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Mariana e Gabriel fecham com dois ouros campanha no Mundial

Mariana Gesteira e Gabriel Bandeira conquistam as duas últimas medalhas de ouro do Brasil na Ilha da Madeira. Último dia teve mais três medalhas do Brasil, que fechou com 53 no quadro geral

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Terceiro ouro e quarta medalha de Gabriel em Portugal (Alê Cabral/CPB)

Mariana Gesteira e Gabriel Bandeira fecharam com chave de ouro a campanha brasileira no Mundial de Natação Paralímpica, disputado na Ilha da Madeira, em Portugal. Eles venceram neste sábado (18) as duas últimas finais com participação do país, ela nos 50m livre da classe S9 e ele os 100 m borboleta S14. O dia de encerramento da competição teve outros três pódios brasileiros, com Lídia Cruz, Patrícia dos Santos e Joana Neves. Desta forma a delegação fecha com 53 medalhas, 19 de ouro, 10 pratas e 24 bronzes.

Mariana Gesteira foi campeã dos 50 m livre S9 com o tempo de 28s18. Foi a segunda medalha de ouro dela na competição, a outra foi nos 100m livre S9, e ela ainda foi bronze nos 100 m costa S9. “Eu já estava muito cansada, mas trabalhei muito a resiliência, esta foi a nona vez que nadei aqui na Ilha da Madeira, e foi preciso ir bem profundo de mim para conseguir chegar a este resultado. Foi a segunda melhor marca pessoal de toda a minha vida nesta prova. Eu queria muito estar aqui, entrei nessa prova com a sensação de despedida, última caída neste ano neste Mundial, nesta piscina”, comentou.

Já os 100 m borboleta S14 Gabriel Bandeira levou com 55s02. “Muito difícil essa prova, ainda mais no último dia, o tempo que fiz não foi o que eu queria, mas estou feliz pelo ouro”, comentou o atleta, que é o atual recordista mundial desta prova com 54s18 e campeão e recordista paralímpico, com 54s74. O ouro nos Jogos de Tóquio-2020 veio em uma disputa de tirar o fôlego contra o britânico Reece Dunn, medalhista de prata na final deste sábado. Agora em Portugal, o brasileiro fecha com quatro medalhas, já que também foi campeão nos 200 m medley e nos 200 m livre, além de prata nos 100 m costas, sempre na classe S14.

Prata e bronzes

Joana Neves foi bronze nos 100 m livre S5 marcando 1min24s01 após uma batalha pela prata contra a italiana Monica Beggioni (1min23s31). Na final dos 200 m livre S4, Lídia Cruz e Patrícia dos Santos conquistaram os dois primeiros pódios brasileiros do dia. Lídia ficou com a prata marcando 3min10s33 e Patrícia garantiu o bronze (3min18s10) no Mundial de Natação.

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Lídia Cruz conquistou uma prata (Alê Cabral/CPB)

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Ainda entre brasileiros, Matheus Rheine ficou em quinto nos 400 m livre S11 com o tempo de 4min55s44. Na final dos 100m livres S3, Maiara Barreto ficou em quarto, com 2min08s07, e Larissa Rodrigues chegou em quinto (2min27s80). Bruno Becker terminou em oitavo o masculino dos 100m livres S3 (2min19s65) e Laila Suzigan registrou 41s49 na quinta posição nos 50 m borboleta S6 do Mundial de Natação Paralímpica.

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A Ilha da Madeira entra para a história do esporte paralímpico brasileiro como o local em que os nadadores do país realizaram a maior campanha de todos os tempos em um Campeonato Mundial. Após sete dias de provas, o Brasil terminou na terceira colocação com 19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes, o que totalizou 53 medalhas.

A Itália sagrou-se campeã geral, com 27 ouros, 24 pratas, 13 bronzes e 64 no total. Os Estados Unidos terminaram no segundo posto, com 24 ouros, nove pratas e sete bronzes (40).

Os britânicos ficaram em quarto com 17 ouros, 13 pratas e oito bronzes. Se levarmos em consideração o quadro de medalhas pelo total de premiações, independemente da posição, o Brasil foi o segundo melhor do Mundial, com 53, e a Itália mantém-se na liderança com 64.

“Muito felizes com os resultados conquistados, foi um trabalho árduo, um processo de renovação muito grande, e um misto com alguns atletas com boa experiência, numa troca muito boa que contribui para esta campanha, o que nos deixa bem confiantes para o que pode acontecer nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Claro que tem muito caminho pela frente, mas ficamos confiantes. Temos de agradecer a todos os clubes, aos treinadores e à equipe multidisciplinar que deram todo o suporte para que pudéssemos realizar esta campanha histórica”, disse Jonas Freire, diretor de Alto Rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro.

O Brasil participou do Mundial de natação na Ilha da Madeira com 29 atletas, sendo 13 estreantes. A campanha do Brasil superou a de Eindhoven 2010, quando conquistamos 14 ouros, 13 dos quais com a participação da dupla Daniel Dias e Andre Brasil – ambos aposentados do esporte de alto rendimento atualmente. Ultrapassamos também o Mundial de 2017, na Cidade do México, quando fomos 36 vezes ao pódio. Naquela ocasião, no entanto, o evento não contou com a participação de Rússia, Grã-Bretanha, Austrália, Canadá, entre outras nações, em decorrência de um terremoto que adiou o início da competição.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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