Guilherme Costa voltou a bater o recorde sul-americano dos 1.500m livre neste sábado (25), no último dia de disputas da natação no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria. O brasileiro foi muito bem durante toda a prova e terminou em sexto lugar na final, com 14:48.53, abaixando quase cinco segundos a marca que ele mesmo havia feito nas eliminatórias.
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Cachorrão, como é popularmente conhecido Guilherme Costa, se manteve na briga pelas medalhas nos dois primeiros terços de prova. O italiano Gregorio Paltrinieri, que levou o ouro batendo o recorde do campeonato com 14:32.80 disparou logo no início, mas as demais posições ficaram abertas. O brasileiro ficou na quinta colocação, colado num grupo de quatro atletas, até os 900m.
A partir daí, diminuiu um pouco seu ritmo e os atletas a sua frente aumentaram o volume. Mesmo assim, Cachorrão se manteve sempre abaixo das parciais que fez na eliminatória e, por isso, bateu o recorde sul-americano mais uma vez.
Sem dúvidas, Guilherme foi o principal nadador brasileiro neste Mundial. Além do recorde sul-americano nos 1.500m livre, ele participou de outras duas finais, sendo medalhista de bronze nos 400m livre e quinto colocado nos 800m livre.
O italiano Gregorio Paltrinieri dominou os 1.500m de ponta a ponta e se manteve abaixo das parciais do recorde mundial durante toda a disputa, chegando, inclusive, a nadar três segundos abaixo da marca. No entanto, ele diminuiu o ritmo nos 50m finais e não alcançou os 14:31.02 do chinês Sun Yang, feita em Londres-2012. Assim assim, seu 14:32.80 foi o suficiente para bater o recorde do campeonato.
Prova espetacular dos 1.500m livre!!
— Os Olímpicos (@osolimpicos) June 25, 2022
Gregório Paltrinieri 🇮🇹ITA nadou até is 1.450m abaixo do WR, mas cansou no final e venceu com tempaço de 14:32.80!
Que prova!! pic.twitter.com/E7rPq8S9ux
Jhennifer Conceição é 8ª
Outra brasileira em final na última sessão da natação neste Mundial de Esportes Aquáticos, Jhennifer Conceição ficou na oitava colocação dos 50m peito, com 30.45. Ela foi outra atleta que havia batido o recorde sul-americano da prova na semifinal (30.28), mas não conseguiu alcançar a marca na final.
O ouro ficou com a lituana Ruta Meilutyte, com 29.70. A italiana Benedetta Pilato foi prata, a 29.80, e a sul-africana Lara van Niekerk ficou com o bronze, em 29.90. A norte-americana Lilly King, que defendia o bicampeonato da prova, ficou em sétimo lugar, com 30.40.
Eliminações nas eliminatórias
O Brasil esteve presente em outras três provas eliminatórias na manhã deste sábado. Os revezamentos 4x100m medley brasileiros ficaram fora da final. O time masculino, formado por Guilherme Basseto, João Gomes Júnior, Matheus Gonche e Luiz Gustavo Borges anotou 03:44.66 e foi o décimo na eliminatória, não avançando por seis décimos. A Áustria foi a última classificada com 03:34.06.
A equipe feminina, com Stephanie Balduccini, Jhennifer Conceição, Giovanna Diamante e Ana Carolina Vieira, também foi a décima colocada, marcando 04:04.59, três segundos atrás da França, última classificada à final com 04:01.45.
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Já Gabrielle Roncatto anotou 4:52.61 nos 400m medley, 14º melhor tempo da eliminatória, e não avançou para a final. A última classificada à final foi a japonesa Ageha Tanigawa, com 4:40.70.
Campanha
A natação brasileira encerra sua participação no Mundial de Budapeste com duas medalhas: uma de prata, conquistada por Nicholas Santos nos 50m borboleta, e uma de bronze, de Guilherme Costa nos 400m livre. Os medalhistas olímpicos Bruno Fratus e Fernando Scheffer não se classificaram para as finais dos 50m livre e dos 200m livre, respectivamente.