Depois da medalha de ouro com Etiene Medeiros nos 50m costas e prata no revezamento 4x100m medley misto, o Brasil encerrou sua participação no Mundial de piscina curta, em Windsor, no Canadá com o bronze conquistado por Felipe Lima nos 50m peito.
“Vim me empenhando para este resultado. É incrível. É a realização de um sonho. Isso é magnífico”, afirmou o brasileiro assim que saiu da piscina. Foi a primeira medalha de Felipe Lima em provas individuais em uma edição do Mundial de piscina curta. Em 2013, ele ficou em terceiro também no Mundial de Barcelona, disputado, no entanto, em piscina de 50m.
O resultado significou uma volta por cima para Felipe Lima. O brasileiro decepcionou ao ficar de fora da Olimpíada e se dedicou nas etapas da Copa do Mundo, no segundo semestre, como preparação para o Mundial de piscina curta.
Apesar de ter chegado na ponta dos cascos em Windsor, Felipe Lima foi mal em sua primeira prova, os 100m peito, nadou um segundo pior do que o seu costume e acabou eliminado na semifinal. Mais um motivo para comemorar a medalha de bronze conquistada neste domingo.
“Vim preparado para as duas provas. Mas meu nado não encaixou na semifinal. Aí, não quis perder a chance nos 50m e o resultado está aí”, disse Felipe Lima, que coloca como principal objetivo a partir de agora a caminhada até os Jogos de Tóquio em 2020. “Agora é pensar no próximo ciclo olímpico. Vou descansar nas férias para me recuperar porque o ciclo para o Rio foi muito cansativo e começar o próximo ciclo pensando em Tóquio”, afirmou.
Bicampeão da prova, Felipe França, medalha de ouro 2012 e 2014, também participou da final dos 50m peito, mas terminou em quinto lugar. “25s64 foi um tempo forte e expressivo do sul-africano (vencedor da prova, Cameron Van der Burgh). Faltaram duas colocações para chegar no pódio. Não dá para avaliar o que deu errado assim de momento. Mas não me preparei da melhor maneira para essa competição. O importante é saber que estou entre os melhores e pensar em Tóquio”, cravou o nadador.
Daiene Dias
Outra brasileira a nadar no Mundial de piscina curta foi Daiene Dias, nos 100m borboleta. Ela ficou em oitavo lugar com o tempo de 57s56, mas se mostrou satisfeita com o resultado. “Claro que eu gostaria de ter feito meu melhor tempo. Não deu, mas saio feliz com mais uma final. Não posso reclamar porque 2016 foi ano de realizações. Consegui melhorar alguns tempos e fui para a Olimpíada”, afirmou a brasileira.
A vencedora da prova foi a húngara Katinka Hosszu, que fechou a prova com o tempo de 55s12. Foi a nona medalha conquistada pela Dama de Ferro em Windsor e a 22a. na história dos Mundiais de piscina curta.