelo Chierighini, de 32 anos. Ele se classificou nos 50m e 100m livre e para ele, puxar o ‘bonde brasileiro’ é um desafio, mas uma honra. “O Brasil está com um revezamento bom. Tem uma mescla de garotos novos e mais experientes, isso pode surpreender. Assim como eu fui influenciado pelo Cielo, pelo Gustavo Borges, pelo o Xuxa, e tem que ter os mais experientes pra puxar os mais novos. Nos motiva, porque a gente sabe que eles tão vindo pra pegar nossa vaga”, brincou o nadador. “Mas com certeza isso também motiva eles pra nos ter como espelho”.
Força feminina
As mulheres tiveram os melhores resultados individuais durante o Troféu Brasil de natação. Gabrielle Roncatto (400m livre), Maria Fernanda Costa (400m livre), Viviane Jungblut (1500m livre) e Beatriz Dizotti (1500m livre) obtiveram as melhores marcas individuais entre todos os atletas da seletiva. Além disso, 13 dos 26 nomes convocados para o torneio em Fukuoka são de mulheres, mostrando equilíbrio na convocação de 2023.
Dentre elas, Stephanie Balduccini e Giovanna Diamante são duas das convocadas para compor os revezamentos, mas também devem nadar algumas provas individuais em Fukuoka. Elas comentaram como a natação feminina evoluiu desde o último ciclo, em que teve inclusive um movimento de nadadoras em protesto sobre o investimento para mulheres em comparação com os homens.
Hoje, Stephanie e Giovanna veem melhoras, mas com o pé no chão. “Na época da pandemia a gente reivindicou muitas coisas sobre a CBDA. Depois disso, fomos olhadas de uma maneira diferente, e a gente vem colhendo os frutos agora. Isso mostra que quando você investe em alguma coisa, a gente faz jus a esse investimento. Desde então tivemos resultados incríveis com as mulheres no Mundial de Budapeste. Agora a gente tá vendo meninas mais novas chegando nas seleções, já fazendo índice olímpico. Então mostra que a natação feminina precisa desse olhar diferenciado pra conseguir alavancar, espero que isso continue.”, afirmou Giovanna Diamante.
“Fico feliz que estamos evoluindo. Já mostramos bastante evolução em Budapeste, isso é ótimo. Fiz parte do Comitê que lutou, fui madrinha de uma menina que consegui ajudar, isso foi bem legal.”, comentou Stephanie.
O Mundial de Esportes Aquáticos começa na sexta-feira (14), mas a natação só terá suas primeiras provas no dia 23 de julho e vai até o dia 30, data do encerramento geral da competição.