O Brasil conquistou dez medalhas nesta terça-feira (14), no terceiro dia de disputas do Mundial de natação paralímpica, na Ilha da Madeira, em Portugal. Foram três ouros, com Samuel Oliveira (50m livre borboleta S5), Maria Carol Santiago (50m livre S12) e Gabriel Araújo (100m costas S2), e sete bronzes. Assim, o país já superou a campanha que fez na última edição do campeonato.
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Samuel Oliveira, o Samuka, conquistou seu terceiro ouro na competição. O garoto, de apenas 16 anos, venceu os 50m livre borboleta da classe S5, marcando 33.23. Fazendo sua estreia em Mundiais, ele já havia sido ouro nos 50m costas e no revezamento 4x50m 20 pontos misto, além de ter faturado uma prata nos 50m livre.
Desta vez, nos 50m borboleta, o japonês Kaede Hinata levou a prata, com 35.05, enquanto o cazaque Siyazbek Daliyev foi bronze, a 36.32. Outro brasileiro na disputa, Tiago Oliveira ficou na sexta colocação, com 39.19.
Com direito a novo recorde do campeonato, Gabriel Araújo conquistou a medalha de ouro nos 100m costas da classe S2. Campeão paralímpico, Gabrielzinho fez uma prova dominante e marcou 1:57.69 para conquistar sua primeira medalha em Mundiais. O chileno Alberto Diaz foi prata, com 2:00.45, enquanto o polonês Jacek Czech ficou com o bronze, a 2:02.05.
Já Maria Carol Santiago conquistou sua terceira medalha nesta edição, a segunda de ouro, agora nos 50m livre S12. E com direito a dobradinha. Ela venceu com 26.86, novo recorde da competição, enquanto a compatriota Lucilene Sousa ficou com o bronze, a 28.15. A britânica Hannah Russell foi a intrusa no pódio, levando a prata a 27.91.
Bronzes brasileiros
José Ronaldo da Silva levou o bronze nos 100m costas da classe S1, marcando 2:55.78, novo recorde das Américas. O ucraniano Anton Kol levou o ouro, a 2:30.90, enquanto o italiano Francesco Betella faturou a prata, a 2:31.42.
Joana Neves marcou 45.06 para ficar com o bronze nos 50m borboleta da classe S5. O tempo também lhe rendeu o novo recorde das Américas. A espanhola Marta Fernandez levou o ouro, com 41.91 (novo recorde do campeonato), enquanto a turca Sevilay Ozturk foi prata, a 44.38.
Talisson Glock faturou o bronze nos 200m medley SM6, com 2:46.75. Ele fez uma boa prova de recuperação, após ficar para trás no início. O ouro foi para o campeão paralímpico Nelson Corzo, da Colômbia, batendo o recorde da competição de 2:41.16. O mexicano Juan Bermudez foi prata, a 2:46.44.
Hora do combo de bronze.
— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) June 14, 2022
Talisson Glock nos 200m medley (S6)
Joaninha Neves nos 50m borboleta (S5).
Vocês estão contando as medalhas aí com a gente?
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Já Gabriel Cristiano faturou a medalha de bronze nos 100m borboleta S8 com uma dose de emoção. Ele terminou em quinto lugar, marcando 1:06.22, mas os atletas que terminaram em segundo e em terceiro lugar foram desqualificados. Assim, o brasileiro subiu para o pódio. O norte-americano Robert Griswold levou o ouro, com 1:02.43, enquanto o italiano Alberto Amodeo foi prata (1:03.43)
Quase dobradinha
Por pouco não pintou outra dobradinha brasileira nos 100m peito SB14 masculino. O japonês Naohide Yamaguchi dominou toda a prova e levou o ouro, com 1:04.46, mas a briga pelas demais posições foi embolada, sendo decidida na batida de mão. João Brutos ficou em terceiro lugar, garantindo o bronze a 1:05.29, enquanto Gabriel Bandeira foi o quarto colocado, com 1:06.06. O australiano Jake Michel ficou com a prata (1:05.02).
Outro bronze do dia veio com Débora Carneiro, nos 100m peito SB14 feminino, repetindo o desempenho que teve em 2019. Ela chegou em terceiro lugar na final, marcando 1:17.25, atrás da espanhola Michelle Morales (1:15.13) e da australiana Paige Leonhardt (1:16.44).
Outros resultados
O Brasil não foi ao pódio em apenas duas provas neste terceiro dia de Mundial. Lidia Cruz terminou em quarto lugar nos 150m medley SM4, com o tempo de 3:12.33. A espanhola Marta Fernandez levou o ouro, marcando 3:00.02.
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Já no revezamento 4x50m medley 20 pts misto, a equipe formada por Samuel Oliveira, Talisson Glock, Joana Neves e Lidia Cruz, ficou em quarto lugar com 2:43.16. Os Estados Unidos bateram o recorde mundial com 2:32.49 para ficar com o ouro. Itália e Espanha levaram prata e bronze, respectivamente.
A campanha brasileira
Passados três dias de disputas, o Brasil soma sete ouros, seis pratas e dez bronzes, totalizando 23 medalhas. Ainda restando mais da metade do campeonato, o país já superou a campanha do último Mundial, em Londres-2019, quando teve 17 pódios, sendo cinco ouros, seis pratas e seis bronzes. Vale destacar, porém, que países tradicionais na natação paralímpica, como Rússia, China e Belarus não estão competindo nesta edição.
Na Ilha da Madeira, o Brasil é o quarto colocado no quadro de medalhas. A Itália lidera, com 11 ouros, oito pratas e dez bronzes, total de 29. Os Estados Unidos aparecem logo em seguida, com dez ouros. O brasileiro Samuel de Oliveira é, por enquanto, o maior medalhista da competição, com três ouros e uma prata.