Em 2017, Brasil teve, pela primeira vez na história, uma nadadora campeã mundial de natação – Etiene Medeiros nos 50 metros costas.
2017 foi o ano da volta por cima da natação brasileira. Se nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro nenhuma medalha veio e o público ficou decepcionado, nas competições desta temporada, incluindo o Mundial e a Copa do Mundo, o desempenho já foi muito superior. Se muitos usaram a desculpa da “ressaca olímpica” para resultados abaixo do esperado, pode-se dizer que, com o perdão do trocadilho, a natação tomou muita água para não se deixar afetar.
No entanto, o ano não começou de forma agradável para os nadadores brasileiros. Logo de cara, alguns dos principais atletas do país ficaram desempregados e Thiago Pereira anunciou a aposentadoria. Foi somente ao longo da temporada que as boas notícias começaram a surgir. Conquistas de Etiene Medeiros, Bruno Fratus, entre outras, fizeram o 2017 ser especial para a natação canarinho.
Confira uma retrospectiva do que rolou de mais importante na natação brasileira em 2017:
Crise econômica e fracasso olímpico deixaram nadadores de ponta desempregados
Como antecipado acima, o ano não começou bem para os nadadores brasileiros. Donos dos melhores resultados do Brasil na Olimpíada do Rio de Janeiro, Thiago Pereira, Bruno Fratus e Felipe França ficaram desempregados. A conjuntura econômica e o fracasso da natação, que não ganhou nenhuma medalha na piscina, resultou em grandes cortes de investimento dos clubes, pegando em cheio os atletas com maiores salários. Leonardo de Deus também chegou a ser dispensado, mas acertou em seguida com a Unisanta, ganhando menos do que recebia do Corinthians.
Thiago Pereira se aposentou
No Prêmio Brasil Olímpico, em março, o nadador Thiago Pereira anunciou sua aposentadoria oficialmente. Após conquistar uma prata olímpica nos 400m medley em Londres 2012 e ser o maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos, o nadador pareceu convicto da decisão e afirmou querer novos desafios.
Leia aqui o que disse Thiago Pereira.
No Mundial de Esportes Aquáticos, cinco medalhas na natação e a primeira mulher brasileira a ganhar ouro
O Brasil conquistou cinco medalhas na natação no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste. Foram quatro pratas e o ouro de Etiene Medeiros nos 50m costas – a primeira nadadora brasileira a se tornar campeã mundial. Ela ficou apenas um centésimo a frente da chinesa Yuanhai Fu. Relembre aqui.
Além da medalha de Etiene, foram mais quatro pratas para o Brasil, que terminou em 9º no quadro de medalhas.
As pratas foram:
50m borboleta — Nicholas Santos – Aos 37 anos, Nicholas Santos se tornou o mais velho medalhista mundial da história ao ganhar a prata nos 50m borboleta.
50m peito — João Gomes Junior – Não senti que larguei muito bem. Fui bem tranquilo, consciente do que eu tinha que fazer. Graças a Deus deu tudo certo e eu comecei meu ciclo muito bem”
50m livre — Bruno Fratus – “Pra mim acabou o pesadelo que foi o Rio. Finalmente eu melhorei tempo, melhor competição na minha vida, no Mundial.”
4x100m livre — Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Cesar Cielo e Buno Fratus (Recorde Sul-Americano) – Por pouco não veio o ouro. Apenas 0s28 de diferença para os Estados Unidos.
Troféu Maria Lenk: surpresas e grandes marcas
No Troféu Maria Lenk de 2017, teve de tudo. Primeiro, Gabriel Santos (da foto acima). No dia em que completou 21 anos, ele teve a honra de derrotar o ídolo Cesar Cielo, que ganhou seu primeiro ouro olímpico quando o garoto tinha apenas 12 anos, e, de quebra, marcou o terceiro melhor tempo do mundo na temporada 2017 para vencer a prova dos 100m livre. Relembre aqui como foi.
Depois, teve Nicholas Santos conquistando o ouro, quebrando marca de Cielo e ficando a 0s18 do recorde mundial nos 50 metros borboleta. Veja aqui como foi.
O Campeonato Brasileiro -Troféu Maria Lenk 2017 terminou com o Esporte Clube Pinheiros campeão e 12 recordes quebrados (quatro sul-americanos, cinco brasileiros e três de campeonato). Mas, a final mais eletrizante foi dos 50m livre, na qual protagonizaram Bruno Fratus e Cesar Cielo. Bruno, competindo pelo Internacional de Regatas, levou a melhor com o tempo de 21s70. Cesar bateu em segundo, com 21s79. A marca de Bruno correspondeu a quarta do mundo entre os meses de janeiro e junho. Confira aqui em detalhes como foi.
No Mundial Militar, Brasil campeão com 21 medalhas de ouro
Com destaque para a participação de Etiene, Brasil liderou o quadro de medalhas no Mundial Militar. Confira aqui como foi.
César Cielo voltando…e mirando recorde mundial em 2018
Cielo foi ouro no Brasileiro de Natação no final de 2017, superando Marcelo Chierighini e Gabriel Santos. No entanto, ele nunca está satisfeito e, agora, mira novo recorde mundial: